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Mercado de bebidas pode ser abastecido pelas indústrias existentes

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Andrade Lino

O presidente da Associação das Indústrias de Bebidas de Angola, Manuel Sumbula, afirmou que, actualmente, o mercado de bebidas pode ser abastecido pelas indústrias existentes, embora haja um trabalho enorme ainda ser feito.

Isto dá-se pelo facto de que “já podemos fazer exportações, pois temos produtos de qualidade, as várias categorias muito bem representadas, designadamente cervejas, águas de mesa, sumos e néctares, vinhos e bebidas espirituosas”, realçou o responsável, que falou por ocasião da apresentação do “Estudo de Viabilidade das Indústrias de Bebidas”, nesta sexta-feira, decorrido nas instalações do Ministério da Indústria, em Luanda, onde acrescentou que o volume do que se produz é bom, porém ainda há uma sinergia da qual se precisa, daí que a associação decidiu reunir-se com o Ministério da Indústria.

Manuel Sumbula referiu que “esse estudo tem um carácter bastante especial, pelo facto de apresentar premissas que vão elevar cada vez mais a robustez do sector”. “Falamos da capacidade de produção instalada no país, daquilo que é o consumo do sector das bebidas, nesse caso, o mercado, a importação, e aquilo que o sector pode fazer para alavancar cada uma das indústrias, para a contribuição da nossa economia”, disse, tendo continuado que, para as indústrias de bebidas existem vastas oportunidades, como o investimento em embalagens, fábricas de rótulos, fábricas de caricas, latas, cartões, tudo que o sector necessita para efectivamente continuar a operar.

Outro calcanhar de Aquiles, disse, são as divisas. “Precisamos aprimorar o mecanismo de alocação de divisas para o sector, pois é um sector que deu provas claras naquilo que é o contributo de criação de emprego, e se continuarmos a manter esse nível de produção, vamos ter a necessidade de investir cada vez mais nessas indústrias adjacentes, e ali leva-nos ao outro pilar que é a exportação”, explicou o presidente da AIBA.

Em entrevista à imprensa, avançou, o sector, em números, está bom. “Se olharmos para o consumo de bebidas, estamos a falar na ordem dos 2.4 bilhões de litros por ano, pois conseguimos conjugar a produção nacional com a exportação, mas se não encontrarmos um caminho efectivo, no tocante à necessidade de divisas, por ser um sector cujas matérias-primas ainda são importadas e ainda há algumas embalagens a importar, vamos encontrar alguns constrangimentos. Portanto, a ideia é aproveitar esta abertura do Executivo de trabalharmos juntos, identificarmos onde estão os desvios, e com as propostas apresentadas alavancar o sector das bebidas e a própria economia”, abordou.

Consequentemente, informou que há rótulos e caricas a serem produzidos localmente, mas não ainda na quantidade necessária. “Temos garrafas a serem produzidas pela Vidrul, latas a serem produzidas pela Nampak, que devem precisamente continuar a ser produzidas aqui cada vez mais”, frisou, e finalmente, manifestou que as propostas, apresentadas ao Ministério da Indústria, foram recebidas de forma muito positiva.

“Temos tido um acolhimento salutar, e se assim não fosse, certamente não estaríamos aqui como associação, até porque foi por intermédio do Executivo que o sector das bebidas se organizou, e a abertura que nos tem dado para não só apresentar problemas, mas também mostrar caminho, tem sido gratificante.

Por sua vez, a ministra da Indústria, Bernarda Gonçalves Martins, destacou que, de facto, nesta fase, as grandes preocupações residem no sentido de ter que haver grandes capacidades produção, “porque foi feito um grande investimento no sector das bebidas”.

“Hoje, as capacidades instaladas no nosso país permitem-nos por um lado abastecer o mercado interno de forma mais segura e, por outro, começar a trabalhar no sentido das exportações. Agora, uma grande preocupação do Executivo é o facto de que, infelizmente, grande parte as indústrias ainda depende fortemente da importação de matérias-primas”, lamentou, porém ressalvou que se está a trabalhar no sentido de adensar a cadeia produtiva do sector da bebidas, e isso para dizer que o Executivo tem estado a promover o investimento nas matérias-primas.

“Quem quiser investir neste sector é bem-vindo, mas será ainda mais bem-vindo se investir nas matérias-primas, das quais ainda dependemos bastante”, apelou aos investidores, sendo que ainda se têm importado as polpas, que permitem produzir os sumos e os refrigerantes, a título de exemplo.

“Só estaremos satisfeitos quando começarmos a sentir que o investimento nas matérias-primas começa a ter significado”, concluiu.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O presidente da Associação das Indústrias de Bebidas de Angola, Manuel Sumbula, afirmou que, actualmente, o mercado de bebidas pode ser abastecido pelas indústrias existentes, embora haja um trabalho enorme ainda ser feito.

Isto dá-se pelo facto de que “já podemos fazer exportações, pois temos produtos de qualidade, as várias categorias muito bem representadas, designadamente cervejas, águas de mesa, sumos e néctares, vinhos e bebidas espirituosas”, realçou o responsável, que falou por ocasião da apresentação do “Estudo de Viabilidade das Indústrias de Bebidas”, nesta sexta-feira, decorrido nas instalações do Ministério da Indústria, em Luanda, onde acrescentou que o volume do que se produz é bom, porém ainda há uma sinergia da qual se precisa, daí que a associação decidiu reunir-se com o Ministério da Indústria.

Manuel Sumbula referiu que “esse estudo tem um carácter bastante especial, pelo facto de apresentar premissas que vão elevar cada vez mais a robustez do sector”. “Falamos da capacidade de produção instalada no país, daquilo que é o consumo do sector das bebidas, nesse caso, o mercado, a importação, e aquilo que o sector pode fazer para alavancar cada uma das indústrias, para a contribuição da nossa economia”, disse, tendo continuado que, para as indústrias de bebidas existem vastas oportunidades, como o investimento em embalagens, fábricas de rótulos, fábricas de caricas, latas, cartões, tudo que o sector necessita para efectivamente continuar a operar.

Outro calcanhar de Aquiles, disse, são as divisas. “Precisamos aprimorar o mecanismo de alocação de divisas para o sector, pois é um sector que deu provas claras naquilo que é o contributo de criação de emprego, e se continuarmos a manter esse nível de produção, vamos ter a necessidade de investir cada vez mais nessas indústrias adjacentes, e ali leva-nos ao outro pilar que é a exportação”, explicou o presidente da AIBA.

Em entrevista à imprensa, avançou, o sector, em números, está bom. “Se olharmos para o consumo de bebidas, estamos a falar na ordem dos 2.4 bilhões de litros por ano, pois conseguimos conjugar a produção nacional com a exportação, mas se não encontrarmos um caminho efectivo, no tocante à necessidade de divisas, por ser um sector cujas matérias-primas ainda são importadas e ainda há algumas embalagens a importar, vamos encontrar alguns constrangimentos. Portanto, a ideia é aproveitar esta abertura do Executivo de trabalharmos juntos, identificarmos onde estão os desvios, e com as propostas apresentadas alavancar o sector das bebidas e a própria economia”, abordou.

Consequentemente, informou que há rótulos e caricas a serem produzidos localmente, mas não ainda na quantidade necessária. “Temos garrafas a serem produzidas pela Vidrul, latas a serem produzidas pela Nampak, que devem precisamente continuar a ser produzidas aqui cada vez mais”, frisou, e finalmente, manifestou que as propostas, apresentadas ao Ministério da Indústria, foram recebidas de forma muito positiva.

“Temos tido um acolhimento salutar, e se assim não fosse, certamente não estaríamos aqui como associação, até porque foi por intermédio do Executivo que o sector das bebidas se organizou, e a abertura que nos tem dado para não só apresentar problemas, mas também mostrar caminho, tem sido gratificante.

Por sua vez, a ministra da Indústria, Bernarda Gonçalves Martins, destacou que, de facto, nesta fase, as grandes preocupações residem no sentido de ter que haver grandes capacidades produção, “porque foi feito um grande investimento no sector das bebidas”.

“Hoje, as capacidades instaladas no nosso país permitem-nos por um lado abastecer o mercado interno de forma mais segura e, por outro, começar a trabalhar no sentido das exportações. Agora, uma grande preocupação do Executivo é o facto de que, infelizmente, grande parte as indústrias ainda depende fortemente da importação de matérias-primas”, lamentou, porém ressalvou que se está a trabalhar no sentido de adensar a cadeia produtiva do sector da bebidas, e isso para dizer que o Executivo tem estado a promover o investimento nas matérias-primas.

“Quem quiser investir neste sector é bem-vindo, mas será ainda mais bem-vindo se investir nas matérias-primas, das quais ainda dependemos bastante”, apelou aos investidores, sendo que ainda se têm importado as polpas, que permitem produzir os sumos e os refrigerantes, a título de exemplo.

“Só estaremos satisfeitos quando começarmos a sentir que o investimento nas matérias-primas começa a ter significado”, concluiu.

 

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