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Mentora do Eco-Repelente lamenta falta de apoio para reforçar investigação

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Andrade Lino

A engenheira de Pesquisa e Produção de Petróleo, Fernanda Samuel, mentora do projecto Eco-Repelente, mostrou-se indignada pelo facto de até ao momento não obter nenhuma resposta de entidades governamentais, em particular do Ministério da Saúde, uma vez que este já recebeu o produto, por ocasião da apresentação do projecto na Universidade Jean-Piaget, no de onde partiu a investigação.

“Não sei porquê, mas nota-se que ainda existe muita desconfiança nos produtos feitos aqui no país e continuamos a achar que o que vem de fora é o melhor. Então, talvez seja esse o motivo que leva o Ministério da Saúde a não nos dizer nada até agora”,  lamentou em entrevista ao ONgoma News, aquando , de um workshop realizado recentemente no Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), tendo realçado que, como engenheiros, uma vez que Angola foi, no ano passado, “visitada” pelo maior surto de malária, altura em que muita gente perdeu familiares, estão conscientes de que são capazes de ajudar nesse sentido.

“O Ministério da Saúde tem sido até agora o nosso maior impecilho. Estamos tristes porque é um problema que assola o país”, manifestou ainda Fernanda Samuel, tendo acrescentado  que “é necessário que as instituições saibam que as universidades têm capacidade para produzir mais e melhor”.

“Queremos a participação do Ministério da Saúde e outras instituições, de forma a saberem que os estudantes já podem desenvolver projectos inovadores. A Unitel, por exemplo, tem o projecto Stop Malária. Eles, por sua vez, viram o Eco-Repelente entraram em contacto connosco, mas como já têm conhecimento de que o Ministério não está a fazer nada, continuam também à espera que isso se resolva”, partilhou.

“Mas dizer que seremos persistentes, e daqui a mais um tempo vamos sentar-nos com a Organização Mundial da Saúde, que já recebeu a nossa carta, tanto é que estavam à espera que passasse o período das eleições para nos reunirmos”, acreditou.

Além disso, a líder da equipa de investigação do Eco-Repelente, que conta agora com mais técnicos, afirmou que na apresentação do produto estiveram presentes médicas do Hospital Municipal de Viana, que ficaram empolgadas, tendo alegado que ainda recebem muitos casos de doentes de malária, e houve químicos interessados a ajudar.

“Mas dizer que seremos persistentes, e daqui a mais um tempo vamos sentar-nos com a Organização Mundial da Saúde, que já recebeu a nossa carta, tanto é que estavam à espera que passasse o período das eleições para nos reunirmos”, acreditou.

A base de investigação científica para o Eco-Repelente foram elementos químicos que se encontram na natureza, propriamente em plantas, ao passo que os repelentes convencionais são à base do químico DEET, que é o “dietil toluamida”.

“Esse produto, por ser extraído de plantas naturais, não causa nenhum problema neurológico. Fizemos teste com grávidas, crianças, e dizer que no princípio algumas pessoas disseram que estava muito tóxico e tinham irritação na pele, mas com a ajuda destas mesmas pessoas, que testaram o repelente, estamos a diminuir a dose, e a investigação continua, pois não temos ainda uma data de quando o produto expira”, sublinhou.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A engenheira de Pesquisa e Produção de Petróleo, Fernanda Samuel, mentora do projecto Eco-Repelente, mostrou-se indignada pelo facto de até ao momento não obter nenhuma resposta de entidades governamentais, em particular do Ministério da Saúde, uma vez que este já recebeu o produto, por ocasião da apresentação do projecto na Universidade Jean-Piaget, no de onde partiu a investigação.

“Não sei porquê, mas nota-se que ainda existe muita desconfiança nos produtos feitos aqui no país e continuamos a achar que o que vem de fora é o melhor. Então, talvez seja esse o motivo que leva o Ministério da Saúde a não nos dizer nada até agora”,  lamentou em entrevista ao ONgoma News, aquando , de um workshop realizado recentemente no Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), tendo realçado que, como engenheiros, uma vez que Angola foi, no ano passado, “visitada” pelo maior surto de malária, altura em que muita gente perdeu familiares, estão conscientes de que são capazes de ajudar nesse sentido.

“O Ministério da Saúde tem sido até agora o nosso maior impecilho. Estamos tristes porque é um problema que assola o país”, manifestou ainda Fernanda Samuel, tendo acrescentado  que “é necessário que as instituições saibam que as universidades têm capacidade para produzir mais e melhor”.

“Queremos a participação do Ministério da Saúde e outras instituições, de forma a saberem que os estudantes já podem desenvolver projectos inovadores. A Unitel, por exemplo, tem o projecto Stop Malária. Eles, por sua vez, viram o Eco-Repelente entraram em contacto connosco, mas como já têm conhecimento de que o Ministério não está a fazer nada, continuam também à espera que isso se resolva”, partilhou.

“Mas dizer que seremos persistentes, e daqui a mais um tempo vamos sentar-nos com a Organização Mundial da Saúde, que já recebeu a nossa carta, tanto é que estavam à espera que passasse o período das eleições para nos reunirmos”, acreditou.

Além disso, a líder da equipa de investigação do Eco-Repelente, que conta agora com mais técnicos, afirmou que na apresentação do produto estiveram presentes médicas do Hospital Municipal de Viana, que ficaram empolgadas, tendo alegado que ainda recebem muitos casos de doentes de malária, e houve químicos interessados a ajudar.

“Mas dizer que seremos persistentes, e daqui a mais um tempo vamos sentar-nos com a Organização Mundial da Saúde, que já recebeu a nossa carta, tanto é que estavam à espera que passasse o período das eleições para nos reunirmos”, acreditou.

A base de investigação científica para o Eco-Repelente foram elementos químicos que se encontram na natureza, propriamente em plantas, ao passo que os repelentes convencionais são à base do químico DEET, que é o “dietil toluamida”.

“Esse produto, por ser extraído de plantas naturais, não causa nenhum problema neurológico. Fizemos teste com grávidas, crianças, e dizer que no princípio algumas pessoas disseram que estava muito tóxico e tinham irritação na pele, mas com a ajuda destas mesmas pessoas, que testaram o repelente, estamos a diminuir a dose, e a investigação continua, pois não temos ainda uma data de quando o produto expira”, sublinhou.

 

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