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Mais de 1,35 milhões de pessoas morrem em acidentes rodoviários em todo o mundo

Mais de 1,35 milhões de pessoas morrem em acidentes rodoviários em todo o mundo
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Em todo o mundo, mais de 1,35 milhões de pessoas morrem em acidentes rodoviários em cada ano, e é actualmente a principal causa de morte em crianças e jovens entre os 5 e 29 anos.

A declaração é da directora regional da Organização Mundial da Saúde para África, Matshidiso Moeti, lembrando que a região africana da OMS representa apenas 3% dos veículos matriculados a nível mundial, porém é responsável por 20% dos óbitos causados por acidentes rodoviários no mundo, com cerca de 272.000 africanos a morrerem nas estradas, todos os anos, tendo ainda sublinhado que 40% destas vítimas são transeuntes.

Falando a propósito da sexta Semana Mundial da Segurança Rodoviária das Nações Unidas, celebrada este ano de 17 a 23 de Maio, tendo como objectivo mobilizar os líderes e as comunidades para que se trabalhe no sentido de tornar as estradas mais seguras, e que será seguido pelo lançamento do Plano Mundial para a Década de Acção para a Segurança Rodoviária 2021–2030, a também médica afirmou que a velocidade é um factor de risco importante para o número de mortes e ferimentos registados nas estradas.

Dados recentes mostram que a redução dos limites de velocidade nas áreas urbanas permitiu diminuir o risco de acidentes mortais e reforçar a segurança dos utentes da estrada vulneráveis, incluindo os peões, os ciclistas, as crianças, os idosos e as pessoas com deficiência. No geral, um aumento da velocidade média de um quilómetro por hora traduz-se num risco 3% mais elevado de acidente e num aumento de 4% a 5% de vítimas mortais, argumentou Matshidiso Moeti.

Segundo precisou a responsável, citada no comunicado que recebemos, a maioria dos países estabeleceu um limite de velocidade de 50 quilómetros por hora nas zonas urbanas. Contudo, em estradas onde o tráfego pedonal e de ciclistas é elevado, esta medida não é suficiente para salvar vidas, argumentando que, a nível mundial, a OMS, as Nações Unidas, as organizações filantrópicas e da sociedade civil que apoiam as autoridades locais estão a liderar um movimento que visa reduzir os limites de velocidade para 30 quilómetros por hora em contextos urbanos de alta densidade. Estes limites de velocidade foram implementados com sucesso em áreas urbanas de países na Europa e na América do Norte, o que permitiu reduzir o número de acidentes e mortes.

Em países africanos como o Botsuana, o Maláui, a Namíbia e a Zâmbia, continuou, as actividades de sensibilização encetadas pelos líderes locais contribuíram para a instauração de um limite de velocidade de 30 quilómetros por hora junto das escolas. São medidas positivas que protegem as crianças e, no entanto, a líder exorta outros países a seguirem o mesmo caminho.

"Ainda há muitos desafios pela frente, incluindo a construção de infra-estruturas adequadas que apoiem as políticas, o reforço da colaboração multissectorial, a adopção de um maior compromisso político e a realização de campanhas de sensibilização, para garantir que o público em geral conheça, compreenda e aja de acordo com a nova regulamentação", declarou a ainda especialista em saúde pública.

Matshidiso disse ainda que a OMS está a apoiar os países a ultrapassar estes desafios, a desenvolver capacidades para implementar soluções baseadas em dados factuais e a melhorar a qualidade dos dados, com vista a uma melhor monitorização e planeamento. "Estamos também a colaborar com parceiros para mobilizar recursos financeiros e humanos de modo a tornar as nossas estradas mais seguras", referiu.

Por outro lado, a gestora fez saber que, ao longo dos últimos dez anos, o plano da Década de Acção das Nações Unidas para a Segurança Rodoviária 2011–2020 permitiu estabelecer um compromisso político e levou à elaboração de intervenções baseadas em dados factuais que visam salvar vidas e diminuir o risco de lesões rodoviárias. O sucesso alcançado por esta iniciativa levou a Assembleia Geral das Nações Unidas a apelar a uma segunda Década de Acção para a Segurança Rodoviária 2021–2030, com o objectivo de reduzir para metade as mortes causadas por acidentes rodoviários, e realçou que "alcançar esta meta ambiciosa exigirá uma acção urgente por parte dos governos, das organizações da sociedade civil e dos parceiros internacionais".

Assim, nesta Semana Mundial da Segurança Rodoviária, a directora apela a todos os líderes e comunidades no sentido de promoverem a instauração de limites de velocidade mais seguros, pois "esta medida permitirá salvar vidas e tornar as nossas comunidades mais saudáveis, ecológicas e habitáveis".

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Em todo o mundo, mais de 1,35 milhões de pessoas morrem em acidentes rodoviários em cada ano, e é actualmente a principal causa de morte em crianças e jovens entre os 5 e 29 anos.

A declaração é da directora regional da Organização Mundial da Saúde para África, Matshidiso Moeti, lembrando que a região africana da OMS representa apenas 3% dos veículos matriculados a nível mundial, porém é responsável por 20% dos óbitos causados por acidentes rodoviários no mundo, com cerca de 272.000 africanos a morrerem nas estradas, todos os anos, tendo ainda sublinhado que 40% destas vítimas são transeuntes.

Falando a propósito da sexta Semana Mundial da Segurança Rodoviária das Nações Unidas, celebrada este ano de 17 a 23 de Maio, tendo como objectivo mobilizar os líderes e as comunidades para que se trabalhe no sentido de tornar as estradas mais seguras, e que será seguido pelo lançamento do Plano Mundial para a Década de Acção para a Segurança Rodoviária 2021–2030, a também médica afirmou que a velocidade é um factor de risco importante para o número de mortes e ferimentos registados nas estradas.

Dados recentes mostram que a redução dos limites de velocidade nas áreas urbanas permitiu diminuir o risco de acidentes mortais e reforçar a segurança dos utentes da estrada vulneráveis, incluindo os peões, os ciclistas, as crianças, os idosos e as pessoas com deficiência. No geral, um aumento da velocidade média de um quilómetro por hora traduz-se num risco 3% mais elevado de acidente e num aumento de 4% a 5% de vítimas mortais, argumentou Matshidiso Moeti.

Segundo precisou a responsável, citada no comunicado que recebemos, a maioria dos países estabeleceu um limite de velocidade de 50 quilómetros por hora nas zonas urbanas. Contudo, em estradas onde o tráfego pedonal e de ciclistas é elevado, esta medida não é suficiente para salvar vidas, argumentando que, a nível mundial, a OMS, as Nações Unidas, as organizações filantrópicas e da sociedade civil que apoiam as autoridades locais estão a liderar um movimento que visa reduzir os limites de velocidade para 30 quilómetros por hora em contextos urbanos de alta densidade. Estes limites de velocidade foram implementados com sucesso em áreas urbanas de países na Europa e na América do Norte, o que permitiu reduzir o número de acidentes e mortes.

Em países africanos como o Botsuana, o Maláui, a Namíbia e a Zâmbia, continuou, as actividades de sensibilização encetadas pelos líderes locais contribuíram para a instauração de um limite de velocidade de 30 quilómetros por hora junto das escolas. São medidas positivas que protegem as crianças e, no entanto, a líder exorta outros países a seguirem o mesmo caminho.

"Ainda há muitos desafios pela frente, incluindo a construção de infra-estruturas adequadas que apoiem as políticas, o reforço da colaboração multissectorial, a adopção de um maior compromisso político e a realização de campanhas de sensibilização, para garantir que o público em geral conheça, compreenda e aja de acordo com a nova regulamentação", declarou a ainda especialista em saúde pública.

Matshidiso disse ainda que a OMS está a apoiar os países a ultrapassar estes desafios, a desenvolver capacidades para implementar soluções baseadas em dados factuais e a melhorar a qualidade dos dados, com vista a uma melhor monitorização e planeamento. "Estamos também a colaborar com parceiros para mobilizar recursos financeiros e humanos de modo a tornar as nossas estradas mais seguras", referiu.

Por outro lado, a gestora fez saber que, ao longo dos últimos dez anos, o plano da Década de Acção das Nações Unidas para a Segurança Rodoviária 2011–2020 permitiu estabelecer um compromisso político e levou à elaboração de intervenções baseadas em dados factuais que visam salvar vidas e diminuir o risco de lesões rodoviárias. O sucesso alcançado por esta iniciativa levou a Assembleia Geral das Nações Unidas a apelar a uma segunda Década de Acção para a Segurança Rodoviária 2021–2030, com o objectivo de reduzir para metade as mortes causadas por acidentes rodoviários, e realçou que "alcançar esta meta ambiciosa exigirá uma acção urgente por parte dos governos, das organizações da sociedade civil e dos parceiros internacionais".

Assim, nesta Semana Mundial da Segurança Rodoviária, a directora apela a todos os líderes e comunidades no sentido de promoverem a instauração de limites de velocidade mais seguros, pois "esta medida permitirá salvar vidas e tornar as nossas comunidades mais saudáveis, ecológicas e habitáveis".

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