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Líderes religiosos contestam actividades pastorais sem formação teológica

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Os líderes religiosos da província do Huambo querem ver incluídas, na futura Lei sobre Liberdade de Religião, Crença e Culto, barreiras que possam impedir o exercício da actividade pastoral a cidadãos sem formação teológica.

Ouvidos nesta terça-feira, à margem da apreciação da proposta desta lei, na reunião ordinária do Conselho de Ministros, naquela cidade, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço, disseram que a não limitação da actividade pastoral está na base da proliferação de seitas religiosas no país.

O pastor Euclides dos Santos, da Igreja Metodista, afirmou que muitos que se intitulam pastores e lideram denominações religiosas não o são verdadeiramente, pois não promovem o evangelho da paz, da justiça social e do amor ao próximo.

A falta de formação teológica, segundo o líder religioso, tem gerado situações favoráveis para a desestruturação familiar, sendo, por isso, urgente a aprovação de uma lei que regule o exercício pastoral.

Já o presidente da União Sudoeste de Angola da Igreja Adventista do 7º Dia, reverendo Manuel Filipe da Silva, o real papel da igreja está a ser distorcido no país pelos pastores sem formação e, como consequência, afirmou que as igrejas não conseguem promover a paz entre os seus membros, a sã convivência e o respeito pela vida humana, devendo, deste modo, impor-se alguns limites para o exercício sacerdotal.

Por sua vez, o bispo da Igreja JOSAFAT na província do Huambo, Yuri Paulino, destacou que o Ministério Pastoral é uma vocação que, por sua vez, exige formação teológica, a fim de não confundirem a sociedade, visto que a igreja tem o papel essencial de apaziguar os espíritos, educar, sensibilizar a população e cultivar dentro dela altos padrões de comportamentos, fidelidade, integridade e temor a Deus.

Mostrou-se, então, satisfeito com a iniciativa do Governo a favor da igreja, referindo que a liberdade religiosa, de crença e de culto, é um problema que deve ser discutido por todos os líderes religiosos, para se evitar falsos profetas, tal como revela a Bíblia Sagrada.

Os entrevistados disseram, também, à Angop, que o exercício da profissão da fé deve ser feito dentro dos princípios éticos, morais e espirituais, evitando o fundamentalismo, enquanto obstáculo da liberdade religiosa, admitindo, no entanto, que a apreciação da posposta de Lei sobre Liberdade de Religião, de Crença e de Culto, tem grande importância, quer para a Igreja, de forma particular, quer para o Estado, de forma geral, tendo em conta a necessidade de se acabar com o fundamentalismo religioso e com a proliferação de seitas religiosas que, de um tempo a esta parte, tem preocupado a todos, devido ao surgimento de novos hábitos e costumes, marcados com acusações de feitiçaria entre familiares.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Os líderes religiosos da província do Huambo querem ver incluídas, na futura Lei sobre Liberdade de Religião, Crença e Culto, barreiras que possam impedir o exercício da actividade pastoral a cidadãos sem formação teológica.

Ouvidos nesta terça-feira, à margem da apreciação da proposta desta lei, na reunião ordinária do Conselho de Ministros, naquela cidade, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço, disseram que a não limitação da actividade pastoral está na base da proliferação de seitas religiosas no país.

O pastor Euclides dos Santos, da Igreja Metodista, afirmou que muitos que se intitulam pastores e lideram denominações religiosas não o são verdadeiramente, pois não promovem o evangelho da paz, da justiça social e do amor ao próximo.

A falta de formação teológica, segundo o líder religioso, tem gerado situações favoráveis para a desestruturação familiar, sendo, por isso, urgente a aprovação de uma lei que regule o exercício pastoral.

Já o presidente da União Sudoeste de Angola da Igreja Adventista do 7º Dia, reverendo Manuel Filipe da Silva, o real papel da igreja está a ser distorcido no país pelos pastores sem formação e, como consequência, afirmou que as igrejas não conseguem promover a paz entre os seus membros, a sã convivência e o respeito pela vida humana, devendo, deste modo, impor-se alguns limites para o exercício sacerdotal.

Por sua vez, o bispo da Igreja JOSAFAT na província do Huambo, Yuri Paulino, destacou que o Ministério Pastoral é uma vocação que, por sua vez, exige formação teológica, a fim de não confundirem a sociedade, visto que a igreja tem o papel essencial de apaziguar os espíritos, educar, sensibilizar a população e cultivar dentro dela altos padrões de comportamentos, fidelidade, integridade e temor a Deus.

Mostrou-se, então, satisfeito com a iniciativa do Governo a favor da igreja, referindo que a liberdade religiosa, de crença e de culto, é um problema que deve ser discutido por todos os líderes religiosos, para se evitar falsos profetas, tal como revela a Bíblia Sagrada.

Os entrevistados disseram, também, à Angop, que o exercício da profissão da fé deve ser feito dentro dos princípios éticos, morais e espirituais, evitando o fundamentalismo, enquanto obstáculo da liberdade religiosa, admitindo, no entanto, que a apreciação da posposta de Lei sobre Liberdade de Religião, de Crença e de Culto, tem grande importância, quer para a Igreja, de forma particular, quer para o Estado, de forma geral, tendo em conta a necessidade de se acabar com o fundamentalismo religioso e com a proliferação de seitas religiosas que, de um tempo a esta parte, tem preocupado a todos, devido ao surgimento de novos hábitos e costumes, marcados com acusações de feitiçaria entre familiares.

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