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Lafitte, “onde o usado se faz novo”, pretende ser uma referência de economia circular

Lafitte, “onde o usado se faz novo”, pretende ser uma referência de economia circular
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Andrade Lino

A Lafitte, loja especializada na comercialização de bens diversos em segunda-mão, inaugurou na manhã de hoje o seu primeiro espaço, e pretende ser uma referência a nível de promoção de desenvolvimento sustentável e economia circular, “não só em Angola, mas em todos os países de África”.

Criada pelos jovens angolanos Elton Escrivão, Erick Afonso e Ézio Yoweri, com paixão em renovar e reciclar produtos, localizada na rua Amílcar Cabral, Maianga, frente ao Hospital Psiquiátrico de Luanda, trata-se de uma marca pensada nesse ano e que surge exactamente com o objectivo de impulsionar o consumo sustentável no seio da sociedade angolana, com a assinatura “Onde o usado se faz novo”.

Erick Afonso, Elton Escrivão e Ézio Yoweri

“Temos como principal modelo de negócio uma economia circular, que permite reduzir substancialmente a quantidade de resíduos que são inadequadamente descartados ou acumulados. Primamos pelo rigor, pela segurança, qualidade, confiabilidade, bem como pela qualidade dos nossos produtos e serviços”, disse Elton Escrivão, em entrevista à imprensa.

De acordo com o gestor, a empresa possui uma gama de produtos muito diversificada e bastante flexível, estabeleceu uma previsão de comercializar electrodomésticos, televisores, imobiliários, computadores, telemóveis, livros, obra de arte, etc, e as garantias variam de acordo ao tipo de bem e tempo de uso do mesmo.

Mas o grupo não prima por preços baixos. “Nós primamos por preços justos. Por isso, se estivermos a falar dum bem com muita qualidade, obviamente, o preço será maior”, avançou Elton.

Numa primeira fase, a loja conta com sete postos de trabalho directos e cerca de 15 indirectos. A ideia é continuar a crescer e dentro de um ano atingir 100 postos de trabalho.

A Lafitte, entretanto, começa a actuar em Luanda por ser onde se verifica um consumo excessivo, segundo o entrevistado. “Ou seja, é nos centros urbanos, onde as pessoas têm um poder de contra maior, onde se verifica o problema que pretendemos resolver, que é um consumo que não é sustentável”, asseverou.

O responsável contou que os produtos são fornecidos tanto por particulares como por empresas. “Fazemos divulgação nas nossas redes sociais, fazemos também envio de cartas para diversas empresas e é desta forma que os materiais vêm aqui parar, num modelo de consignação, permitindo com que os bens sejam entregues a nós, reparados, vendidos, e depois o fornecedor recebe parte do valor adquirido da venda, porém é tudo previamente acordado”, argumentou, e segundo ele tem sido uma política bastante interessante, principalmente para empresas, cuja maior parte está com um conjunto de imobilizados e que não sabe o que fazer.

“Temos empresas que fizeram a reestruturação toda e mudaram o imobiliário, material informático, e têm n salas cheias de materiais que acabam ficando por muitos anos a deteriorarem-se. Então, nós aparecemos como uma solução para os problemas dessas empresas, sendo que as ajudamos até na realização de inventários”, revelou o empreendedor.

Questionado sobre os desafios de começar um projecto em tempos de pandemia, Elton Escrivão partilhou que a Lafitte analisou todas as situações de problema como sendo oportunidade, e acredita que a pandemia serviu para dar ao grupo algum tempo de reflexão.

“Tanto é que esta iniciativa surgiu exactamente neste momento. Então, para nós, a pandemia trouxe, mais do que problemas, luzes para novos projectos”, concluiu.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A Lafitte, loja especializada na comercialização de bens diversos em segunda-mão, inaugurou na manhã de hoje o seu primeiro espaço, e pretende ser uma referência a nível de promoção de desenvolvimento sustentável e economia circular, “não só em Angola, mas em todos os países de África”.

Criada pelos jovens angolanos Elton Escrivão, Erick Afonso e Ézio Yoweri, com paixão em renovar e reciclar produtos, localizada na rua Amílcar Cabral, Maianga, frente ao Hospital Psiquiátrico de Luanda, trata-se de uma marca pensada nesse ano e que surge exactamente com o objectivo de impulsionar o consumo sustentável no seio da sociedade angolana, com a assinatura “Onde o usado se faz novo”.

Erick Afonso, Elton Escrivão e Ézio Yoweri

“Temos como principal modelo de negócio uma economia circular, que permite reduzir substancialmente a quantidade de resíduos que são inadequadamente descartados ou acumulados. Primamos pelo rigor, pela segurança, qualidade, confiabilidade, bem como pela qualidade dos nossos produtos e serviços”, disse Elton Escrivão, em entrevista à imprensa.

De acordo com o gestor, a empresa possui uma gama de produtos muito diversificada e bastante flexível, estabeleceu uma previsão de comercializar electrodomésticos, televisores, imobiliários, computadores, telemóveis, livros, obra de arte, etc, e as garantias variam de acordo ao tipo de bem e tempo de uso do mesmo.

Mas o grupo não prima por preços baixos. “Nós primamos por preços justos. Por isso, se estivermos a falar dum bem com muita qualidade, obviamente, o preço será maior”, avançou Elton.

Numa primeira fase, a loja conta com sete postos de trabalho directos e cerca de 15 indirectos. A ideia é continuar a crescer e dentro de um ano atingir 100 postos de trabalho.

A Lafitte, entretanto, começa a actuar em Luanda por ser onde se verifica um consumo excessivo, segundo o entrevistado. “Ou seja, é nos centros urbanos, onde as pessoas têm um poder de contra maior, onde se verifica o problema que pretendemos resolver, que é um consumo que não é sustentável”, asseverou.

O responsável contou que os produtos são fornecidos tanto por particulares como por empresas. “Fazemos divulgação nas nossas redes sociais, fazemos também envio de cartas para diversas empresas e é desta forma que os materiais vêm aqui parar, num modelo de consignação, permitindo com que os bens sejam entregues a nós, reparados, vendidos, e depois o fornecedor recebe parte do valor adquirido da venda, porém é tudo previamente acordado”, argumentou, e segundo ele tem sido uma política bastante interessante, principalmente para empresas, cuja maior parte está com um conjunto de imobilizados e que não sabe o que fazer.

“Temos empresas que fizeram a reestruturação toda e mudaram o imobiliário, material informático, e têm n salas cheias de materiais que acabam ficando por muitos anos a deteriorarem-se. Então, nós aparecemos como uma solução para os problemas dessas empresas, sendo que as ajudamos até na realização de inventários”, revelou o empreendedor.

Questionado sobre os desafios de começar um projecto em tempos de pandemia, Elton Escrivão partilhou que a Lafitte analisou todas as situações de problema como sendo oportunidade, e acredita que a pandemia serviu para dar ao grupo algum tempo de reflexão.

“Tanto é que esta iniciativa surgiu exactamente neste momento. Então, para nós, a pandemia trouxe, mais do que problemas, luzes para novos projectos”, concluiu.

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