O pintor angolano Kapela Paulo irá visitar a República Democrática do Congo, entre os dias 18 e 22 deste mês, juntamente com o artista Diogo Domingos e o galerista Dominick Tanner, para uma visita de estudo e um regresso às origens para o artista plástico que, em particular, irá revisitar a Escola de Arte Poto-Poto, lugar aonde estudou nos anos 60 e que não visita há mais de 50 anos.
O Congo é um dos centros mais antigos da arte Bantu. A partir do século IX, o florescimento de sua arte, dominado por máscaras, estátuas e relicários, foi promovido por dinastias deslumbrantes. Mas a pintura remonta apenas a 1951. Aparecendo inicialmente em Brazzaville, essa nova forma de expressão foi o resultado de um encontro entre o pintor francês Pierre Lods e artistas africanos que haviam retomado a pintura de forma espontânea.
Citado no documento que recebemos, em 1950, Lods decidiu abrir um Centro de Artes Africanas em Brazzaville, que passou a ser a Escola de Arte Poto-Poto. Pierre Lods procurava uma arte africana autêntica. Recrutou jovens, preferindo aqueles que nunca frequentaram a escola. Proibiu-os de consultarem reproduções artísticas, para que não fossem influenciados por modelos ocidentais.
Ele deu aos seus alunos os meios técnicos para expressarem, de forma plástica e tão livremente quanto possível, temas extraídos de suas tradições africanas, como, por exemplo, cenas de mercado, máscaras, pássaros, etc.
A reputação da Escola estendeu-se rapidamente além das margens do rio Congo, graças ao talento de seus artistas. Após a partida de Lods em 1960, o Poto Poto continuou sob a direcção turbulenta de dois ex-alunos, Nicolas Ondongo e Guy Léon Fylla, e já viu duas gerações de artistas, aqueles que trabalharam com Lods e aqueles que vieram depois, conta ainda a nota que nos chegou.
Nascido em Maquela do Zombo (Uíge), em 1989, Kapela Paulo mudou-se definitivamente de volta para Angola, nomeadamente Luanda. Trouxe o sonho de ensinar a técnica “Poto-Poto” a muitos alunos, porém, infelizmente, nunca realizou esse sonho.
Entretanto, Dominick Tanner, Director do Espaço Luanda Arte (ELA- Espaço Luanda Arte) afirma que é inquestionável a posição que o Kapela assume na Arte Contemporânea em Angola como “pai espiritual”, sobretudo pelo facto de ter influenciado directamente toda uma geração de artistas angolanos que emergiram nos últimos 20 anos, e que se afirmam cada vez mais em território nacional e internacional.
Artistas como Lino Damião, Marco Kabenda, Toy Boy, Nelo Teixeira, Kiluanje Kia Henda e Yonamine, foram todos inspirados pela obra e pela vida do Kapela, isso para além da sua própria trajectória como artista, disse o responsável.
O pintor angolano Kapela Paulo irá visitar a República Democrática do Congo, entre os dias 18 e 22 deste mês, juntamente com o artista Diogo Domingos e o galerista Dominick Tanner, para uma visita de estudo e um regresso às origens para o artista plástico que, em particular, irá revisitar a Escola de Arte Poto-Poto, lugar aonde estudou nos anos 60 e que não visita há mais de 50 anos.
O Congo é um dos centros mais antigos da arte Bantu. A partir do século IX, o florescimento de sua arte, dominado por máscaras, estátuas e relicários, foi promovido por dinastias deslumbrantes. Mas a pintura remonta apenas a 1951. Aparecendo inicialmente em Brazzaville, essa nova forma de expressão foi o resultado de um encontro entre o pintor francês Pierre Lods e artistas africanos que haviam retomado a pintura de forma espontânea.
Citado no documento que recebemos, em 1950, Lods decidiu abrir um Centro de Artes Africanas em Brazzaville, que passou a ser a Escola de Arte Poto-Poto. Pierre Lods procurava uma arte africana autêntica. Recrutou jovens, preferindo aqueles que nunca frequentaram a escola. Proibiu-os de consultarem reproduções artísticas, para que não fossem influenciados por modelos ocidentais.
Ele deu aos seus alunos os meios técnicos para expressarem, de forma plástica e tão livremente quanto possível, temas extraídos de suas tradições africanas, como, por exemplo, cenas de mercado, máscaras, pássaros, etc.
A reputação da Escola estendeu-se rapidamente além das margens do rio Congo, graças ao talento de seus artistas. Após a partida de Lods em 1960, o Poto Poto continuou sob a direcção turbulenta de dois ex-alunos, Nicolas Ondongo e Guy Léon Fylla, e já viu duas gerações de artistas, aqueles que trabalharam com Lods e aqueles que vieram depois, conta ainda a nota que nos chegou.
Nascido em Maquela do Zombo (Uíge), em 1989, Kapela Paulo mudou-se definitivamente de volta para Angola, nomeadamente Luanda. Trouxe o sonho de ensinar a técnica “Poto-Poto” a muitos alunos, porém, infelizmente, nunca realizou esse sonho.
Entretanto, Dominick Tanner, Director do Espaço Luanda Arte (ELA- Espaço Luanda Arte) afirma que é inquestionável a posição que o Kapela assume na Arte Contemporânea em Angola como “pai espiritual”, sobretudo pelo facto de ter influenciado directamente toda uma geração de artistas angolanos que emergiram nos últimos 20 anos, e que se afirmam cada vez mais em território nacional e internacional.
Artistas como Lino Damião, Marco Kabenda, Toy Boy, Nelo Teixeira, Kiluanje Kia Henda e Yonamine, foram todos inspirados pela obra e pela vida do Kapela, isso para além da sua própria trajectória como artista, disse o responsável.