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José Luís Mendonça lança “Software Carnal”

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O poeta angolano José Luís Mendonça, um dos nomes mais emblemáticos da literatura angolana, vai lançar, no dia 30 deste mês, sob égide da editora Kalunga, no Camões - Centro Cultural Português, em Luanda, pelas 17 horas, o seu novo livro, denominado “Software Carnal”.

A obra, num início de século cada vez mais online e menos sentimental, como refere a nota enviada ao ONgoma, aparece como um convite ao retorno dos afectos, contra a conflitualidade social inaceitável e arcaica, através da aposta inadiável na devoção à mulher.

A mais recente produção poética de José Luís Mendonça, também escritor, celebra ainda a vertigem da criação natural, cuja expressão mais acabada é a mulher, “esse registo abobadado de trezentos milhões de anos de evolução”, como se pode ler no poema que dá título ao livro.

Por outro lado, os 37 poemas de “Software Carnal” perfazem um hino à misteriosa e infinita expansão do universo que aqui, neste lugar chamado Terra, se reedita no ventre expansivo em tempo de gravidez, nos olhos húmidos e luminosos da mulher, dotados da ciência maternal de ver e na sede dos dedos a tactear a liquidez das coisas que nos rodeiam. “Poesia de uma maturidade impressionante, que coloca a poesia angolana no patamar cimeiro da contemporaneidade lírica”, lê-se no comunicado.

Com apresentação crítica de Fátima Fernandes e palavra de leitora de Conceição Neto, a apresentação do livro terá como mestre de cerimônia a gestora de conteúdos Djanira Barbosa e será também palco de poesia e canto dedilhado nas cordas da viola de Wilmar Nakeni, Lala e Pedro Bélgio.

A obra, segundo o documento, inaugura o ciclo de publicações da editora Kalunga, uma iniciativa empreendedora jovem que actua na edição, livraria e papelaria, e que se apresenta no mercado literário angolano, sendo comercializada no valor de 3.000,00 AKz.

Ademais, a participação é livre, porém impõe o uso da mascará, por razões pandémicas.

Poeta de profissão, jornalista por concessão e homem por distracção, José Luís Mendonça dirigiu durante sete anos o jornal CULTURA, quinzenário angolano de Artes & Letras. É professor de Língua Portuguesa e Noções de Direito, tendo feito a sua aparição no mundo das letras com um conjunto de poemas, “Chuva Novembrina”, aos quais foi atribuído o Prémio Sagrada Esperança em 1981.

O autor nasceu a 24 de Novembro de 1955, no Golungo Alto, Angola, e publicou várias obras de poesia e prosa, sendo a mais recente o romance “Se os Ministros Morassem no Musseque”, de 2019.

No ano de 2015, foi-lhe outorgado o Prémio Nacional de Cultura e Artes na categoria de Literatura.

Reparte a sua vida pública entre a oraliratura, o jornalismo, o ensino da língua portuguesa e o activismo cultural pelo fomento do livro e da leitura.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O poeta angolano José Luís Mendonça, um dos nomes mais emblemáticos da literatura angolana, vai lançar, no dia 30 deste mês, sob égide da editora Kalunga, no Camões - Centro Cultural Português, em Luanda, pelas 17 horas, o seu novo livro, denominado “Software Carnal”.

A obra, num início de século cada vez mais online e menos sentimental, como refere a nota enviada ao ONgoma, aparece como um convite ao retorno dos afectos, contra a conflitualidade social inaceitável e arcaica, através da aposta inadiável na devoção à mulher.

A mais recente produção poética de José Luís Mendonça, também escritor, celebra ainda a vertigem da criação natural, cuja expressão mais acabada é a mulher, “esse registo abobadado de trezentos milhões de anos de evolução”, como se pode ler no poema que dá título ao livro.

Por outro lado, os 37 poemas de “Software Carnal” perfazem um hino à misteriosa e infinita expansão do universo que aqui, neste lugar chamado Terra, se reedita no ventre expansivo em tempo de gravidez, nos olhos húmidos e luminosos da mulher, dotados da ciência maternal de ver e na sede dos dedos a tactear a liquidez das coisas que nos rodeiam. “Poesia de uma maturidade impressionante, que coloca a poesia angolana no patamar cimeiro da contemporaneidade lírica”, lê-se no comunicado.

Com apresentação crítica de Fátima Fernandes e palavra de leitora de Conceição Neto, a apresentação do livro terá como mestre de cerimônia a gestora de conteúdos Djanira Barbosa e será também palco de poesia e canto dedilhado nas cordas da viola de Wilmar Nakeni, Lala e Pedro Bélgio.

A obra, segundo o documento, inaugura o ciclo de publicações da editora Kalunga, uma iniciativa empreendedora jovem que actua na edição, livraria e papelaria, e que se apresenta no mercado literário angolano, sendo comercializada no valor de 3.000,00 AKz.

Ademais, a participação é livre, porém impõe o uso da mascará, por razões pandémicas.

Poeta de profissão, jornalista por concessão e homem por distracção, José Luís Mendonça dirigiu durante sete anos o jornal CULTURA, quinzenário angolano de Artes & Letras. É professor de Língua Portuguesa e Noções de Direito, tendo feito a sua aparição no mundo das letras com um conjunto de poemas, “Chuva Novembrina”, aos quais foi atribuído o Prémio Sagrada Esperança em 1981.

O autor nasceu a 24 de Novembro de 1955, no Golungo Alto, Angola, e publicou várias obras de poesia e prosa, sendo a mais recente o romance “Se os Ministros Morassem no Musseque”, de 2019.

No ano de 2015, foi-lhe outorgado o Prémio Nacional de Cultura e Artes na categoria de Literatura.

Reparte a sua vida pública entre a oraliratura, o jornalismo, o ensino da língua portuguesa e o activismo cultural pelo fomento do livro e da leitura.

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