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Jornalista Tony Fancy é despedido por ter participado na entrevista colectiva ao Presidente

Jornalista Tony Fancy é despedido por ter participado na entrevista colectiva ao Presidente
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O jornalista António Francisco Manuel “Tony Fancy”, colaborador da Rádio 2000-Antena Comercial do Lubango, foi ontem despedido da emissora, pelo facto de ter participado na entrevista colectiva ao Presidente da República e colocado questões consideradas incómodas pelos responsáveis daquela estação.

A decisão da rescisão do contrato encontra-se expressa num comunicado no qual a direcção da Rádio demarca-se de qualquer responsabilidade sobre as questões apresentadas pelo jornalista ao Presidente da República na entrevista colectiva, dada à imprensa nacional e internacional, na passada segunda-feira, dia 8.

O documento, assinado pelo director geral da instituição, José Manuel Rodrigues, esclarece que “é com surpresa e indignação que a direcção da Rádio 2000 acompanhou, pela Televisão Pública de Angola, na manhã do dia 8 de Janeiro, a entrevista que o Presidente da República concedeu à imprensa, no qual foram colocadas questões sobre gestão urbana da cidade do Lubango e o salário que aufere o jornalista António Francisco Manuel “Tony Fancy", colaborador em tempo parcial na estação emissora”, sendo que, por outro lado, a direcção informa que o jornalista  se terá deslocado a Luanda por iniciativa própria para participar no encontro, por isso, a emissora descarta-se de qualquer responsabilidade e repudia a “conduta indecorosa”, que considera grave, protagonizada pelo seu colaborador no Jardim da Cidade Alta.

Ademais, a emissora esclarece que o alegado baixo salário (25 mil kwanzas) que o mesmo aufere resulta da sua prestação de serviço como colaborador, cuja carga horária de trabalho não vai para além de duas horas.

Citado pelo Jornal de Angola, Tony Fancy, em reacção à nota, afirmou não entender as razões do fim do vínculo, após ter sido contactado por via telefónica e confirmado ter em posse o documento de rescisão do contrato com a estação.

“Não fiz nada de errado. Quando manifestei a intenção de estar presente da entrevista colectiva com o Presidente da República, o director praticamente rejeitou e, inclusive, minimizou o assunto. Depois de uma longa conversa por telefone com o senhor director geral, ele acabou por aceitar, mas responsabilizou-se pelas despesas da deslocação. No meu regresso ao Lubango diz que não me autorizou. Penso ser má fé por parte do director", desabafou.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O jornalista António Francisco Manuel “Tony Fancy”, colaborador da Rádio 2000-Antena Comercial do Lubango, foi ontem despedido da emissora, pelo facto de ter participado na entrevista colectiva ao Presidente da República e colocado questões consideradas incómodas pelos responsáveis daquela estação.

A decisão da rescisão do contrato encontra-se expressa num comunicado no qual a direcção da Rádio demarca-se de qualquer responsabilidade sobre as questões apresentadas pelo jornalista ao Presidente da República na entrevista colectiva, dada à imprensa nacional e internacional, na passada segunda-feira, dia 8.

O documento, assinado pelo director geral da instituição, José Manuel Rodrigues, esclarece que “é com surpresa e indignação que a direcção da Rádio 2000 acompanhou, pela Televisão Pública de Angola, na manhã do dia 8 de Janeiro, a entrevista que o Presidente da República concedeu à imprensa, no qual foram colocadas questões sobre gestão urbana da cidade do Lubango e o salário que aufere o jornalista António Francisco Manuel “Tony Fancy", colaborador em tempo parcial na estação emissora”, sendo que, por outro lado, a direcção informa que o jornalista  se terá deslocado a Luanda por iniciativa própria para participar no encontro, por isso, a emissora descarta-se de qualquer responsabilidade e repudia a “conduta indecorosa”, que considera grave, protagonizada pelo seu colaborador no Jardim da Cidade Alta.

Ademais, a emissora esclarece que o alegado baixo salário (25 mil kwanzas) que o mesmo aufere resulta da sua prestação de serviço como colaborador, cuja carga horária de trabalho não vai para além de duas horas.

Citado pelo Jornal de Angola, Tony Fancy, em reacção à nota, afirmou não entender as razões do fim do vínculo, após ter sido contactado por via telefónica e confirmado ter em posse o documento de rescisão do contrato com a estação.

“Não fiz nada de errado. Quando manifestei a intenção de estar presente da entrevista colectiva com o Presidente da República, o director praticamente rejeitou e, inclusive, minimizou o assunto. Depois de uma longa conversa por telefone com o senhor director geral, ele acabou por aceitar, mas responsabilizou-se pelas despesas da deslocação. No meu regresso ao Lubango diz que não me autorizou. Penso ser má fé por parte do director", desabafou.

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