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João Lourenço afirma ter feito mais do que o esperado em Angola

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O Presidente da República de Angola, João Lourenço, reafirmou que o Governo vai continuar imparável no combate à corrupção, e que, em 11 meses de governação, fez mais do que era esperado, com um “conjunto de medidas corajosas”.

O estadista fez esta afirmação durante uma entrevista exclusiva à rádio Deutsche Welle (DW) África, no decurso da sua visita à República Federal da Alemanha, tendo acrescentado que, em 11 meses, não é possível fazer-se o que deve ser feito num mandato de cinco anos. 

“Eu considero, modéstia à parte, que, em 11 meses, muito foi feito. Pode-se mesmo dizer que mais do que era esperado. Um conjunto de medidas corajosas que uma boa parte das pessoas pensava não ser possível fazer-se neste período inicial de arranque do meu mandato. E, talvez, esperassem que acontecesse para o terceiro ano do mandato, mas, felizmente, consegui fazer com sucesso nesses primeiros 11 meses”, manifestou o Chefe de Estado angolano, questionado sobre ter ou não conseguido fazer tudo o que queria até aqui.

Na visita àquele país da Europa Ocidental, o PR pediu aos investidores o fornecimento de embarcações de guerra para a marinha angolana e outros meios electrónicos. Então, para clarear que acredita que a Alemanha vai ajudar, apesar de já ter havido críticas quanto a este assunto no passado, disse: “Eu estive aqui em 2014, na condição de ministro da Defesa, e, nessa altura, procurávamos conseguir a aquisição dessas embarcações aqui a partir da Alemanha. Por razões de diversa ordem, sobretudo, da conjuntura interna alemã, alemã e não só, e mesmo, digamos, da própria União Europeia, não foi possível, naquela altura. Mas nós estamos absolutamente convencidos de que, agora, os constrangimentos que existiam foram ultrapassados. A própria chanceler federal Angela Merkel, na conferência de imprensa, depois do almoço de trabalho que tivemos, ela faz referência a isso, sem receio absolutamente nenhum das reacções que a imprensa pudesse ter, o que significa dizer que os constrangimentos do passado estão ultrapassados e, sim, o Estado alemão vai apoiar os estaleiros navais de Kiel, que, em princípio, serão os que vão fornecer as embarcações a Angola”.

Quanto ao combate à corrupção e a impunidade, João Lourenço sublinhou que os próximos passos é seguir a mesma trajectória que já foi delineada, que foi traçada. “Sabe que nesta luta há acções que dependem não apenas do poder político. O poder político está a fazer a sua parte. Há outra parte que depende dos cidadãos, que devem denunciar, e há uma parte muito importante, em qualquer democracia que depende da Justiça. E, aí, eu não posso interferir, eu não posso dizer exactamente o que a Justiça vai fazer. Só sei dizer que alguns casos já estão com a Justiça, e qual será o desfecho, daqui para frente, só eles próprios poderão dizer”, explicou.

No que toca o repatriamento de capitais, disse que ainda não começou nem podia ter começado, porque a lei estabelecia um prazo que só vence no final deste ano. “Creio que em Dezembro. Portanto, antes desse período, não é de se esperar que comece”, informou, finalmente.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, reafirmou que o Governo vai continuar imparável no combate à corrupção, e que, em 11 meses de governação, fez mais do que era esperado, com um “conjunto de medidas corajosas”.

O estadista fez esta afirmação durante uma entrevista exclusiva à rádio Deutsche Welle (DW) África, no decurso da sua visita à República Federal da Alemanha, tendo acrescentado que, em 11 meses, não é possível fazer-se o que deve ser feito num mandato de cinco anos. 

“Eu considero, modéstia à parte, que, em 11 meses, muito foi feito. Pode-se mesmo dizer que mais do que era esperado. Um conjunto de medidas corajosas que uma boa parte das pessoas pensava não ser possível fazer-se neste período inicial de arranque do meu mandato. E, talvez, esperassem que acontecesse para o terceiro ano do mandato, mas, felizmente, consegui fazer com sucesso nesses primeiros 11 meses”, manifestou o Chefe de Estado angolano, questionado sobre ter ou não conseguido fazer tudo o que queria até aqui.

Na visita àquele país da Europa Ocidental, o PR pediu aos investidores o fornecimento de embarcações de guerra para a marinha angolana e outros meios electrónicos. Então, para clarear que acredita que a Alemanha vai ajudar, apesar de já ter havido críticas quanto a este assunto no passado, disse: “Eu estive aqui em 2014, na condição de ministro da Defesa, e, nessa altura, procurávamos conseguir a aquisição dessas embarcações aqui a partir da Alemanha. Por razões de diversa ordem, sobretudo, da conjuntura interna alemã, alemã e não só, e mesmo, digamos, da própria União Europeia, não foi possível, naquela altura. Mas nós estamos absolutamente convencidos de que, agora, os constrangimentos que existiam foram ultrapassados. A própria chanceler federal Angela Merkel, na conferência de imprensa, depois do almoço de trabalho que tivemos, ela faz referência a isso, sem receio absolutamente nenhum das reacções que a imprensa pudesse ter, o que significa dizer que os constrangimentos do passado estão ultrapassados e, sim, o Estado alemão vai apoiar os estaleiros navais de Kiel, que, em princípio, serão os que vão fornecer as embarcações a Angola”.

Quanto ao combate à corrupção e a impunidade, João Lourenço sublinhou que os próximos passos é seguir a mesma trajectória que já foi delineada, que foi traçada. “Sabe que nesta luta há acções que dependem não apenas do poder político. O poder político está a fazer a sua parte. Há outra parte que depende dos cidadãos, que devem denunciar, e há uma parte muito importante, em qualquer democracia que depende da Justiça. E, aí, eu não posso interferir, eu não posso dizer exactamente o que a Justiça vai fazer. Só sei dizer que alguns casos já estão com a Justiça, e qual será o desfecho, daqui para frente, só eles próprios poderão dizer”, explicou.

No que toca o repatriamento de capitais, disse que ainda não começou nem podia ter começado, porque a lei estabelecia um prazo que só vence no final deste ano. “Creio que em Dezembro. Portanto, antes desse período, não é de se esperar que comece”, informou, finalmente.

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