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Instituto Nacional do Sangue detecta alto índice de hepatite B em campanha de doação

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A directora do Instituto Nacional de Sangue (INS), Antónia Constantino, anunciou que metade do sangue doado em Angola, na sua maioria assegurado por familiares dos doentes, não é aproveitado porque está infectado, principalmente por hepatite B, informou a Angop.

A responsável avançou essa informação numa palestra sobre as "Perspectivas e os Desafios para o Desenvolvimento de um Programa Nacional de Dadores de Sangue", realizada em alusão ao Dia Mundial do Dador de Sangue, que se assinalou ontem.

Segundo Antónia Constantino, Angola necessita de cerca de 257.890 doações por ano, o que pressupõe uma quantidade de 322.363 doadores, quando apenas 10% dos dadores são voluntários regulares e a maioria familiares dos doentes.

Para Antónia Constantino, garantir doações seguras é uma prioridade, porque as perdas que se registam são elevadas.

"Em 2015, vimos que tivemos uma perda de cerca de 12 mil bolsas de sangue, pela positividade de microrganismos, dos quais a hepatite B foi a mais prevalente, embora as pessoas temam mais no HIV, na verdade, a hepatite B é mais prevalente nas pessoas que doam", disse.

Acrescentou que o mesmo ocorreu em 2016, ou seja, 50% do sangue colhido não pôde ser aproveitado.

"Em 2017, até Maio, o perfil não mudou absolutamente nada. Continuamos com perdas de 50% do sangue recolhido, ou seja, é muito urgente, mudarmos o perfil dos doadores, melhorarmos a nossa triagem e sermos mais responsáveis enquanto doadores", exortou.

Para melhor controlo, o INS tem investido em novos meios tecnológicos que permitem rastrear com maior segurança o sangue colhido, reduzindo o período de janela dessas infecções.

A responsável frisou que estudos feitos anteriormente, nos anos 2013/2014, demonstraram que as necessidades, diárias, mensais e anuais, ficam aquém das metas para suprir as carências, situação que se mantém.

Antónia Constantino frisou que a maioria das doações de sangue feitas no país é suportada por familiares e não por dadores voluntários regulares, o que representa um défice "muito grande". De acordo com a directora do INS, em 2015, as doações familiares constituíram 91% do sangue recolhido, situação que se manteve em 2016.

"A OMS [Organização Mundial de Saúde] recomenda que 100% das doações sejam voluntárias regulares, então estamos ainda muito longe de alcançar aquilo que é o objectivo", disse.

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Venâncio Chambumba

A directora do Instituto Nacional de Sangue (INS), Antónia Constantino, anunciou que metade do sangue doado em Angola, na sua maioria assegurado por familiares dos doentes, não é aproveitado porque está infectado, principalmente por hepatite B, informou a Angop.

A responsável avançou essa informação numa palestra sobre as "Perspectivas e os Desafios para o Desenvolvimento de um Programa Nacional de Dadores de Sangue", realizada em alusão ao Dia Mundial do Dador de Sangue, que se assinalou ontem.

Segundo Antónia Constantino, Angola necessita de cerca de 257.890 doações por ano, o que pressupõe uma quantidade de 322.363 doadores, quando apenas 10% dos dadores são voluntários regulares e a maioria familiares dos doentes.

Para Antónia Constantino, garantir doações seguras é uma prioridade, porque as perdas que se registam são elevadas.

"Em 2015, vimos que tivemos uma perda de cerca de 12 mil bolsas de sangue, pela positividade de microrganismos, dos quais a hepatite B foi a mais prevalente, embora as pessoas temam mais no HIV, na verdade, a hepatite B é mais prevalente nas pessoas que doam", disse.

Acrescentou que o mesmo ocorreu em 2016, ou seja, 50% do sangue colhido não pôde ser aproveitado.

"Em 2017, até Maio, o perfil não mudou absolutamente nada. Continuamos com perdas de 50% do sangue recolhido, ou seja, é muito urgente, mudarmos o perfil dos doadores, melhorarmos a nossa triagem e sermos mais responsáveis enquanto doadores", exortou.

Para melhor controlo, o INS tem investido em novos meios tecnológicos que permitem rastrear com maior segurança o sangue colhido, reduzindo o período de janela dessas infecções.

A responsável frisou que estudos feitos anteriormente, nos anos 2013/2014, demonstraram que as necessidades, diárias, mensais e anuais, ficam aquém das metas para suprir as carências, situação que se mantém.

Antónia Constantino frisou que a maioria das doações de sangue feitas no país é suportada por familiares e não por dadores voluntários regulares, o que representa um défice "muito grande". De acordo com a directora do INS, em 2015, as doações familiares constituíram 91% do sangue recolhido, situação que se manteve em 2016.

"A OMS [Organização Mundial de Saúde] recomenda que 100% das doações sejam voluntárias regulares, então estamos ainda muito longe de alcançar aquilo que é o objectivo", disse.

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