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INE estima prevalência de VIH na população de 15-49 anos em 2%

INE estima prevalência de VIH na população de 15-49 anos em 2%
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O Instituto Nacional de Estatística estima que a prevalência do vírus de VIH na população angolana de 15-49 anos de idade é de 2,0%, de acordo com os resultados do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2015-2016, apresentado na última sexta-feira, em Luanda.

De acordo com o documento, cuja apresentação ao público ocorreu no anfiteatro Maria Ferreira daquela instituição, 2 em cada 10 homens e 3 em cada 10 mulheres de 15-49 anos fizeram o teste de VIH e receberam os resultados nos 12 meses anteriores ao inquérito, sendo a prevalência de VIH na população maior nas mulheres (2,6%) do que nos homens (1,2%).

O relatório revela ainda que cerca de 30% dos agregados familiares angolanos possuem pelo menos um Mosquiteiro Tratado com Insecticida de Longa Duração (MTILD) e registou-se uma prevalência de malária de 14% entre as crianças de 6-59 meses, ou seja, tiveram resultado positivo no Teste Diagnóstico Rápido.

No entanto, entre os indicadores publicados, ressalta-se ainda uma média de 6,2 filhos para as mulheres em Angola; e que mais de um terço de mulheres adolescentes, dos 15 aos 19 anos, já iniciou a vida reprodutiva. Quanto ao planeamento familiar, apenas 13% as mulheres casadas usam algum método contraceptivo moderno, revela o relatório.

De acordo com o documento a que tivemos acesso, no inquérito foram entrevistados um total de 16.109 agregados familiares, 14.379 mulheres dos 15 aos 49 anos de idade e 5.684 homens dos 15 aos 54 anos, respectivamente, cuja taxa de resposta é elevada, sendo 96% entre as mulheres e 94% entre os homens.

Informações fornecidas pelo relatório apontam ainda que oito em cada dez mulheres fazem pelo menos uma consulta pré-natal atendida por um profissional de saúde qualificado (médico, enfermeira ou parteira) e, dessa forma, menos de metade dos partos ocorreu em unidades sanitárias. Por conseguinte, três em cada dez crianças de 12-23 meses receberam as vacinas básicas, metade recebeu a vacina contra a febre-amarela, 38% das crianças menores de cinco anos apresenta malnutrição crónica e a taxa de mortalidade infanto-juvenil é de 68 mortes por 1.000 nados vivos, ou seja, 1 em cada 15 crianças morre antes do seu quinto-aniversário.

O IIMS 2015-2016 tem como objectivo fornecer informações actualizadas, relativamente à situação dos homens, mulheres e crianças e medir o estado actual de indicadores chaves, tais como os aspectos demográficos, saúde materno-infantil, planeamento familiar, nutrição, malária, anemia e VIH.

Refira-se que, com a elaboração do IIMS 2015-2016 pelo Instituto Nacional de Estatística, em colaboração com o Ministério da Saúde, Angola junta-se, pela primeira vez, à lista de países que já realizaram um Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS), documento globalmente padronizado com uma amostra que garante representatividade a nível nacional, provincial, urbano e rural.  

Segundo o ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo, que procedeu ao acto de abertura da cerimónia de apresentação do relatório, o lançamento deste documento representa uma acção sem precedentes no nosso país ao nível do processo de produção de dados estatísticos e indicadores relacionados com o estado de saúde da população, assim como os seus determinantes e tendências.

“É óbvio que o alcance de resultados do processo de desenvolvimento começa com a elaboração de boas políticas, estratégias e planos que contribuam para o bem-estar físico, mental e social da população. Algumas dessas políticas são sectoriais, outras são intersectoriais, relacionadas com os principais determinantes do estado de saúde. Contudo, é importante sabermos se estamos a ter sucesso na execução dos nossos planos e se estamos a alcançar os resultados previstos. Nisso pressuponho a produção de dados e informações que nos permitam medir os progressos realizados”, observou.

O governante reforçou ainda que o inquérito revela informações estatísticas e indicadores que permitem analisar os progressos alcançados na execução do Plano Nacional de Desenvolvimento de Saúde 2013-2017 e que os resultados deverão realmente servir para se planificar o desenvolvimento futuro do sector.

Mais de meia centena, das mais diversas entidades, esteve presente no Instituto Nacional de Estatística, na última sexta-feira, para o lançamento dos resultados do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2015-2016.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O Instituto Nacional de Estatística estima que a prevalência do vírus de VIH na população angolana de 15-49 anos de idade é de 2,0%, de acordo com os resultados do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2015-2016, apresentado na última sexta-feira, em Luanda.

De acordo com o documento, cuja apresentação ao público ocorreu no anfiteatro Maria Ferreira daquela instituição, 2 em cada 10 homens e 3 em cada 10 mulheres de 15-49 anos fizeram o teste de VIH e receberam os resultados nos 12 meses anteriores ao inquérito, sendo a prevalência de VIH na população maior nas mulheres (2,6%) do que nos homens (1,2%).

O relatório revela ainda que cerca de 30% dos agregados familiares angolanos possuem pelo menos um Mosquiteiro Tratado com Insecticida de Longa Duração (MTILD) e registou-se uma prevalência de malária de 14% entre as crianças de 6-59 meses, ou seja, tiveram resultado positivo no Teste Diagnóstico Rápido.

No entanto, entre os indicadores publicados, ressalta-se ainda uma média de 6,2 filhos para as mulheres em Angola; e que mais de um terço de mulheres adolescentes, dos 15 aos 19 anos, já iniciou a vida reprodutiva. Quanto ao planeamento familiar, apenas 13% as mulheres casadas usam algum método contraceptivo moderno, revela o relatório.

De acordo com o documento a que tivemos acesso, no inquérito foram entrevistados um total de 16.109 agregados familiares, 14.379 mulheres dos 15 aos 49 anos de idade e 5.684 homens dos 15 aos 54 anos, respectivamente, cuja taxa de resposta é elevada, sendo 96% entre as mulheres e 94% entre os homens.

Informações fornecidas pelo relatório apontam ainda que oito em cada dez mulheres fazem pelo menos uma consulta pré-natal atendida por um profissional de saúde qualificado (médico, enfermeira ou parteira) e, dessa forma, menos de metade dos partos ocorreu em unidades sanitárias. Por conseguinte, três em cada dez crianças de 12-23 meses receberam as vacinas básicas, metade recebeu a vacina contra a febre-amarela, 38% das crianças menores de cinco anos apresenta malnutrição crónica e a taxa de mortalidade infanto-juvenil é de 68 mortes por 1.000 nados vivos, ou seja, 1 em cada 15 crianças morre antes do seu quinto-aniversário.

O IIMS 2015-2016 tem como objectivo fornecer informações actualizadas, relativamente à situação dos homens, mulheres e crianças e medir o estado actual de indicadores chaves, tais como os aspectos demográficos, saúde materno-infantil, planeamento familiar, nutrição, malária, anemia e VIH.

Refira-se que, com a elaboração do IIMS 2015-2016 pelo Instituto Nacional de Estatística, em colaboração com o Ministério da Saúde, Angola junta-se, pela primeira vez, à lista de países que já realizaram um Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS), documento globalmente padronizado com uma amostra que garante representatividade a nível nacional, provincial, urbano e rural.  

Segundo o ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo, que procedeu ao acto de abertura da cerimónia de apresentação do relatório, o lançamento deste documento representa uma acção sem precedentes no nosso país ao nível do processo de produção de dados estatísticos e indicadores relacionados com o estado de saúde da população, assim como os seus determinantes e tendências.

“É óbvio que o alcance de resultados do processo de desenvolvimento começa com a elaboração de boas políticas, estratégias e planos que contribuam para o bem-estar físico, mental e social da população. Algumas dessas políticas são sectoriais, outras são intersectoriais, relacionadas com os principais determinantes do estado de saúde. Contudo, é importante sabermos se estamos a ter sucesso na execução dos nossos planos e se estamos a alcançar os resultados previstos. Nisso pressuponho a produção de dados e informações que nos permitam medir os progressos realizados”, observou.

O governante reforçou ainda que o inquérito revela informações estatísticas e indicadores que permitem analisar os progressos alcançados na execução do Plano Nacional de Desenvolvimento de Saúde 2013-2017 e que os resultados deverão realmente servir para se planificar o desenvolvimento futuro do sector.

Mais de meia centena, das mais diversas entidades, esteve presente no Instituto Nacional de Estatística, na última sexta-feira, para o lançamento dos resultados do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2015-2016.

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