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Igualdade de género focada nas necessidades básicas da mulher sul-africana é retratada em exposição fotográfica

Igualdade de género focada nas necessidades básicas da mulher sul-africana é retratada em exposição fotográfica
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O fotógrafo sul-africano Sabelo Mlangeni vai inaugurar amanhã a sua exposição individual, denominada “Mulheres Invisíveis 2006” (Invisible Women 2006), a ter lugar no Memorial Dr. António Agostinho Neto, pelas 18h:30.

A amostra marca a terceira edição da plataforma de fotografia africana “Vidrul Convida”, uma continuação do projecto “Vidrul Fotografia-2018”, com 32 obras.

A exposição retrata parte da visão da África do Sul, para qual “o futuro é a igualdade de género, guiada por uma visão de direitos humanos que incorpora a aceitação de direitos iguais e inalienáveis ​​entre todas as mulheres e homens, varrendo uma história em que a dignidade dos indivíduos era predicada não apenas por linhas, mas também dentro de vários grupos raciais, por género”.

Como sublinha o comunicado que recebemos, isso criou fronteiras distintas onde as mulheres dificilmente liderariam a tomada de decisões e ficariam confinadas às áreas rurais, subservientes e subjugadas. A pobreza é, há muito tempo, um grande problema para as mulheres na África do Sul, sendo que, sob as leis do apartheid, elas foram para áreas rurais, onde a infra-estrutura básica era quase inexistente.

“E isso, juntamente com costumes e tradições repressivas, dava-lhes pouca esperança de um futuro. Que papel poderia fazer uma diferença nas suas vidas?”, questiona-se o artista, no documento a que tivemos acesso.

Assim, sendo, dentre outras razões, “Mulheres Invisiveis 2006” procura não só retratar a força e a resistência dessas mulheres, cujo trabalho é limpar depois de cada dia o comércio e negócios no centro de Joanesburgo, mas também mostrar como, apesar de fazer um trabalho que a maioria iria pensar humilhante, as fronteiras podem ser eliminadas, dando-lhes independência, permitindo-lhes aceder a necessidades básicas, recursos básicos, capacitação económica e prometendo-lhes um futuro onde a possibilidade de acesso ao poder político, implementação de leis, uma voz igual na determinação do futuro de si e, talvez mais importante, dos seus filhos: sem o julgo de leis e costumes repressivos que os restringem, reforça a nota.

A exposição ficará patente até ao próximo dia 30 do mês corrente.

Sabelo Mlangeni nasceu em 1980 em Driefontein, perto de Wakkerstroom, em Mpumalanga, África do Sul.

Em 2001, mudou-se para Joanesburgo, onde se juntou ao “Workshop de Fotografia de Mercado”, graduando-se em 2004.

Ganhou o Prémio Tollman de Artes Visuais em 2009, e das exposições colectivas em que já participou, constam, de  2018 - “Tell Freedom”, 15 Artistas Sul-africanos, Kunsthal KAdE, Amersfoort, Holanda, “Making Africa: A Continent Of Contemporary Design”, The Museum of Albuquerque, Albuquerque, EUA. De 2017 - “Deconstructed Spaces, Surveyed Memories”, Addis Fine Art, Addis Abeba, Etiópia, “Making Africa: A Continent Of Contemporary Design”, The High Museum of Art, Atlanta, EUA e, de 2016, dentrre outras, “Making Africa: A Continent Of Contemporary Design”, Kunsthal Rotterdão, Holanda, “Sex”, Stevenson, Joanesburgo, África do Sul, “Making Africa: A Continent Of Contemporary Design”, Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona (CCCB), Barcelona, ​​Espanha.

Individualmente, expôs, em 2016 - “Sabelo Mlangeni: Heartbreaker”, Artspace, Auckland, Nova Zelândia, em 2015 - “Sabelo Mlangeni: No Problem”, Stevenson, Cidade do Cabo, África do Sul, em 2011 - “Sabelo Mlangeni: Ghost Towns”, Stevenson, Cidade do Cabo, África do Sul em 2010 - “Men Only / At Home”, Stevenson, Joanesburgo, África do Sul.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O fotógrafo sul-africano Sabelo Mlangeni vai inaugurar amanhã a sua exposição individual, denominada “Mulheres Invisíveis 2006” (Invisible Women 2006), a ter lugar no Memorial Dr. António Agostinho Neto, pelas 18h:30.

A amostra marca a terceira edição da plataforma de fotografia africana “Vidrul Convida”, uma continuação do projecto “Vidrul Fotografia-2018”, com 32 obras.

A exposição retrata parte da visão da África do Sul, para qual “o futuro é a igualdade de género, guiada por uma visão de direitos humanos que incorpora a aceitação de direitos iguais e inalienáveis ​​entre todas as mulheres e homens, varrendo uma história em que a dignidade dos indivíduos era predicada não apenas por linhas, mas também dentro de vários grupos raciais, por género”.

Como sublinha o comunicado que recebemos, isso criou fronteiras distintas onde as mulheres dificilmente liderariam a tomada de decisões e ficariam confinadas às áreas rurais, subservientes e subjugadas. A pobreza é, há muito tempo, um grande problema para as mulheres na África do Sul, sendo que, sob as leis do apartheid, elas foram para áreas rurais, onde a infra-estrutura básica era quase inexistente.

“E isso, juntamente com costumes e tradições repressivas, dava-lhes pouca esperança de um futuro. Que papel poderia fazer uma diferença nas suas vidas?”, questiona-se o artista, no documento a que tivemos acesso.

Assim, sendo, dentre outras razões, “Mulheres Invisiveis 2006” procura não só retratar a força e a resistência dessas mulheres, cujo trabalho é limpar depois de cada dia o comércio e negócios no centro de Joanesburgo, mas também mostrar como, apesar de fazer um trabalho que a maioria iria pensar humilhante, as fronteiras podem ser eliminadas, dando-lhes independência, permitindo-lhes aceder a necessidades básicas, recursos básicos, capacitação económica e prometendo-lhes um futuro onde a possibilidade de acesso ao poder político, implementação de leis, uma voz igual na determinação do futuro de si e, talvez mais importante, dos seus filhos: sem o julgo de leis e costumes repressivos que os restringem, reforça a nota.

A exposição ficará patente até ao próximo dia 30 do mês corrente.

Sabelo Mlangeni nasceu em 1980 em Driefontein, perto de Wakkerstroom, em Mpumalanga, África do Sul.

Em 2001, mudou-se para Joanesburgo, onde se juntou ao “Workshop de Fotografia de Mercado”, graduando-se em 2004.

Ganhou o Prémio Tollman de Artes Visuais em 2009, e das exposições colectivas em que já participou, constam, de  2018 - “Tell Freedom”, 15 Artistas Sul-africanos, Kunsthal KAdE, Amersfoort, Holanda, “Making Africa: A Continent Of Contemporary Design”, The Museum of Albuquerque, Albuquerque, EUA. De 2017 - “Deconstructed Spaces, Surveyed Memories”, Addis Fine Art, Addis Abeba, Etiópia, “Making Africa: A Continent Of Contemporary Design”, The High Museum of Art, Atlanta, EUA e, de 2016, dentrre outras, “Making Africa: A Continent Of Contemporary Design”, Kunsthal Rotterdão, Holanda, “Sex”, Stevenson, Joanesburgo, África do Sul, “Making Africa: A Continent Of Contemporary Design”, Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona (CCCB), Barcelona, ​​Espanha.

Individualmente, expôs, em 2016 - “Sabelo Mlangeni: Heartbreaker”, Artspace, Auckland, Nova Zelândia, em 2015 - “Sabelo Mlangeni: No Problem”, Stevenson, Cidade do Cabo, África do Sul, em 2011 - “Sabelo Mlangeni: Ghost Towns”, Stevenson, Cidade do Cabo, África do Sul em 2010 - “Men Only / At Home”, Stevenson, Joanesburgo, África do Sul.

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