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Grandes Moagens de Angola faz balanço da sua actividade e pede política de protecção às indústrias locais

Grandes Moagens de Angola faz balanço da sua actividade e pede política de protecção às indústrias locais
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Um ano e quatro meses depois da sua inauguração, a empresa Grandes Moagens de Angola (GMA) fez um balanço da sua actividade produtiva, anunciando uma produção total superior a 250 mil toneladas de farinha, equivalente a 5 milhões de sacos de 50 Kg (produção entre Junho de 2017 e Setembro de 2018).

É com orgulho que instituição assume a realidade deste projecto industrial e de estar a cumprir o importante desígnio de abastecer o mercado com um bem essencial à cadeia alimentar do povo angolano, mas apela ao apoio e protecção do Governo às indústrias Moageiras.

Citado no comunicado enviado ao ONgoma News, César Rasgado, Administrador Executivo da GMA, sublinha que “é preciso proteger a indústria local, devendo haver controle da qualidade e quantidade de farinhas importadas pelos diversos operadores, para evitar produtos de baixa qualidade”.

Parte destas regras, acrescentou, deveriam passar por permitir a importação por empresas que comprovadamente tenham capacidade financeira, logística e estrutura compatível para o fazer, além de que deviam estar obrigadas a ter a sua situação fiscal devidamente regularizada.

Assim sendo, para a organização, estas regras deveriam, também, aplicar-se aos produtores de farinha de trigo, sendo que, por outro lado, os constrangimentos que são transversais à economia, como a desvalorização cambial, a dificuldade na obtenção de divisas para a importação de matéria-prima, ingredientes e peças de substituição e os elevados custos das operações financeiras têm dificultado a sua operação produtiva.

O documento refere ainda que, no conjunto, o resultado é que a capacidade da GMA está subaproveitada, tendo produzido apenas 70% do que poderia ter produzido. Isto é, em condições normais, a indústria teria alcançado as 360 mil toneladas de farinha de trigo, o equivalente a mais de 7 milhões de sacos de 50 Kg.

Relativamente à produção de farelo, a situação é semelhante, uma vez que produziu apenas cerca de 74 mil toneladas, o correspondente a 70% daquilo que é a capacidade instalada da fábrica.

A mesma, que recebeu um investimento de 100 milhões de dólares para se tornar uma realidade industrial em Angola, conseguiu lidar com os constrangimentos macroeconómicos graças ao apoio financeiro da estrutura accionista. A estratégia central, explica o comunicado, foi definida desde o arranque do projecto e consiste em produzir em benefício da economia angolana e ser um instrumento charneira fundamental à criação de um cluster agro-industrial angolano.

Aliás, tem sido da preocupação da fábrica sensibilizar os sectores da agricultura e agro-alimentar para a importância de existir no país um cluster do trigo. “A GMA e as restantes moageiras são, sem dúvida, o pilar para se recuperar a produção de trigo que houve no passado e está disponível para fomentar e absorver essa produção, desde que em condições de competitividade justas, pois reconhece que isso é um caminho longo e que exige muita sensibilização de todos os agentes”, lê-se na nota da empresa, que quer potenciar a criação de um clusteragro-industrial angolano, assente na modernidade e na geração de empregos nacionais e pretende que este projecto permita, também, assegurar a transferência de conhecimentos técnicos e tecnológicos necessários à consolidação desse movimento.

Em suma, a GMA pretende produzir o suficiente para suprir entre 50 a 60% das necessidades totais de consumo da população angolana, um objectivo que persegue diariamente, mas para o qual considera necessário o apoio institucional adequado para evitar o desvirtuamento do mercado.

 

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Um ano e quatro meses depois da sua inauguração, a empresa Grandes Moagens de Angola (GMA) fez um balanço da sua actividade produtiva, anunciando uma produção total superior a 250 mil toneladas de farinha, equivalente a 5 milhões de sacos de 50 Kg (produção entre Junho de 2017 e Setembro de 2018).

É com orgulho que instituição assume a realidade deste projecto industrial e de estar a cumprir o importante desígnio de abastecer o mercado com um bem essencial à cadeia alimentar do povo angolano, mas apela ao apoio e protecção do Governo às indústrias Moageiras.

Citado no comunicado enviado ao ONgoma News, César Rasgado, Administrador Executivo da GMA, sublinha que “é preciso proteger a indústria local, devendo haver controle da qualidade e quantidade de farinhas importadas pelos diversos operadores, para evitar produtos de baixa qualidade”.

Parte destas regras, acrescentou, deveriam passar por permitir a importação por empresas que comprovadamente tenham capacidade financeira, logística e estrutura compatível para o fazer, além de que deviam estar obrigadas a ter a sua situação fiscal devidamente regularizada.

Assim sendo, para a organização, estas regras deveriam, também, aplicar-se aos produtores de farinha de trigo, sendo que, por outro lado, os constrangimentos que são transversais à economia, como a desvalorização cambial, a dificuldade na obtenção de divisas para a importação de matéria-prima, ingredientes e peças de substituição e os elevados custos das operações financeiras têm dificultado a sua operação produtiva.

O documento refere ainda que, no conjunto, o resultado é que a capacidade da GMA está subaproveitada, tendo produzido apenas 70% do que poderia ter produzido. Isto é, em condições normais, a indústria teria alcançado as 360 mil toneladas de farinha de trigo, o equivalente a mais de 7 milhões de sacos de 50 Kg.

Relativamente à produção de farelo, a situação é semelhante, uma vez que produziu apenas cerca de 74 mil toneladas, o correspondente a 70% daquilo que é a capacidade instalada da fábrica.

A mesma, que recebeu um investimento de 100 milhões de dólares para se tornar uma realidade industrial em Angola, conseguiu lidar com os constrangimentos macroeconómicos graças ao apoio financeiro da estrutura accionista. A estratégia central, explica o comunicado, foi definida desde o arranque do projecto e consiste em produzir em benefício da economia angolana e ser um instrumento charneira fundamental à criação de um cluster agro-industrial angolano.

Aliás, tem sido da preocupação da fábrica sensibilizar os sectores da agricultura e agro-alimentar para a importância de existir no país um cluster do trigo. “A GMA e as restantes moageiras são, sem dúvida, o pilar para se recuperar a produção de trigo que houve no passado e está disponível para fomentar e absorver essa produção, desde que em condições de competitividade justas, pois reconhece que isso é um caminho longo e que exige muita sensibilização de todos os agentes”, lê-se na nota da empresa, que quer potenciar a criação de um clusteragro-industrial angolano, assente na modernidade e na geração de empregos nacionais e pretende que este projecto permita, também, assegurar a transferência de conhecimentos técnicos e tecnológicos necessários à consolidação desse movimento.

Em suma, a GMA pretende produzir o suficiente para suprir entre 50 a 60% das necessidades totais de consumo da população angolana, um objectivo que persegue diariamente, mas para o qual considera necessário o apoio institucional adequado para evitar o desvirtuamento do mercado.

 

 

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