Caneta e Papel
Motivação

Gémeos não!!!

Gémeos não!!!
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Mauro tem pavor de receber na sua primeira paternidade a bênção da múltipla gestação. O jovem amigo, recém casado, é dos que sofrem por antecipação, pelo que associa o evento com todas possíveis dificuldades que poderá viver, confiante de que certamente ocorrerão: engarrafamento, choros às 5 da manhã, despesa financeira a dobrar, etc, etc, etc.

Obviamente, sou suspeito para aconhselhar, sendo um apaixonado pela paternidade (apesar de ser leigo na matéria), e vendo-me competente o suficiente para receber gémeos no futuro, o que posso dizer ao jovem?

Também não consigo despir-me do psicólogo, motivador, coach e optimista que sou ante tanta negatividade e expectativa de sofrimento. Então lanço o desafio do pensamento positivo, como forma mais acertada de preparar-se para a eventualidade.

Algumas perguntas podem ser consideradas:

- e se não tiver gémeos?;

- e se receber um aumento salarial?;

- e se mudar de casa para uma mais próxima do serviço?;

- já pensou que uma criança não se resume a choros nocturnos, fraldas e papas?

Mas Mauro está renitente. Recusa-se a ouvir quem não defende a sua possível dor futura. E meneia a cabeça sempre que se levanta uma nova possibilidade de dificuldade.

Contudo, entendo o meu amigo. Uma criança não é um objecto que traga consigo um manual de instruções precisas para que funcione em pleno e facilitar a vida dos pais. Na verdade, tal ausência de um ABC torna tudo mais desafiante.

Tenho a certeza de que muitos jovens pelo mundo têm o receio da paternidade em si, onde as dúvidas do know how assombram-lhes os planos para o futuro. Na verdade, conhecimento absoluto pertence a outro Reino. Por enquanto, aqui na terra, seguimos uns conselhos e orientações de gente mais vivida, experimentamos, erramos, aprendemos on job, e vamos criando outros medos que no fundo não contribuem para o nosso bem-estar, nem para o deles, pois eles também experimentam, erram, aprendem nas várias etapas da vida.

Havendo saúde na prole, não há dor alguma da dificuldade da criação que supere os sorrisos, as gargalhadas partilhadas, as lágrimas de alegria, o adormecer ao colo, as perguntas que nem Einstein imaginaria, ou ainda as experiências de as ouvir falar pela primeira vez, ou simplesmente aquele momento que chamam..."Papá"!

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Edilson Buchartts

Cronista

Mauro tem pavor de receber na sua primeira paternidade a bênção da múltipla gestação. O jovem amigo, recém casado, é dos que sofrem por antecipação, pelo que associa o evento com todas possíveis dificuldades que poderá viver, confiante de que certamente ocorrerão: engarrafamento, choros às 5 da manhã, despesa financeira a dobrar, etc, etc, etc.

Obviamente, sou suspeito para aconhselhar, sendo um apaixonado pela paternidade (apesar de ser leigo na matéria), e vendo-me competente o suficiente para receber gémeos no futuro, o que posso dizer ao jovem?

Também não consigo despir-me do psicólogo, motivador, coach e optimista que sou ante tanta negatividade e expectativa de sofrimento. Então lanço o desafio do pensamento positivo, como forma mais acertada de preparar-se para a eventualidade.

Algumas perguntas podem ser consideradas:

- e se não tiver gémeos?;

- e se receber um aumento salarial?;

- e se mudar de casa para uma mais próxima do serviço?;

- já pensou que uma criança não se resume a choros nocturnos, fraldas e papas?

Mas Mauro está renitente. Recusa-se a ouvir quem não defende a sua possível dor futura. E meneia a cabeça sempre que se levanta uma nova possibilidade de dificuldade.

Contudo, entendo o meu amigo. Uma criança não é um objecto que traga consigo um manual de instruções precisas para que funcione em pleno e facilitar a vida dos pais. Na verdade, tal ausência de um ABC torna tudo mais desafiante.

Tenho a certeza de que muitos jovens pelo mundo têm o receio da paternidade em si, onde as dúvidas do know how assombram-lhes os planos para o futuro. Na verdade, conhecimento absoluto pertence a outro Reino. Por enquanto, aqui na terra, seguimos uns conselhos e orientações de gente mais vivida, experimentamos, erramos, aprendemos on job, e vamos criando outros medos que no fundo não contribuem para o nosso bem-estar, nem para o deles, pois eles também experimentam, erram, aprendem nas várias etapas da vida.

Havendo saúde na prole, não há dor alguma da dificuldade da criação que supere os sorrisos, as gargalhadas partilhadas, as lágrimas de alegria, o adormecer ao colo, as perguntas que nem Einstein imaginaria, ou ainda as experiências de as ouvir falar pela primeira vez, ou simplesmente aquele momento que chamam..."Papá"!

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