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Expositores do Jardim do Livro Infantil lamentam poucas vendas

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Os expositores presentes na 12ª edição do Jardim do Livro Infantil, que terminou ontem, tendo contado com mais de 40 pavilhões de livrarias, editoras, lares e centros de infância, organizado pelo Governo da Província de Luanda, queixam-se de terem vendido poucos livros.

Entretanto, os mesmos atribuem o fracasso nas vendas à pouca divulgação da feira, que teve o seu acto central na Açucareira, província do Bengo. 

A título de exemplo, Alice Alexandre revelou que até às 11 horas de ontem “só tinha vendido 18 dos 50 livros” que levou ao certame, considerando que esta foi uma “edição fraca”, comparada com as anteriores.

“Houve adesão de algumas pessoas, mas poucos adquiriram livros” frisou, acrescentando que nas edições anteriores, “a aquela hora do dia já teria vendido mais de 30 unidades”. 

A expositora declarou ainda que nas outras edições a organização publicitou mais o evento, o que permitiu atrair mais pessoas ao local e “vender bem”.

João Chipupula, da Editora Acácia, “embora não tenha vendido tantos livros como gostaria”, considerou uma grande oportunidade para mostrar a diversidade de livros que têm. “Aqueles que não conseguem comprar na feira, podem procurar-nos”, disse.

Mário Júnior, um dos visitantes da feira, defende  a realização de mais de uma edição por ano por se tratar de um evento que ajuda a manter as crianças em contacto com os livros, e apesar das falhas apontadas pelos expositores, Altina Katata, outra visitante, gostou e disse que  sempre que há eventos como este leva os filhos para incutir neles o hábito de leitura.

Por seu turno, o director do Gabinete Provincial de Acção Social, Cultura, Juventude e Desporto da Província de Luanda, Manuel Sebastião, justificou a diminuição das vendas com a crise económica do país. “Os anos não são iguais e esta feira decorre num contexto  completamente diferente”, sublinhou. Ainda assim, continuou, se comparado com a edição do ano passado, essa foi melhor. “Houve diversificação na participação”, afirmou. 

Manuel Sebastião referiu que nesta edição participaram todos os municípios da província de Luanda, e acrescentou que, por falta de recursos financeiros, não foi possível realizar um Jardim do Livro com stands, como se previa.

Ademais, esclareceu que, nessa edição, “os expositores tiveram de trazer” as suas tendas. “Não houve capacidade financeira para contratar uma empresa para montar uma estrutura como as que são usadas na FILDA”, referiu, mas apesar disso, salientou que o evento teve um bom conteúdo. “Sobre essa questão, podemos dizer que este ano estivemos bem”, sublinhou.

De acordo com a fonte, que falou ao Jornal de Angola, cerca de cinco mil crianças visitaram a feira, que decorreu sob o lema “Criança que lê, adulto fortalecido”, com uma duração de três dias.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Os expositores presentes na 12ª edição do Jardim do Livro Infantil, que terminou ontem, tendo contado com mais de 40 pavilhões de livrarias, editoras, lares e centros de infância, organizado pelo Governo da Província de Luanda, queixam-se de terem vendido poucos livros.

Entretanto, os mesmos atribuem o fracasso nas vendas à pouca divulgação da feira, que teve o seu acto central na Açucareira, província do Bengo. 

A título de exemplo, Alice Alexandre revelou que até às 11 horas de ontem “só tinha vendido 18 dos 50 livros” que levou ao certame, considerando que esta foi uma “edição fraca”, comparada com as anteriores.

“Houve adesão de algumas pessoas, mas poucos adquiriram livros” frisou, acrescentando que nas edições anteriores, “a aquela hora do dia já teria vendido mais de 30 unidades”. 

A expositora declarou ainda que nas outras edições a organização publicitou mais o evento, o que permitiu atrair mais pessoas ao local e “vender bem”.

João Chipupula, da Editora Acácia, “embora não tenha vendido tantos livros como gostaria”, considerou uma grande oportunidade para mostrar a diversidade de livros que têm. “Aqueles que não conseguem comprar na feira, podem procurar-nos”, disse.

Mário Júnior, um dos visitantes da feira, defende  a realização de mais de uma edição por ano por se tratar de um evento que ajuda a manter as crianças em contacto com os livros, e apesar das falhas apontadas pelos expositores, Altina Katata, outra visitante, gostou e disse que  sempre que há eventos como este leva os filhos para incutir neles o hábito de leitura.

Por seu turno, o director do Gabinete Provincial de Acção Social, Cultura, Juventude e Desporto da Província de Luanda, Manuel Sebastião, justificou a diminuição das vendas com a crise económica do país. “Os anos não são iguais e esta feira decorre num contexto  completamente diferente”, sublinhou. Ainda assim, continuou, se comparado com a edição do ano passado, essa foi melhor. “Houve diversificação na participação”, afirmou. 

Manuel Sebastião referiu que nesta edição participaram todos os municípios da província de Luanda, e acrescentou que, por falta de recursos financeiros, não foi possível realizar um Jardim do Livro com stands, como se previa.

Ademais, esclareceu que, nessa edição, “os expositores tiveram de trazer” as suas tendas. “Não houve capacidade financeira para contratar uma empresa para montar uma estrutura como as que são usadas na FILDA”, referiu, mas apesar disso, salientou que o evento teve um bom conteúdo. “Sobre essa questão, podemos dizer que este ano estivemos bem”, sublinhou.

De acordo com a fonte, que falou ao Jornal de Angola, cerca de cinco mil crianças visitaram a feira, que decorreu sob o lema “Criança que lê, adulto fortalecido”, com uma duração de três dias.

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