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Executivo vai aprovar Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas

Executivo vai aprovar Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas
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O Executivo angolano vai aprovar uma Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2020-2035, como instrumento político nacional para orientar a acção climática a nível nacional a longo prazo.

Essa informação foi avançada pela ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, Adjany Costa, que discursava numa Mesa Redonda sobre o Clima, a propósito do Dia Mundial do Turismo, assinalado ontem, 27 de Setembro.

Segundo a governante, este documento inspira-se na Estratégia de Desenvolvimento de Longo Termo, identificando os riscos causados pelas alterações climáticas e as oportunidades para a adopção de tecnologias compatíveis com os objectivos do Acordo de Paris.

Por outro lado, está alinhada com os consensos internacionais sobre o desenvolvimento sustentável, incluindo a Agenda África 2063 e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

Ainda de acordo com a ministra, que afirmou que “Angola é vulnerável aos efeitos nefastos das alterações climáticas e tem consciência dos impactos que tem vindo a sofrer e da tendência para os mesmos se intensificarem”, informando que inundações, cheias, secas, erosão dos solos e o aumento do nível das águas do mar são os principais efeitos das alterações climáticas no país, explicou que a implementação da Estratégia Nacional de Alterações Climáticas é uma das prioridades do Plano Nacional de Desenvolvimento e define como visão estratégia “uma Angola adaptada aos impactos das alterações climáticas e com um desenvolvimento de baixo carbono que contribua igualmente para a erradicação da pobreza”.

Por outro lado, continuou que, a par das acima referidas, as alterações climáticas têm o potencial de afectar directamente os sectores da saúde, agricultura, infraestruturas, a segurança alimentar e energética do país, e esclareceu que no domínio das emissões, Angola ocupa um lugar cimeiro no continente africano em matéria de emissões per capita, pelo que urge a necessidade da identificação de oportunidades para a promoção da economia de baixo carbono à escala nacional.

“Foi este compromisso que determinou a ratificação da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (CQNUAC) em Maio de 2000, do Protocolo de Quioto em Março de 2007 e recentemente, a aprovação pela Assembleia Nacional da ratificação da Emenda de Doha ao Protocolo de Quioto em Julho e do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas”, disse Adjany Costa, tendo ainda abordado que “o conjunto de potenciais efeitos nefastos das alterações climáticas impõe-nos a necessidade de ajustar o nosso modelo de desenvolvimento, tornando-o resiliente a estes efeitos”.

Concomitantemente, disse a ministra, há consciência da contribuição antropogénica  para as causas das alterações climáticas, pelo que, “embora tenhamos contribuído infimamente para a actual concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera, necessitamos de adoptar modelos de desenvolvimento de baixo carbono”.

Os mais recentes relatórios do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas alertam-nos para a urgência da acção climática, pelo risco que representam para a viabilidade da vida no planeta, referiu.

Adjany Costa precisou que, “se quisermos alcançar o objectivo de limitar o aquecimento da superfície da terra a 1.5 graus centígrados, conforme consta do Acordo de Paris, teremos de alcançar a neutralidade nas emissões de gases de efeito de estufa até 2050”.

“Por outro lado, se quisermos edificar sociedades resilientes aos efeitos das alterações climáticas necessitamos de realizar um conjunto de investimentos e transformações nas nossas sociedades para assegurar a sua viabilidade”, referiu a responsável, citada no comunicado enviado ao ONgoma News, tendo avançado que é neste contexto que a Acção Climática destaca-se como preocupação transversal no âmbito da Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo Angola 2025 e no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.

O programa de Alterações Climáticas tem como objectivo a integração da componente clima nos processos de tomada de decisão, a todos os níveis, com enfoque naqueles sectores passíveis de serem afectados pelos efeitos ou de contribuírem para as causas deste fenómeno.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O Executivo angolano vai aprovar uma Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2020-2035, como instrumento político nacional para orientar a acção climática a nível nacional a longo prazo.

Essa informação foi avançada pela ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, Adjany Costa, que discursava numa Mesa Redonda sobre o Clima, a propósito do Dia Mundial do Turismo, assinalado ontem, 27 de Setembro.

Segundo a governante, este documento inspira-se na Estratégia de Desenvolvimento de Longo Termo, identificando os riscos causados pelas alterações climáticas e as oportunidades para a adopção de tecnologias compatíveis com os objectivos do Acordo de Paris.

Por outro lado, está alinhada com os consensos internacionais sobre o desenvolvimento sustentável, incluindo a Agenda África 2063 e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

Ainda de acordo com a ministra, que afirmou que “Angola é vulnerável aos efeitos nefastos das alterações climáticas e tem consciência dos impactos que tem vindo a sofrer e da tendência para os mesmos se intensificarem”, informando que inundações, cheias, secas, erosão dos solos e o aumento do nível das águas do mar são os principais efeitos das alterações climáticas no país, explicou que a implementação da Estratégia Nacional de Alterações Climáticas é uma das prioridades do Plano Nacional de Desenvolvimento e define como visão estratégia “uma Angola adaptada aos impactos das alterações climáticas e com um desenvolvimento de baixo carbono que contribua igualmente para a erradicação da pobreza”.

Por outro lado, continuou que, a par das acima referidas, as alterações climáticas têm o potencial de afectar directamente os sectores da saúde, agricultura, infraestruturas, a segurança alimentar e energética do país, e esclareceu que no domínio das emissões, Angola ocupa um lugar cimeiro no continente africano em matéria de emissões per capita, pelo que urge a necessidade da identificação de oportunidades para a promoção da economia de baixo carbono à escala nacional.

“Foi este compromisso que determinou a ratificação da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (CQNUAC) em Maio de 2000, do Protocolo de Quioto em Março de 2007 e recentemente, a aprovação pela Assembleia Nacional da ratificação da Emenda de Doha ao Protocolo de Quioto em Julho e do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas”, disse Adjany Costa, tendo ainda abordado que “o conjunto de potenciais efeitos nefastos das alterações climáticas impõe-nos a necessidade de ajustar o nosso modelo de desenvolvimento, tornando-o resiliente a estes efeitos”.

Concomitantemente, disse a ministra, há consciência da contribuição antropogénica  para as causas das alterações climáticas, pelo que, “embora tenhamos contribuído infimamente para a actual concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera, necessitamos de adoptar modelos de desenvolvimento de baixo carbono”.

Os mais recentes relatórios do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas alertam-nos para a urgência da acção climática, pelo risco que representam para a viabilidade da vida no planeta, referiu.

Adjany Costa precisou que, “se quisermos alcançar o objectivo de limitar o aquecimento da superfície da terra a 1.5 graus centígrados, conforme consta do Acordo de Paris, teremos de alcançar a neutralidade nas emissões de gases de efeito de estufa até 2050”.

“Por outro lado, se quisermos edificar sociedades resilientes aos efeitos das alterações climáticas necessitamos de realizar um conjunto de investimentos e transformações nas nossas sociedades para assegurar a sua viabilidade”, referiu a responsável, citada no comunicado enviado ao ONgoma News, tendo avançado que é neste contexto que a Acção Climática destaca-se como preocupação transversal no âmbito da Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo Angola 2025 e no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.

O programa de Alterações Climáticas tem como objectivo a integração da componente clima nos processos de tomada de decisão, a todos os níveis, com enfoque naqueles sectores passíveis de serem afectados pelos efeitos ou de contribuírem para as causas deste fenómeno.

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