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“Enquanto não tivermos acesso a energia eléctrica, os produtos vão continuar a chegar caros ao consumidor final”

“Enquanto não tivermos acesso a energia eléctrica, os produtos vão continuar a chegar caros ao consumidor final”
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Sebastião Vemba

O gestor angolano Severiano Kapose afirmou que “enquanto não tivermos o acesso a energia eléctrica, os produtos vão continuar a chegar ligeiramente caros ao consumidor final”, mas admitiu que quando este quadro alterar será diferente, pois “o importante é não parar”.

Trata-se dum jovem executivo que, com o apoio incondicional da família e outros que já estão nos negócios, aceitou em pouco tempo coordenar o projecto industrial ESOPAK, no sul de Angola, acreditando que a agro-indústria é o motor da economia angolana.

Em entrevista ao ONgoma News, falando sobre a sua visão de negócio e mais, o empreendedor revela que o maior desafio que tem enfrentado é do acesso às divisas, para importar as maquinarias para o processo de automação industrial.

“As taxas de juros para o acesso ao crédito ainda são muito altas e pouco atractivas. A qualidade dos insumos no sector produtivo é outro grande problema, sendo que muitas vezes importa-se fertilizantes que não obedecem os padrões dos nossos solos”, partilhou, numa visão sobre o contexto macro-económico angolano e desafios do sector.

O custo com o combustível é outra situação crítica no sector, observa o empresário, referindo que a outra questão, não menos importante, prende-se com o acesso à mão-de-obra especializada. “Temos muitos jovens e alguns com muita energia e vontade de aprender. Porém, precisamos de investir no capital humano, especialmente na especialização”, disse, tendo avançado que o último aspecto tem que ver com o comprometimento da equipa no âmbito dos recursos humanos, porque acredita que “há jovens comprometidos com o trabalho, entretanto é muito comum ver trabalhadores que dão várias desculpas para faltar ao serviço, sem responsabilidade no cumprimento das acções para o alcance das metas”.

Questionado sobre a economia no momento pós COVID-19, o especialista argumentou que o será duro para a nossa realidade económica, mas vê também como um momento de oportunidade, porque haverá escassez de alguns produtos e serviços, o que impulsionará o surgimento de novos players.

“Haverá espaço para empreender e, para o efeito, precisamos ser resilientes nesta fase, para que quando a COVID-19 passar sejamos ainda mais seguros e firmes para continuarmos investir para alterar a balança de importações no país”, afirmou Severiano Kapose.

Formado em Gestão de Empresas e Marketing no Emirados Árabes Unido, aonde partiu, em 2010, decidido para forjar o engenho de empreendedor diluído no seu ADN, o entrevistado, num apelo aos jovens empreendedores, expressa que para seguir uma carreira de gestão é preciso que o jovem seja forte e persistente.

“É importante que seja um indivíduo que procure aprender todos os dias, que leia bastante e aprenda com outros empreendedores, lendo muitas histórias de sucesso e muitos livros sobre gestão de topo e de empreendedorismo”, exortou o profissional, para quem um dos segredos para ser-se um bom gestor é também a paz de espírito.

“E para ser um gestor não basta o ser, precisamos de ser líderes e humanizar a gestão. A liderança envolve responsabilidade colectiva. Nenhum líder lidera sozinho, para isso é preciso entendermos que na função de líder não importa quão bom ele seja, deve estar alinhado com a equipa para o sucesso. Temos que levar o projecto como único e responsabilizar cada indivíduo envolvido no projecto. Cada um deve estar engajado no projecto e comprometido para que o líder possa gerir com eficiência e obter os resultados desejados”, explicou a fonte.

Severiano Kapose é ainda especializado em programas de negociação da Harvard Law School e em avaliação de empresas e negócios pela multinacional Deloitte.

Dentre as várias ocupações, actualmente, é administrador-executivo do Grupo S. Tulumba, e secretário de mesa da Assembleia do Banco Crédito do Sul (BCS).

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O gestor angolano Severiano Kapose afirmou que “enquanto não tivermos o acesso a energia eléctrica, os produtos vão continuar a chegar ligeiramente caros ao consumidor final”, mas admitiu que quando este quadro alterar será diferente, pois “o importante é não parar”.

Trata-se dum jovem executivo que, com o apoio incondicional da família e outros que já estão nos negócios, aceitou em pouco tempo coordenar o projecto industrial ESOPAK, no sul de Angola, acreditando que a agro-indústria é o motor da economia angolana.

Em entrevista ao ONgoma News, falando sobre a sua visão de negócio e mais, o empreendedor revela que o maior desafio que tem enfrentado é do acesso às divisas, para importar as maquinarias para o processo de automação industrial.

“As taxas de juros para o acesso ao crédito ainda são muito altas e pouco atractivas. A qualidade dos insumos no sector produtivo é outro grande problema, sendo que muitas vezes importa-se fertilizantes que não obedecem os padrões dos nossos solos”, partilhou, numa visão sobre o contexto macro-económico angolano e desafios do sector.

O custo com o combustível é outra situação crítica no sector, observa o empresário, referindo que a outra questão, não menos importante, prende-se com o acesso à mão-de-obra especializada. “Temos muitos jovens e alguns com muita energia e vontade de aprender. Porém, precisamos de investir no capital humano, especialmente na especialização”, disse, tendo avançado que o último aspecto tem que ver com o comprometimento da equipa no âmbito dos recursos humanos, porque acredita que “há jovens comprometidos com o trabalho, entretanto é muito comum ver trabalhadores que dão várias desculpas para faltar ao serviço, sem responsabilidade no cumprimento das acções para o alcance das metas”.

Questionado sobre a economia no momento pós COVID-19, o especialista argumentou que o será duro para a nossa realidade económica, mas vê também como um momento de oportunidade, porque haverá escassez de alguns produtos e serviços, o que impulsionará o surgimento de novos players.

“Haverá espaço para empreender e, para o efeito, precisamos ser resilientes nesta fase, para que quando a COVID-19 passar sejamos ainda mais seguros e firmes para continuarmos investir para alterar a balança de importações no país”, afirmou Severiano Kapose.

Formado em Gestão de Empresas e Marketing no Emirados Árabes Unido, aonde partiu, em 2010, decidido para forjar o engenho de empreendedor diluído no seu ADN, o entrevistado, num apelo aos jovens empreendedores, expressa que para seguir uma carreira de gestão é preciso que o jovem seja forte e persistente.

“É importante que seja um indivíduo que procure aprender todos os dias, que leia bastante e aprenda com outros empreendedores, lendo muitas histórias de sucesso e muitos livros sobre gestão de topo e de empreendedorismo”, exortou o profissional, para quem um dos segredos para ser-se um bom gestor é também a paz de espírito.

“E para ser um gestor não basta o ser, precisamos de ser líderes e humanizar a gestão. A liderança envolve responsabilidade colectiva. Nenhum líder lidera sozinho, para isso é preciso entendermos que na função de líder não importa quão bom ele seja, deve estar alinhado com a equipa para o sucesso. Temos que levar o projecto como único e responsabilizar cada indivíduo envolvido no projecto. Cada um deve estar engajado no projecto e comprometido para que o líder possa gerir com eficiência e obter os resultados desejados”, explicou a fonte.

Severiano Kapose é ainda especializado em programas de negociação da Harvard Law School e em avaliação de empresas e negócios pela multinacional Deloitte.

Dentre as várias ocupações, actualmente, é administrador-executivo do Grupo S. Tulumba, e secretário de mesa da Assembleia do Banco Crédito do Sul (BCS).

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