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“Diversidade cultural aqui não existe”, observa A´mosi Just a Label

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Andrade Lino

O cantor angolano A´mosi Just a Lable observou que diversidade cultural, aqui, em Angola, não existe, por causa do próprio sistema cultural. Ou seja, realçou, “desde os órgãos de produção e promoção de eventos, os artistas, à sociedade no geral, precisamos todos nos conduzir num caminho só, num caminho em que estejamos todos juntos em termos de ideiais e de execução”.

O músico, que falou por ocasião da primeira edição da Bienal de Luanda, decorrida no mês passado, no Museu de História Militar, acrescentou que não vê grande coisa a acontecer, em relação àquilo que o Ministério da Cultura produz.

“Não vou dizer que o Ministério não faz nada. Faz alguma coisa, mas não existem projectos de fundo, e eu pelo menos consigo defender isso, por ser um artista que se desfez de determinadas coisas”, revelou, tendo explicado que, geralmente, na sociedade onde um artista está inserido, o mesmo acaba tendo uma avaliação cultural desse povo para representar tal região.

“Então, quando não temos um fundo que cria apoios a artistas, não estamos a fazer cultura, porque as pessoas não precisam caminhar sozinhas”, afirmou o autor do álbum “Oops!”, conhecido também como Jack Nkanga, em entrevista ao Ongoma News, e continuou ainda que embora seja apoiado pela família e amigos que tem, ainda carece de muita coisa como artista e, entretanto, espera que “essa iniciativa da primeira Bienal reabra portas para a compreensão humana”, de forma que consiga fazer ainda mais arte.

Reforçou que o problema é conjuntural, mas também, embora o povo seja mais um receptor, “tem o seu papel que é contribuir, criticar o que não está bem para que a própria decretação também consiga olhar para os factos e se basear naquilo que o povo quer, porque o povo também determina o que quer”.

Para ele, a sensação de ter sido um dos artistas convidados a actuar na Bienal é agradável, porque se precisa fazer cultura, e acredita que a Bienal acaba sendo daqueles pontos mais altos em termos de cultura, “porque apesar de não ter explorado tudo”, pôde ali fazer uma manifestação pessoal, musical e outras mais.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O cantor angolano A´mosi Just a Lable observou que diversidade cultural, aqui, em Angola, não existe, por causa do próprio sistema cultural. Ou seja, realçou, “desde os órgãos de produção e promoção de eventos, os artistas, à sociedade no geral, precisamos todos nos conduzir num caminho só, num caminho em que estejamos todos juntos em termos de ideiais e de execução”.

O músico, que falou por ocasião da primeira edição da Bienal de Luanda, decorrida no mês passado, no Museu de História Militar, acrescentou que não vê grande coisa a acontecer, em relação àquilo que o Ministério da Cultura produz.

“Não vou dizer que o Ministério não faz nada. Faz alguma coisa, mas não existem projectos de fundo, e eu pelo menos consigo defender isso, por ser um artista que se desfez de determinadas coisas”, revelou, tendo explicado que, geralmente, na sociedade onde um artista está inserido, o mesmo acaba tendo uma avaliação cultural desse povo para representar tal região.

“Então, quando não temos um fundo que cria apoios a artistas, não estamos a fazer cultura, porque as pessoas não precisam caminhar sozinhas”, afirmou o autor do álbum “Oops!”, conhecido também como Jack Nkanga, em entrevista ao Ongoma News, e continuou ainda que embora seja apoiado pela família e amigos que tem, ainda carece de muita coisa como artista e, entretanto, espera que “essa iniciativa da primeira Bienal reabra portas para a compreensão humana”, de forma que consiga fazer ainda mais arte.

Reforçou que o problema é conjuntural, mas também, embora o povo seja mais um receptor, “tem o seu papel que é contribuir, criticar o que não está bem para que a própria decretação também consiga olhar para os factos e se basear naquilo que o povo quer, porque o povo também determina o que quer”.

Para ele, a sensação de ter sido um dos artistas convidados a actuar na Bienal é agradável, porque se precisa fazer cultura, e acredita que a Bienal acaba sendo daqueles pontos mais altos em termos de cultura, “porque apesar de não ter explorado tudo”, pôde ali fazer uma manifestação pessoal, musical e outras mais.

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