84% dos directores financeiros em Angola demonstram preocupação com o aumento da complexidade regulatória e do escrutínio por parte do supervisor, enquanto 65%, de bancos e seguradoras, consideram que o impacto da volatilidade dos mercados financeiros pode causar disrupções no desempenho da função financeira.
Esses responsáveis foram inquiridos pela EY Angola e o número consta dos resultados finais da pesquisa realizado pela empresa sobre os desafios dos CFO (Chief Financial Officer) e responsáveis das áreas financeiras/contabilidade dos bancos e seguradoras em Angola.
O estudo teve como propósito reflectir sobre as preocupações dos directores financeiros, assim como os aspectos que exigirão maior envolvimento destes e que constituirão vectores relevantes na evolução da função financeira, bem como identificar as áreas em que os mesmos projectam maior investimento, tendo em conta os riscos dos quais se esperam maiores impactos no desempenho financeiro das instituições, explica Carlos Basto, sócio-gerente da EY Angola, acrescentando o objectivo de “perceber de que forma factores como a aceleração tecnológica, a redefinição da estrutura organizacional e o desenvolvimento do talento das pessoas são capazes de maximizar o impacto e a criação de valor da função financeira na instituição”.
Os resultados do questionário revelam que 86% dos directores financeiros consideram que os sistemas e aplicações tecnológicas de suporte à função financeira apresentam vulnerabilidades, sendo que 50% salientam que a maior ameaça para a função financeira está relacionada com factores tecnológicos e/ou de cibersegurança. Já o risco ambiental (alterações climáticas) é projectado como o que apresenta um menor impacto no desempenho financeiro da instituição.
No que respeita às exigências futuras dos CFO, 76% enfatizam que a revisão do modelo de negócio e a identificação de novas fontes de receita serão as áreas de maior envolvimento destes profissionais, enquanto é praticamente unânime entre os directores financeiros (92%) que o crescente volume de dados e informação não é um motivo de preocupação.
O estudo aborda ainda a temática das finanças sustentáveis, revelando que 71% dos inquiridos classificam como insuficiente o conhecimento da equipa sobre o tema. Mais de metade considera igualmente que a integração no framework de risco e o cumprimento dos requisitos de reporte é insuficiente.
Num olhar para os próximos três anos, mais de dois terços dos directores financeiros concordam com a necessidade de sourcing de actividades, processos e operações a entidades especializadas, de forma a maximizar a eficiência das instituições.
“O estudo comprova que a implementação de mecanismos de resposta e reporte ágil ao regulador incrementam a eficiência, e que a revisão da estrutura de dados de suporte aos reportes regulamentares é fundamental para garantir a sua fiabilidade”, refere João Rueff Tavares, director de consultoria em serviços financeiros.
Sobre a sustentabilidade, o mesmo responsável, citado na nota que recebemos, salienta que “a função financeira deve ter um contributo importante em matéria de sustentabilidade, nomeadamente, através da sua integração na política de investimento e de financiamento”, destacando que “a concepção de produtos associados à sustentabilidade pode constituir uma característica diferenciadora na atracção de investimento”.
Já o director da EY Angola adianta ainda que “os mecanismos de data analytics assentes em dados certificados aceleram a capacidade da função para (1) suportar e desafiar as decisões de gestão e (2) partilhar observações que podem apoiar no robustecimento do modelo de negócio e na diversificação das fontes de receita”. Além disso, o “o modelo operacional da função deve estar preparado para acomodar as alterações provocadas pela tecnologia e pelos dados”, sendo que “a revisão regular do modelo de competências, a promoção de mecanismos de formação e o investimento em parcerias com terceiros contribuem para fortalecer o expertise das equipas”.
O questionário, refere a nota, foi realizado online, de forma anónima, entre Dezembro de 2022 e Janeiro de 2023. As principais questões colocadas aos CFO foram, entre outras: “Quais são os aspectos que lhe trazem maior preocupação na gestão do desempenho da sua Função Financeira?”; “Quais são as matérias que exigem/exigirão maior envolvimento do CFO (e da Função Financeira) nos próximos anos?”; “Ao nível da estratégia para a Função Financeira, em que componentes projecta maior investimento nos próximos anos?”; “Face aos riscos sistémicos existentes no mercado Angolano, que riscos, no seu entendimento, podem ter maior impacto no desempenho financeiro da sua Instituição?”.
84% dos directores financeiros em Angola demonstram preocupação com o aumento da complexidade regulatória e do escrutínio por parte do supervisor, enquanto 65%, de bancos e seguradoras, consideram que o impacto da volatilidade dos mercados financeiros pode causar disrupções no desempenho da função financeira.
Esses responsáveis foram inquiridos pela EY Angola e o número consta dos resultados finais da pesquisa realizado pela empresa sobre os desafios dos CFO (Chief Financial Officer) e responsáveis das áreas financeiras/contabilidade dos bancos e seguradoras em Angola.
O estudo teve como propósito reflectir sobre as preocupações dos directores financeiros, assim como os aspectos que exigirão maior envolvimento destes e que constituirão vectores relevantes na evolução da função financeira, bem como identificar as áreas em que os mesmos projectam maior investimento, tendo em conta os riscos dos quais se esperam maiores impactos no desempenho financeiro das instituições, explica Carlos Basto, sócio-gerente da EY Angola, acrescentando o objectivo de “perceber de que forma factores como a aceleração tecnológica, a redefinição da estrutura organizacional e o desenvolvimento do talento das pessoas são capazes de maximizar o impacto e a criação de valor da função financeira na instituição”.
Os resultados do questionário revelam que 86% dos directores financeiros consideram que os sistemas e aplicações tecnológicas de suporte à função financeira apresentam vulnerabilidades, sendo que 50% salientam que a maior ameaça para a função financeira está relacionada com factores tecnológicos e/ou de cibersegurança. Já o risco ambiental (alterações climáticas) é projectado como o que apresenta um menor impacto no desempenho financeiro da instituição.
No que respeita às exigências futuras dos CFO, 76% enfatizam que a revisão do modelo de negócio e a identificação de novas fontes de receita serão as áreas de maior envolvimento destes profissionais, enquanto é praticamente unânime entre os directores financeiros (92%) que o crescente volume de dados e informação não é um motivo de preocupação.
O estudo aborda ainda a temática das finanças sustentáveis, revelando que 71% dos inquiridos classificam como insuficiente o conhecimento da equipa sobre o tema. Mais de metade considera igualmente que a integração no framework de risco e o cumprimento dos requisitos de reporte é insuficiente.
Num olhar para os próximos três anos, mais de dois terços dos directores financeiros concordam com a necessidade de sourcing de actividades, processos e operações a entidades especializadas, de forma a maximizar a eficiência das instituições.
“O estudo comprova que a implementação de mecanismos de resposta e reporte ágil ao regulador incrementam a eficiência, e que a revisão da estrutura de dados de suporte aos reportes regulamentares é fundamental para garantir a sua fiabilidade”, refere João Rueff Tavares, director de consultoria em serviços financeiros.
Sobre a sustentabilidade, o mesmo responsável, citado na nota que recebemos, salienta que “a função financeira deve ter um contributo importante em matéria de sustentabilidade, nomeadamente, através da sua integração na política de investimento e de financiamento”, destacando que “a concepção de produtos associados à sustentabilidade pode constituir uma característica diferenciadora na atracção de investimento”.
Já o director da EY Angola adianta ainda que “os mecanismos de data analytics assentes em dados certificados aceleram a capacidade da função para (1) suportar e desafiar as decisões de gestão e (2) partilhar observações que podem apoiar no robustecimento do modelo de negócio e na diversificação das fontes de receita”. Além disso, o “o modelo operacional da função deve estar preparado para acomodar as alterações provocadas pela tecnologia e pelos dados”, sendo que “a revisão regular do modelo de competências, a promoção de mecanismos de formação e o investimento em parcerias com terceiros contribuem para fortalecer o expertise das equipas”.
O questionário, refere a nota, foi realizado online, de forma anónima, entre Dezembro de 2022 e Janeiro de 2023. As principais questões colocadas aos CFO foram, entre outras: “Quais são os aspectos que lhe trazem maior preocupação na gestão do desempenho da sua Função Financeira?”; “Quais são as matérias que exigem/exigirão maior envolvimento do CFO (e da Função Financeira) nos próximos anos?”; “Ao nível da estratégia para a Função Financeira, em que componentes projecta maior investimento nos próximos anos?”; “Face aos riscos sistémicos existentes no mercado Angolano, que riscos, no seu entendimento, podem ter maior impacto no desempenho financeiro da sua Instituição?”.