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Diplomata defende maior atenção para a juventude

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O diplomata angolano Sebastião da Silva Isata defendeu, nesta terça-feira, uma maior atenção ao ser humano, particularmente à juventude, criando oportunidades de empregos, consolidando a cultura democrática e o princípio da unidade na diversidade.

Falando por ocasião do programa "Grande entrevista", da Televisão Pública de Angola (TPA), o actual presidente da Comissão do Direito Internacional da União Africana considerou constrangedor o facto de que de 2019 a 2020 tenham morrido 19 mil dos mais 110 mil jovens na tentativa de travessia do Mediterrâneo em direcção à Europa.

Sublinhou que esse quadro propiciou que jovens fossem vendidos em países árabes, como a Líbia, o que chocou a consciência colectiva e obriga a adopção de uma convenção africana contra a escravatura contemporânea, ainda difícil de identificar.

A propósito da emigração de africanos, apontou como principais causas os conflitos regionais, étnicos, a ausência de verdadeiras democracias constitucionais fundadas nos princípios da lei, a ausência de boa governação, do respeito pelos direitos humanos e o desemprego galopante.

O também docente universitário informou que cerca de 200 milhões de africanos não têm acesso aos serviços de saúde, 46 por cento vivem com menos de um dólar por dia e em cada três segundos morre um africano por doença.

Por outro lado, Sebastião Isata manifestou cepticismo na capacidade das lideranças africanas contraporem os efeitos da pandemia da Covid-19, atendendo a exiguidade de recursos financeiros, tendo referido, como exemplo, que os EUA adoptaram um orçamento de dois triliões de dólares para contrapor os efeitos da pandemia, a União Europeia dois biliões de euros, enquanto África aprovou um orçamento de 63 milhões, correspondendo a menos de 50 cêntimos para cada um dos seus perto de 900 milhões de habitantes.

A agravar o quadro, prosseguiu, a União Africana tem um orçamento de 679 milhões, 98 milhões dos quais emprega em missão de manutenção de paz e da luta contra o terrorismo, noticiou a Angop.

Portanto, para o diplomata, "é necessário que África busque soluções para os seus próprios problemas, como o da dívida externa, estimada em 500 mil milhões de dólares", assim como o serviço da dívida, "que pode comprometer o futuro das gerações vindouras".

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Redacção

O diplomata angolano Sebastião da Silva Isata defendeu, nesta terça-feira, uma maior atenção ao ser humano, particularmente à juventude, criando oportunidades de empregos, consolidando a cultura democrática e o princípio da unidade na diversidade.

Falando por ocasião do programa "Grande entrevista", da Televisão Pública de Angola (TPA), o actual presidente da Comissão do Direito Internacional da União Africana considerou constrangedor o facto de que de 2019 a 2020 tenham morrido 19 mil dos mais 110 mil jovens na tentativa de travessia do Mediterrâneo em direcção à Europa.

Sublinhou que esse quadro propiciou que jovens fossem vendidos em países árabes, como a Líbia, o que chocou a consciência colectiva e obriga a adopção de uma convenção africana contra a escravatura contemporânea, ainda difícil de identificar.

A propósito da emigração de africanos, apontou como principais causas os conflitos regionais, étnicos, a ausência de verdadeiras democracias constitucionais fundadas nos princípios da lei, a ausência de boa governação, do respeito pelos direitos humanos e o desemprego galopante.

O também docente universitário informou que cerca de 200 milhões de africanos não têm acesso aos serviços de saúde, 46 por cento vivem com menos de um dólar por dia e em cada três segundos morre um africano por doença.

Por outro lado, Sebastião Isata manifestou cepticismo na capacidade das lideranças africanas contraporem os efeitos da pandemia da Covid-19, atendendo a exiguidade de recursos financeiros, tendo referido, como exemplo, que os EUA adoptaram um orçamento de dois triliões de dólares para contrapor os efeitos da pandemia, a União Europeia dois biliões de euros, enquanto África aprovou um orçamento de 63 milhões, correspondendo a menos de 50 cêntimos para cada um dos seus perto de 900 milhões de habitantes.

A agravar o quadro, prosseguiu, a União Africana tem um orçamento de 679 milhões, 98 milhões dos quais emprega em missão de manutenção de paz e da luta contra o terrorismo, noticiou a Angop.

Portanto, para o diplomata, "é necessário que África busque soluções para os seus próprios problemas, como o da dívida externa, estimada em 500 mil milhões de dólares", assim como o serviço da dívida, "que pode comprometer o futuro das gerações vindouras".

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