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“Deveria haver uma separação entre o presidente do MPLA e o Presidente da República para não se confundir os actos”, afirma Manuel Fernandes

“Deveria haver uma separação entre o presidente do MPLA e o Presidente da República para não se confundir os actos”, afirma Manuel Fernandes
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O vice-presidente da CASA-CE é de opinião que deveria haver uma separação entre o Presidente do MPLA e o Presidente da República, a tal ponto de não se confundir os actos do Estado com os actos do partido “como se via na gestão anterior”.

Manuel Fernandes falou a propósito do anúncio de candidatura de João Lourenço, actual chefe de Estado, ao cargo de presidente do MPLA, ocupado desde 1979 por José Eduardo dos santos.

Ao ONgoma News, o vice-presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), afirmou “que se há uma rotura, talvez devesse haver um modelo diferente e uma elevada maturidade por parte dos militantes do MPLA, para amanhã não continuarem a confundir os actos do Estado com os actos do partido”.

“Na gestão anterior, às vezes se confundia os actos do Presidente da República com o presidente do partido, o que era visível na inauguração de uma infra-estrutura pública do Estado, bandeiras partidárias”, disse o político, que entende ainda que o MPLA deve procurar melhores modelos para essa transição política interna, mas reconhece a responsabilidade acrescida do partido no poder a nível da gestão do Estado.

No entanto, o responsável criticou a indicação da liderança do MPLA subscrita por um órgão do partido, frisando que “deveria se contemplar o direito a todos os militantes, aqueles que poderem pertencer ao órgão, deveriam também decidir candidatar-se, pois acredita-se que todos aqueles que fazem parte deste órgão já estão à altura de o fazer, e isso não foi bom”.  

Na visão do também deputado da 5ª comissão da bancada parlamentar da Assembleia Nacional, Angola encontra-se num processo embrionário, do ponto de vista da democracia e a democracia estadual é o corolário dos partidos políticos e outras instituições que animam a democracia.

Por último, Manuel Fernandes reiterou a prioridade de o Estado trabalhar no combate a fome e à pobreza para se alavancar a máquina do desenvolvimento sustentável do país, visto que a economia angolana é de um único recurso, o petróleo.

“Precisamos criar músculos para a nossa economia potencializar outros sectores, estamos em crise mas também se diz que a crise é um espaço de oportunidade, que haja inteligência da parte do Governo para podermos sair dessa”, finalizou 

Recorde-se que o bureau político do MPLA aprovou no final do mês de Março a proposta de resolução e o cronograma de preparação e realização do 6.º Congresso Extraordinário do partido, a ter lugar na primeira quinzena de Setembro próximo e, consequentemente, a candidatura de João Lourenço, actual vice-presidente, ao cargo de presidente do MPLA.

 

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Pedro Kididi

Jornalista

O vice-presidente da CASA-CE é de opinião que deveria haver uma separação entre o Presidente do MPLA e o Presidente da República, a tal ponto de não se confundir os actos do Estado com os actos do partido “como se via na gestão anterior”.

Manuel Fernandes falou a propósito do anúncio de candidatura de João Lourenço, actual chefe de Estado, ao cargo de presidente do MPLA, ocupado desde 1979 por José Eduardo dos santos.

Ao ONgoma News, o vice-presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), afirmou “que se há uma rotura, talvez devesse haver um modelo diferente e uma elevada maturidade por parte dos militantes do MPLA, para amanhã não continuarem a confundir os actos do Estado com os actos do partido”.

“Na gestão anterior, às vezes se confundia os actos do Presidente da República com o presidente do partido, o que era visível na inauguração de uma infra-estrutura pública do Estado, bandeiras partidárias”, disse o político, que entende ainda que o MPLA deve procurar melhores modelos para essa transição política interna, mas reconhece a responsabilidade acrescida do partido no poder a nível da gestão do Estado.

No entanto, o responsável criticou a indicação da liderança do MPLA subscrita por um órgão do partido, frisando que “deveria se contemplar o direito a todos os militantes, aqueles que poderem pertencer ao órgão, deveriam também decidir candidatar-se, pois acredita-se que todos aqueles que fazem parte deste órgão já estão à altura de o fazer, e isso não foi bom”.  

Na visão do também deputado da 5ª comissão da bancada parlamentar da Assembleia Nacional, Angola encontra-se num processo embrionário, do ponto de vista da democracia e a democracia estadual é o corolário dos partidos políticos e outras instituições que animam a democracia.

Por último, Manuel Fernandes reiterou a prioridade de o Estado trabalhar no combate a fome e à pobreza para se alavancar a máquina do desenvolvimento sustentável do país, visto que a economia angolana é de um único recurso, o petróleo.

“Precisamos criar músculos para a nossa economia potencializar outros sectores, estamos em crise mas também se diz que a crise é um espaço de oportunidade, que haja inteligência da parte do Governo para podermos sair dessa”, finalizou 

Recorde-se que o bureau político do MPLA aprovou no final do mês de Março a proposta de resolução e o cronograma de preparação e realização do 6.º Congresso Extraordinário do partido, a ter lugar na primeira quinzena de Setembro próximo e, consequentemente, a candidatura de João Lourenço, actual vice-presidente, ao cargo de presidente do MPLA.

 

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