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“Deve-se criar incentivos para quem actua no sector informal”, defende Lúcia Stanislas

“Deve-se criar incentivos para quem actua no sector informal”, defende Lúcia Stanislas
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Andrade Lino

A empreendedora angolana Lúcia Stanislas defendeu a importância de se criarem incentivos para aqueles que actuam no sector informal, um sistema híbrido que facilite a transição dos vendedores ambulantes para os mercados.

A também embaixadora para Angola do WED (Women´s Entrepreneurship Day), Dia Global da Mulher Empreendedora, falava em relação à “Operação Resgate”, afirmando que muita gente faz negócio no mercado informal, e este é importante porque faz fluir os produtos na cadeia de valor, sendo uma espécie de mediador do formal para o consumidor final, e entretanto “a ideia não é “extingui-lo”, mas transformá-lo para fazer sentido à dinâmica global.

A responsável, que foi uma das oradoras do evento Kuzunga, que visa promover o empreendedorismo inclusivo, apoiando o mercado informal, realizado nesta terça-feira última, disse que actividade informal é importante para a dinâmica económica, e com a operação em vigor, não se sabe quando é que os resultados começam a ser produzidos, nem que tipo de resultados são estes, “porque estas pessoas precisam de sobreviver e estão a ser um pouco marginalizadas”.

Tendo apresentado o tema “O valor sócio-económico do empreendedorismo informal”, afirmou que não existe uma ideia real daquilo que é este valor, mas vão se criando probabilidades, com base nas estatísticas e nas situações reais que se apresentam, clareando que a zunga não é por si só uma acção de empreendedorismo, é comércio geral, básico, porquanto o empreendedorismo causa um impacto social e económico e tem a componente de inovação e de criatividade.

Entretanto, para ela, foi uma honra intervir no encontro, porque se trata de um terreno que nunca foi desbravado. “Senti-me numa posição desafiadora, porque tinha que traduzir o meu pensamento de forma que as senhoras percebessem. Foi um desafio facilitar a percepção sobre certos conceitos e celebrar a participação delas em todo o sistema económico. É um terreno que pode ser olhado de várias perspectivas, não só do ponto de vista de comércio e negócio, mas também do ponto de vista cultural, sociológico e psicológico”, declarou.

Questionada sobre como pode associar o Kuzunga ao WED, cuja segunda edição em Angola decorre amanhã, na Academia BAI, explicou que um dos objectivos do WED é promover de facto parcerias que tenham estas iniciativas. “O WED vem para não só celebrar a mulher empreendedora, mas elas também precisam de ser apoiadas. Precisamos de criar sistemas, plataformas que vão ser incentivadas pelo WED, para resolver muitos dos problemas que as vendedoras e agricultoras têm, porque não adianta só ficarmos pela zona urbana, para promover o empreendedorismo feminino de uma forma sustentável”, concluiu, em entrevista ao ONgoma News.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A empreendedora angolana Lúcia Stanislas defendeu a importância de se criarem incentivos para aqueles que actuam no sector informal, um sistema híbrido que facilite a transição dos vendedores ambulantes para os mercados.

A também embaixadora para Angola do WED (Women´s Entrepreneurship Day), Dia Global da Mulher Empreendedora, falava em relação à “Operação Resgate”, afirmando que muita gente faz negócio no mercado informal, e este é importante porque faz fluir os produtos na cadeia de valor, sendo uma espécie de mediador do formal para o consumidor final, e entretanto “a ideia não é “extingui-lo”, mas transformá-lo para fazer sentido à dinâmica global.

A responsável, que foi uma das oradoras do evento Kuzunga, que visa promover o empreendedorismo inclusivo, apoiando o mercado informal, realizado nesta terça-feira última, disse que actividade informal é importante para a dinâmica económica, e com a operação em vigor, não se sabe quando é que os resultados começam a ser produzidos, nem que tipo de resultados são estes, “porque estas pessoas precisam de sobreviver e estão a ser um pouco marginalizadas”.

Tendo apresentado o tema “O valor sócio-económico do empreendedorismo informal”, afirmou que não existe uma ideia real daquilo que é este valor, mas vão se criando probabilidades, com base nas estatísticas e nas situações reais que se apresentam, clareando que a zunga não é por si só uma acção de empreendedorismo, é comércio geral, básico, porquanto o empreendedorismo causa um impacto social e económico e tem a componente de inovação e de criatividade.

Entretanto, para ela, foi uma honra intervir no encontro, porque se trata de um terreno que nunca foi desbravado. “Senti-me numa posição desafiadora, porque tinha que traduzir o meu pensamento de forma que as senhoras percebessem. Foi um desafio facilitar a percepção sobre certos conceitos e celebrar a participação delas em todo o sistema económico. É um terreno que pode ser olhado de várias perspectivas, não só do ponto de vista de comércio e negócio, mas também do ponto de vista cultural, sociológico e psicológico”, declarou.

Questionada sobre como pode associar o Kuzunga ao WED, cuja segunda edição em Angola decorre amanhã, na Academia BAI, explicou que um dos objectivos do WED é promover de facto parcerias que tenham estas iniciativas. “O WED vem para não só celebrar a mulher empreendedora, mas elas também precisam de ser apoiadas. Precisamos de criar sistemas, plataformas que vão ser incentivadas pelo WED, para resolver muitos dos problemas que as vendedoras e agricultoras têm, porque não adianta só ficarmos pela zona urbana, para promover o empreendedorismo feminino de uma forma sustentável”, concluiu, em entrevista ao ONgoma News.

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