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Défice de professores ameaça educação no município do Lubango

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A capital da província da Huíla, Lubango, conta, actualmente, com um número de docentes efectivos estimado em 1.812, o que, comparado aos tempos idos, representa uma preocupação, de acordo com o Director Provincial da Educação na Huíla, que explica que “o que acontece é que cada ano que passa o número do efectivo docente está a diminuir, porque todos os anos vão professores para a reforma e  outros solicitam transferências”.

Américo Chicote explicou ainda que “por ironia do destino, alguns falecem e outros abandonam o sector, para além daqueles que por opção própria vão para outros organismos e logo deixam vagas que só podem ser preenchidas mediante a realização de concursos públicos”.

“O último concurso massivo que aconteceu naquela localidade ocorreu em 2012. No ano passado, houve um concurso, mas as quotas ficaram muito além daquilo que todos os anos esperam, por isso, estamos com um défice gritante de pessoal docente” queixou-se, tendo continuado que em Dezembro de 2015, as necessidades do sector estavam estimadas em 3.095 docentes. Em 2016, realizou-se o concurso e foram admitidos 461 novos agentes, “mas ainda assim, ficou com um défice superior a dois mil docentes”.

No presente ano, acrescentou Américo Chicote, já passaram à reforma mais de 80 professores e essas vagas também precisam de ser preenchidas.

Américo Chicote, Director Provincial da Educação na Huíla

“Com a falta gritante de docentes que se faz sentir com maior ênfase para os municípios, significa que todo um esforço precisa de ser redobrado para ver se conseguimos ultrapassar esse grande problema  que estamos a viver, que é a falta de pessoal docente”, esclareceu, e frisou que quanto à rede escolar, o sector está muito aquém da demanda, mencionado que “existem 1.845 escolas na província, distribuídas pelo ensino primário, I ciclo, II ciclo geral e ensino médio técnico-profissional, assim como instituições vocacionadas para a formação de professores.

No ensino primário, realçou, existe um número considerável de crianças a estudar em condições impróprias, “pedagogicamente não aceitáveis”, tais como as chamadas turmas ao ar livre.

“Temos estado a trabalhar com os nossos parceiros e aqui devemos destacar as igrejas sedeadas na província, as autoridades tradicionais, os pais e encarregados de educação, comissões de pais, assim como de cidadãos singulares e algumas empresas que procuram de certa forma dar apoio, no sentido de construir ou então disponibilizar alguns espaços para se poder colmatar essa dificuldade da limitação de salas de aulas”, afirmou o responsável.

Américo Chicote revelou ainda que a Huíla matriculou, no passado ano lectivo, 761.377 alunos, nos diferentes níveis de ensino.

A Direcção Provincial da Educação está a preparar a abertura do próximo ano lectivo, que começa oficialmente no dia 31 de Janeiro de 2018 e as aulas arrancam no dia 1 de Fevereiro. O acto oficial, a nível da província da Huíla, vai ter lugar no município do Cuvango.

Além disso, na província da Huíla, está a ser preparado o 14.º encontro metodológico do sector, que vai ter como missão fundamental balancear o ano lectivo de 2017 e traçar as perspectivas para o ano lectivo de 2018, segundo a fonte, que falou ao Jornal de Angola.

“A comissão está a trabalhar neste sentido, mas ainda não temos  a definição do local. Normalmente, participam nesses encontros todos os membros de direcção, os nossos parceiros, os directores municipais da educação e alguns convidados pontuais. Durante dois dias, vão ser dissertados todos os assuntos inerentes ao sector e tomam-se as devidas decisões e recomendações de carácter vinculativo para o ano lectivo que inicia”, esclareceu.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A capital da província da Huíla, Lubango, conta, actualmente, com um número de docentes efectivos estimado em 1.812, o que, comparado aos tempos idos, representa uma preocupação, de acordo com o Director Provincial da Educação na Huíla, que explica que “o que acontece é que cada ano que passa o número do efectivo docente está a diminuir, porque todos os anos vão professores para a reforma e  outros solicitam transferências”.

Américo Chicote explicou ainda que “por ironia do destino, alguns falecem e outros abandonam o sector, para além daqueles que por opção própria vão para outros organismos e logo deixam vagas que só podem ser preenchidas mediante a realização de concursos públicos”.

“O último concurso massivo que aconteceu naquela localidade ocorreu em 2012. No ano passado, houve um concurso, mas as quotas ficaram muito além daquilo que todos os anos esperam, por isso, estamos com um défice gritante de pessoal docente” queixou-se, tendo continuado que em Dezembro de 2015, as necessidades do sector estavam estimadas em 3.095 docentes. Em 2016, realizou-se o concurso e foram admitidos 461 novos agentes, “mas ainda assim, ficou com um défice superior a dois mil docentes”.

No presente ano, acrescentou Américo Chicote, já passaram à reforma mais de 80 professores e essas vagas também precisam de ser preenchidas.

Américo Chicote, Director Provincial da Educação na Huíla

“Com a falta gritante de docentes que se faz sentir com maior ênfase para os municípios, significa que todo um esforço precisa de ser redobrado para ver se conseguimos ultrapassar esse grande problema  que estamos a viver, que é a falta de pessoal docente”, esclareceu, e frisou que quanto à rede escolar, o sector está muito aquém da demanda, mencionado que “existem 1.845 escolas na província, distribuídas pelo ensino primário, I ciclo, II ciclo geral e ensino médio técnico-profissional, assim como instituições vocacionadas para a formação de professores.

No ensino primário, realçou, existe um número considerável de crianças a estudar em condições impróprias, “pedagogicamente não aceitáveis”, tais como as chamadas turmas ao ar livre.

“Temos estado a trabalhar com os nossos parceiros e aqui devemos destacar as igrejas sedeadas na província, as autoridades tradicionais, os pais e encarregados de educação, comissões de pais, assim como de cidadãos singulares e algumas empresas que procuram de certa forma dar apoio, no sentido de construir ou então disponibilizar alguns espaços para se poder colmatar essa dificuldade da limitação de salas de aulas”, afirmou o responsável.

Américo Chicote revelou ainda que a Huíla matriculou, no passado ano lectivo, 761.377 alunos, nos diferentes níveis de ensino.

A Direcção Provincial da Educação está a preparar a abertura do próximo ano lectivo, que começa oficialmente no dia 31 de Janeiro de 2018 e as aulas arrancam no dia 1 de Fevereiro. O acto oficial, a nível da província da Huíla, vai ter lugar no município do Cuvango.

Além disso, na província da Huíla, está a ser preparado o 14.º encontro metodológico do sector, que vai ter como missão fundamental balancear o ano lectivo de 2017 e traçar as perspectivas para o ano lectivo de 2018, segundo a fonte, que falou ao Jornal de Angola.

“A comissão está a trabalhar neste sentido, mas ainda não temos  a definição do local. Normalmente, participam nesses encontros todos os membros de direcção, os nossos parceiros, os directores municipais da educação e alguns convidados pontuais. Durante dois dias, vão ser dissertados todos os assuntos inerentes ao sector e tomam-se as devidas decisões e recomendações de carácter vinculativo para o ano lectivo que inicia”, esclareceu.

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