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Concurso Nacional de Criação de Jogos com maior participação provincial

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Andrade Lino

A 4ª edição do Concurso Nacional de Criação de Jogos, realizada na semana passada, dia 18, no pátio do Instituto Superior Metropolitano de Angola (IMETRO), contou com mais 4 províncias concorrentes, além de Luanda, em relação às edições anteriores.

Foram elas Namibe, Zaire, Huíla e Bengo, facto que, de acordo com Hugo Dias dos Santos, docente da Universidade Metodista de Angola e porta-voz do evento, que falou ao ONgoma News, demonstra que o concurso está a tornar-se verdadeiramente nacional.

A competição mantém a mesma linha de desenvolvimento, mas foi adicionada uma categoria, Mirin, reservada para crianças que criam jogos, embora, numa primeira vez, os participantes não tenham sido menores de idade.

Neste ano, segundo aquele responsável, um dos aspectos mais notáveis foi o empenho e as tecnologias utilizadas para o desenvolvimento dos jogos, sendo que para ele os jogos apresentados em cada edição têm sido cada vez mais robustos, “e isso mostra maior profissionalismo da parte dos estudantes”.

Inicialmente, registou-se a participação de 27 grupos, mas como alguns não se conseguiram inscrever na plataforma a tempo, foram, no decorrer do evento, 38 equipas apresentando aproximadamente 64 projectos, aceites à medida que correspondessem a todas as exigências do competição.

Além disso, estiveram a expor os seus projectos algumas equipas que se destacaram no Angotic 2019, como os membros da academia Kandengue Cientista, como forma de fomentar mais o interesse pela área científica e incentivar aqueles que acompanham a actividade.

Entretanto, o primeiro grupo consagrado na categoria Protótipo é o Burrinho, com o aplicativo que tem o mesmo nome.

Trata-se do famoso jogo de formação de palavras, agora mais interactivo em termos de desenvolvimento. “Tirámos do papel e levámos para o ambiente digital. O jogo suporta até quatro utilizadores, desde que estejam todos numa só rede”, explicou Mariana Santiago, membro do grupo, que se mostrou bastante feliz pela posição conquistada, principalmente por ser mulher, pois acaba sendo uma inspiração e motivação para outras meninas que também queiram ingressar nas TICs.

“Que as meninas não tenham medo, porque o país precisa de mulheres na área das TICS”, exortou.

“Esquadrão Mosquito” é o nome do aplicativo que garantiu ao grupo Fam Studio o primeiro lugar na categoria Inovação.

É um jogo de realidade aumentada que visa simular o comportamento dos agentes causadores do vírus da Malária. O objectivo, segundo Alexandre Marques, é simular, via AR (Realidade Aumentada), o extremínio dos mosquitos e incentivar a luta contra a Malária, e para ele, é boa a sensação de ter conseguido essa vitória. “Demais é salientar o trabalho duro, porque se trabalharmos com uma meta já predefinida, a consequência será claramente vencer”, expressou.

Na categoria Mirin, o número 1 foi o grupo Marimba Mágica, de Luanda, tal como as equipas anteriores. “Marimba Mágica”, como também se chama o jogo, tem como objectivo, para além da diversão, ensinar os utilizadores a tocar a marimba e a criar os seus próprios concertos, disse o porta-voz do grupo, Marcelo Santiago, que participa pela primeira vez no concurso. E então, o facto de terem saído vencedores deixa-o sem palavras.

Por último, Gildo Pimentel e Bocolo Daniel, representando a Bom Comix Studio, empresa de produção de banda desenhada, participaram com o jogo “Nairene, A Princesa dos Kwanhamas”, baseado numa das suas histórias de banda desenhada, e  com ele venceram na categoria Ideia.

O jogo guia-se sobre uma princesa que não sabe ler nem escrever, mas então aprende a caçar. Ela terá que usar a sua flecha para acertar alguns balões que ficam presos nos animais. Esses balões contêm algumas letras, e com elas vai formando palavras.

“Nós não contávamos com essa victória, porque não somos programadores. Foi um sonho criarmos um jogo, e a primeira vez que fizemos isso saímos vencedores. O sentimento é incrível”, revelou Gildo Pimentel.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A 4ª edição do Concurso Nacional de Criação de Jogos, realizada na semana passada, dia 18, no pátio do Instituto Superior Metropolitano de Angola (IMETRO), contou com mais 4 províncias concorrentes, além de Luanda, em relação às edições anteriores.

Foram elas Namibe, Zaire, Huíla e Bengo, facto que, de acordo com Hugo Dias dos Santos, docente da Universidade Metodista de Angola e porta-voz do evento, que falou ao ONgoma News, demonstra que o concurso está a tornar-se verdadeiramente nacional.

A competição mantém a mesma linha de desenvolvimento, mas foi adicionada uma categoria, Mirin, reservada para crianças que criam jogos, embora, numa primeira vez, os participantes não tenham sido menores de idade.

Neste ano, segundo aquele responsável, um dos aspectos mais notáveis foi o empenho e as tecnologias utilizadas para o desenvolvimento dos jogos, sendo que para ele os jogos apresentados em cada edição têm sido cada vez mais robustos, “e isso mostra maior profissionalismo da parte dos estudantes”.

Inicialmente, registou-se a participação de 27 grupos, mas como alguns não se conseguiram inscrever na plataforma a tempo, foram, no decorrer do evento, 38 equipas apresentando aproximadamente 64 projectos, aceites à medida que correspondessem a todas as exigências do competição.

Além disso, estiveram a expor os seus projectos algumas equipas que se destacaram no Angotic 2019, como os membros da academia Kandengue Cientista, como forma de fomentar mais o interesse pela área científica e incentivar aqueles que acompanham a actividade.

Entretanto, o primeiro grupo consagrado na categoria Protótipo é o Burrinho, com o aplicativo que tem o mesmo nome.

Trata-se do famoso jogo de formação de palavras, agora mais interactivo em termos de desenvolvimento. “Tirámos do papel e levámos para o ambiente digital. O jogo suporta até quatro utilizadores, desde que estejam todos numa só rede”, explicou Mariana Santiago, membro do grupo, que se mostrou bastante feliz pela posição conquistada, principalmente por ser mulher, pois acaba sendo uma inspiração e motivação para outras meninas que também queiram ingressar nas TICs.

“Que as meninas não tenham medo, porque o país precisa de mulheres na área das TICS”, exortou.

“Esquadrão Mosquito” é o nome do aplicativo que garantiu ao grupo Fam Studio o primeiro lugar na categoria Inovação.

É um jogo de realidade aumentada que visa simular o comportamento dos agentes causadores do vírus da Malária. O objectivo, segundo Alexandre Marques, é simular, via AR (Realidade Aumentada), o extremínio dos mosquitos e incentivar a luta contra a Malária, e para ele, é boa a sensação de ter conseguido essa vitória. “Demais é salientar o trabalho duro, porque se trabalharmos com uma meta já predefinida, a consequência será claramente vencer”, expressou.

Na categoria Mirin, o número 1 foi o grupo Marimba Mágica, de Luanda, tal como as equipas anteriores. “Marimba Mágica”, como também se chama o jogo, tem como objectivo, para além da diversão, ensinar os utilizadores a tocar a marimba e a criar os seus próprios concertos, disse o porta-voz do grupo, Marcelo Santiago, que participa pela primeira vez no concurso. E então, o facto de terem saído vencedores deixa-o sem palavras.

Por último, Gildo Pimentel e Bocolo Daniel, representando a Bom Comix Studio, empresa de produção de banda desenhada, participaram com o jogo “Nairene, A Princesa dos Kwanhamas”, baseado numa das suas histórias de banda desenhada, e  com ele venceram na categoria Ideia.

O jogo guia-se sobre uma princesa que não sabe ler nem escrever, mas então aprende a caçar. Ela terá que usar a sua flecha para acertar alguns balões que ficam presos nos animais. Esses balões contêm algumas letras, e com elas vai formando palavras.

“Nós não contávamos com essa victória, porque não somos programadores. Foi um sonho criarmos um jogo, e a primeira vez que fizemos isso saímos vencedores. O sentimento é incrível”, revelou Gildo Pimentel.

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