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Concerto do Karlsruhe Duo atrai novos investimentos para Angola

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Andrade Lino

Um dos grandes desafios da cooperação existente entre Angola e a França é o investimento na formação dos jovens, “pois não basta falar de investimento financeiro e económico, se não há ao mesmo tempo e no mesmo lar um investimento na formação da juventude”, afirmou o embaixador da França em Angola, Sylvain Itté.

“A França está a comprometer-se com Angola nessa política de formação da juventude através de muitas iniciativas que já existem, sendo que mais de 400 estudantes angolanos que estudam em França 200 deles através de uma bolsa do INAGBE”, explicou o diplomata, tendo acrescentado que a vontade e o desejo daquele país europeu é ampliar essa cooperação na perspectiva universitária e também participar no desenvolvimento da educação primária escolar.

“Portanto, esperamos que essa parceria se vá se ampliar no âmbito do ensino superior, na formação profissional, no ensino básico e na cultura”, disse.

Sylvain Itté, embaixador da França em Angola

O responsável, que falou por ocasião do concerto de música clássica da dupla alemã Karlsruhe Concert-Duo, formada por Reinhard Armeleder, violoncelista, e Dagmar Hartmann, pianista, em homenagem ao Triângulo de Weimar, que comemora os cem anos do fim da Primeira Guerra Mundial, realizado pela Aliança Francesa de Luanda, juntamente com as embaixadas da República da França, da Polónia e da República Federal da Alemanha, nesta quinta-feira última, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, explicou que o encontro serviu para os três países, que se combateram durante a Primeira Guerra Mundial, Alemanha dum lado e França e Polónia do outro, demonstrarem para o povo angolano que a paz e a democracia são bens muito preciosos para todos, “e Angola sabe o que significa a paz, porque é um povo que viveu durante muito tempo em guerra”.

“Para nós, 100 anos depois do fim da Primeira Guerra Mundial, a paz e a democracia são realmente nossos bens comuns e a música foi a nossa maneira de mostrar essa nova história pacífica, por isso nós entendemos organizar esse concerto”, esclareceu.

Entretanto, Sylvain realçou que o Triângulo de Weimar é uma iniciativa política de1990, depois da queda do Muro de Berlim, que pretendeu juntar os três países importantes na Europa, para mostrar e tomar iniciativa da construção da União Europeia, a partir da expansão da Europa, com os países que integravam o Bloco Soviético, nomeadamente a Polónia e a Hungria.

Por sua vez, o embaixador da Polónia, Piotr Myśliwiec, declarou estar totalmente em contacto com a cooperação com organizações em Estocolmo, como a Associação Industrial de Angola, Câmara de Comércio, ministérios da Indústria e da Economia, pelo que se tem tentado atrair os empresários polacos.

“Já tivemos algumas visitas no ano passado, estamos a programar novas visitas para este ano, de empresários angolanos, e ultimamente abrimos o novo capítulo que é a cooperação ambiental, cooperação no domínio das tecnologias e verbas. Estamos a trabalhar com o Ministério do Ambiente, tivemos alguns encontros e estou muito optimista de que vamos encontrar uma cooperação frutífera neste domínio”, manifestou.

Piotr Myśliwiec, embaixador da Polónia em Angola

Citou ainda que, “naturalmente”, a Academia de Pesca, que contará com mais e 900 estudantes está a funcionar “perfeitamente”, localizada na província do Namibe, sendo que, a esta altura, está a ser seleccionado um outro grupo de estudantes para o novo ano lectivo. A academia vai ter mais de 900 estudantes.

Para o embaixador, o triângulo é simbólico porque mostra como três países que foram inimigos durante a guerra mundial podem talvez não esquecer o passado, mas encontrar um terreno de cooperação como a reconciliação e estar reunidos para construir alguma coisa nova e grande.

Em entrevista ao ONgoma News, Paul Barascut, director da Aliança Francesa, revelou que outro objectivo do evento foi o firmamento da reconstrução de grandes projectos, culturais, económicos e políticos.

Paul Barascut, director da Aliança Francesa de Luanda

“Para a França, Alemanha e Polónia, é o símbolo de uma amizade forte, que é uma base sólida para construção da União Europeia. Hoje, a arte e a cultura são algumas das melhores formas de manter amizade entre os povos, e por isso foi escolhida essa manifestação cultural, esse concerto do grupo Karlsruhe Duo, para celebrar essa amizade com compositores polacos, franceses e alemães”, argumentou.

O duo, conhecido dentro do seu próprio país e no estrangeiro, tendo já trabalhado em concerto em mais de 71 países, juntando vários prémios, apresentou obras de Beethoven e de Mendelssohn, do polaco Chopin, Robert Schuman e Camille Saint- Saens, dentre outros, e foi acompanhado pela Orquestra Sinfónica Kaposoka, de Angola, com o qual esteve durante uma semana.

Rainer Müller (embaixador da Alemanha), Sylvain Itté  e Piotr Myśliwiec

Com representantes do Governo angolano, embaixadores, representantes da cultura e dos meios económicos, entre os demais, "a casa esteve cheia", o que foi um sinal satisfatório para a organização.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Um dos grandes desafios da cooperação existente entre Angola e a França é o investimento na formação dos jovens, “pois não basta falar de investimento financeiro e económico, se não há ao mesmo tempo e no mesmo lar um investimento na formação da juventude”, afirmou o embaixador da França em Angola, Sylvain Itté.

“A França está a comprometer-se com Angola nessa política de formação da juventude através de muitas iniciativas que já existem, sendo que mais de 400 estudantes angolanos que estudam em França 200 deles através de uma bolsa do INAGBE”, explicou o diplomata, tendo acrescentado que a vontade e o desejo daquele país europeu é ampliar essa cooperação na perspectiva universitária e também participar no desenvolvimento da educação primária escolar.

“Portanto, esperamos que essa parceria se vá se ampliar no âmbito do ensino superior, na formação profissional, no ensino básico e na cultura”, disse.

Sylvain Itté, embaixador da França em Angola

O responsável, que falou por ocasião do concerto de música clássica da dupla alemã Karlsruhe Concert-Duo, formada por Reinhard Armeleder, violoncelista, e Dagmar Hartmann, pianista, em homenagem ao Triângulo de Weimar, que comemora os cem anos do fim da Primeira Guerra Mundial, realizado pela Aliança Francesa de Luanda, juntamente com as embaixadas da República da França, da Polónia e da República Federal da Alemanha, nesta quinta-feira última, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, explicou que o encontro serviu para os três países, que se combateram durante a Primeira Guerra Mundial, Alemanha dum lado e França e Polónia do outro, demonstrarem para o povo angolano que a paz e a democracia são bens muito preciosos para todos, “e Angola sabe o que significa a paz, porque é um povo que viveu durante muito tempo em guerra”.

“Para nós, 100 anos depois do fim da Primeira Guerra Mundial, a paz e a democracia são realmente nossos bens comuns e a música foi a nossa maneira de mostrar essa nova história pacífica, por isso nós entendemos organizar esse concerto”, esclareceu.

Entretanto, Sylvain realçou que o Triângulo de Weimar é uma iniciativa política de1990, depois da queda do Muro de Berlim, que pretendeu juntar os três países importantes na Europa, para mostrar e tomar iniciativa da construção da União Europeia, a partir da expansão da Europa, com os países que integravam o Bloco Soviético, nomeadamente a Polónia e a Hungria.

Por sua vez, o embaixador da Polónia, Piotr Myśliwiec, declarou estar totalmente em contacto com a cooperação com organizações em Estocolmo, como a Associação Industrial de Angola, Câmara de Comércio, ministérios da Indústria e da Economia, pelo que se tem tentado atrair os empresários polacos.

“Já tivemos algumas visitas no ano passado, estamos a programar novas visitas para este ano, de empresários angolanos, e ultimamente abrimos o novo capítulo que é a cooperação ambiental, cooperação no domínio das tecnologias e verbas. Estamos a trabalhar com o Ministério do Ambiente, tivemos alguns encontros e estou muito optimista de que vamos encontrar uma cooperação frutífera neste domínio”, manifestou.

Piotr Myśliwiec, embaixador da Polónia em Angola

Citou ainda que, “naturalmente”, a Academia de Pesca, que contará com mais e 900 estudantes está a funcionar “perfeitamente”, localizada na província do Namibe, sendo que, a esta altura, está a ser seleccionado um outro grupo de estudantes para o novo ano lectivo. A academia vai ter mais de 900 estudantes.

Para o embaixador, o triângulo é simbólico porque mostra como três países que foram inimigos durante a guerra mundial podem talvez não esquecer o passado, mas encontrar um terreno de cooperação como a reconciliação e estar reunidos para construir alguma coisa nova e grande.

Em entrevista ao ONgoma News, Paul Barascut, director da Aliança Francesa, revelou que outro objectivo do evento foi o firmamento da reconstrução de grandes projectos, culturais, económicos e políticos.

Paul Barascut, director da Aliança Francesa de Luanda

“Para a França, Alemanha e Polónia, é o símbolo de uma amizade forte, que é uma base sólida para construção da União Europeia. Hoje, a arte e a cultura são algumas das melhores formas de manter amizade entre os povos, e por isso foi escolhida essa manifestação cultural, esse concerto do grupo Karlsruhe Duo, para celebrar essa amizade com compositores polacos, franceses e alemães”, argumentou.

O duo, conhecido dentro do seu próprio país e no estrangeiro, tendo já trabalhado em concerto em mais de 71 países, juntando vários prémios, apresentou obras de Beethoven e de Mendelssohn, do polaco Chopin, Robert Schuman e Camille Saint- Saens, dentre outros, e foi acompanhado pela Orquestra Sinfónica Kaposoka, de Angola, com o qual esteve durante uma semana.

Rainer Müller (embaixador da Alemanha), Sylvain Itté  e Piotr Myśliwiec

Com representantes do Governo angolano, embaixadores, representantes da cultura e dos meios económicos, entre os demais, "a casa esteve cheia", o que foi um sinal satisfatório para a organização.

 

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