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Competência profissional é analisada em “Networking”, o novo livro de Sandra Mateus

Competência profissional é analisada em “Networking”, o novo livro de Sandra Mateus
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Andrade Lino

A docente universitária Sandra Clemente Mateus vendeu e autografou na última quarta-feira, dia 22, em Luanda, o seu segundo livro, intitulado “Networking”, na biblioteca da Academia BAI. A obra a aborda não só a criação de redes de contactos profissionais, mas acima de tudo questões ligadas à busca pela competência profissional, de acordo com a autora.

A ideia para o livro, que foi lançado pela Editora Acácias, surge em 2011, muito antes do seu primeiro livro, “A função do Som no Cinema”, publicado no ano passado em Lisboa e depois em Luanda, na altura de uma formação em que a autora se deparou com o facto de que uma das formadoras tinha sido indicada por alguém, o que chamou a sua atenção, “quando na maior parte das vezes fazemos várias entrevistas e entregamos os currículos para sermos colocados numa empresa”, sendo que então não sabia ainda o que era a rede de contactos de funcionários, nem conhecia o termo “Networking”, revelou ao ONgoma News.

“A partir daquele dia, comecei a pesquisar a respeito, não de Networking, mas de redes de contacto. Ainda se confunde muito com os tais esquemas de indicação, porque o fulano está na empresa por ser primo do sicrano e enfim... Comecei a investigar e isso começou a inquietar-me negativamente, pelo facto de que não cabia na minha concepção alguém ser indicado simplesmente por conhecer alguém. Depois, apercebi-me que o problema a respeito dessa situação não era exactamente a indicação, mas a falta de competência aquando da indicação e por isso o título do livro ser ‘Networking’, com a frase apelativa de que ‘Não basta conhecer alguém, é preciso ser competente’”, relatou a também especialista em Cinema e Televisão.

Professora das cadeiras de Direcção de Arte, Direcção de Actores e História do Cinema, no Instituto Superior Metropolitano (IMETRO), Sandra Mateus afirma que, entretanto, o problema não é indicar, pois a situação negativa não está em ser indicado, mas em não ser competente quando indicado para um cargo.

“Este sim é o problema que tem que ser melhorado e, em vez de reclamar, foi criado este livro para apelar a sociedade em geral de que temos que ser competentes, seja aquando de uma indicação ou mesmo quando nos inscrevemos para alguma vaga pública. Nós temos de saber ser competentes”, observou.

“Não estamos de alguma forma com algum défice social. Nós temos algumas debilidades sociais que não são resolvidas com reclamações, mas com indicações de possíveis soluções".

Nesse sentido, nalguns capítulos, Sandra Mateus escreve a respeito da comunicação persuasiva, a respeito da criação do próprio Networking e inicialmente da necessidade emergente de ser-se competente aquando da criação do mesmo, e sublinha ainda que a nossa sociedade precisa de menos reclamações e mais orientações.

“Não estamos de alguma forma com algum défice social. Nós temos algumas debilidades sociais que não são resolvidas com reclamações, mas com indicações de possíveis soluções. Portanto, este livro apela à competência profissional, no sentido de instruir os jovens, instruir a sociedade no geral, para, através da comunicação, que é a grande base para a criação de um projecto de uma empresa, estabelecer relações”, refere a ainda Directora Executiva da LIDERA, uma empresa com foco na capacitação de recursos humanos.

Desconhecimento do termo Networking foi um dos empecilhos

No entanto, a autora partilhou que a maior dificuldade que enfrentou foi na fase inicial, pois sabia pouco sobre o assunto e não se sentia devidamente preparada, “o que foi frustrante, principalmente por ser viciada em pesquisas”, disse, “mas não percebia nada, porque enquanto o fazia, em Angola, só encontrava esquemas”, pouco ou nada relacionado ao Networking.

“Foi quando descobri que é necessário associar-se à ética para então fazer do Networking um exercício e, além da parte da pesquisa, foi a questão dos patrocínios. Mas, foi tudo prazeroso e está agora a ser mais por partilhar o livro com a sociedade”, manifestou.

Por seu turno, o docente Esmeraldo Baptista, que apresentou o livro, afirma que “este é, na verdade, é uma mais-valia para quem vai ler, por ser muito rico em conteúdo, do qual se destaca a questão do intra-empreendedorismo”. 

Esmeraldo Baptista, docente universitário

O também coordenador de conteúdos da TV Zimbo, que escreveu o prefácio da obra, relevou ainda que “Networking” traz também conceitos de educação emocional, conceitos como a responsabilização da pessoa que indica alguém para um trabalho ou para um cargo, e analisa de igual modo as estratégias de Marketing Pessoal.

“Uma máxima que é focada aqui no livro é o facto de que nós devemos ter uma atitude mais proactiva, isto é, procurar de alguma forma saber como servir, ser útil para a empresa que me emprega ou empresa que eu quero que me empregue”, citou, tendo finalizado que a mensagem básica que se pode tirar do livro é mais no sentido de que “a mudança não acontece por si só, mas quando na nossa cabeça e na nossa forma de raciocinar há alguma mudança”.

O livro foi comercializado a 2000 AKZ e estará à venda nas livrarias Mulemba e nas lojas Kero, brevemente.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A docente universitária Sandra Clemente Mateus vendeu e autografou na última quarta-feira, dia 22, em Luanda, o seu segundo livro, intitulado “Networking”, na biblioteca da Academia BAI. A obra a aborda não só a criação de redes de contactos profissionais, mas acima de tudo questões ligadas à busca pela competência profissional, de acordo com a autora.

A ideia para o livro, que foi lançado pela Editora Acácias, surge em 2011, muito antes do seu primeiro livro, “A função do Som no Cinema”, publicado no ano passado em Lisboa e depois em Luanda, na altura de uma formação em que a autora se deparou com o facto de que uma das formadoras tinha sido indicada por alguém, o que chamou a sua atenção, “quando na maior parte das vezes fazemos várias entrevistas e entregamos os currículos para sermos colocados numa empresa”, sendo que então não sabia ainda o que era a rede de contactos de funcionários, nem conhecia o termo “Networking”, revelou ao ONgoma News.

“A partir daquele dia, comecei a pesquisar a respeito, não de Networking, mas de redes de contacto. Ainda se confunde muito com os tais esquemas de indicação, porque o fulano está na empresa por ser primo do sicrano e enfim... Comecei a investigar e isso começou a inquietar-me negativamente, pelo facto de que não cabia na minha concepção alguém ser indicado simplesmente por conhecer alguém. Depois, apercebi-me que o problema a respeito dessa situação não era exactamente a indicação, mas a falta de competência aquando da indicação e por isso o título do livro ser ‘Networking’, com a frase apelativa de que ‘Não basta conhecer alguém, é preciso ser competente’”, relatou a também especialista em Cinema e Televisão.

Professora das cadeiras de Direcção de Arte, Direcção de Actores e História do Cinema, no Instituto Superior Metropolitano (IMETRO), Sandra Mateus afirma que, entretanto, o problema não é indicar, pois a situação negativa não está em ser indicado, mas em não ser competente quando indicado para um cargo.

“Este sim é o problema que tem que ser melhorado e, em vez de reclamar, foi criado este livro para apelar a sociedade em geral de que temos que ser competentes, seja aquando de uma indicação ou mesmo quando nos inscrevemos para alguma vaga pública. Nós temos de saber ser competentes”, observou.

“Não estamos de alguma forma com algum défice social. Nós temos algumas debilidades sociais que não são resolvidas com reclamações, mas com indicações de possíveis soluções".

Nesse sentido, nalguns capítulos, Sandra Mateus escreve a respeito da comunicação persuasiva, a respeito da criação do próprio Networking e inicialmente da necessidade emergente de ser-se competente aquando da criação do mesmo, e sublinha ainda que a nossa sociedade precisa de menos reclamações e mais orientações.

“Não estamos de alguma forma com algum défice social. Nós temos algumas debilidades sociais que não são resolvidas com reclamações, mas com indicações de possíveis soluções. Portanto, este livro apela à competência profissional, no sentido de instruir os jovens, instruir a sociedade no geral, para, através da comunicação, que é a grande base para a criação de um projecto de uma empresa, estabelecer relações”, refere a ainda Directora Executiva da LIDERA, uma empresa com foco na capacitação de recursos humanos.

Desconhecimento do termo Networking foi um dos empecilhos

No entanto, a autora partilhou que a maior dificuldade que enfrentou foi na fase inicial, pois sabia pouco sobre o assunto e não se sentia devidamente preparada, “o que foi frustrante, principalmente por ser viciada em pesquisas”, disse, “mas não percebia nada, porque enquanto o fazia, em Angola, só encontrava esquemas”, pouco ou nada relacionado ao Networking.

“Foi quando descobri que é necessário associar-se à ética para então fazer do Networking um exercício e, além da parte da pesquisa, foi a questão dos patrocínios. Mas, foi tudo prazeroso e está agora a ser mais por partilhar o livro com a sociedade”, manifestou.

Por seu turno, o docente Esmeraldo Baptista, que apresentou o livro, afirma que “este é, na verdade, é uma mais-valia para quem vai ler, por ser muito rico em conteúdo, do qual se destaca a questão do intra-empreendedorismo”. 

Esmeraldo Baptista, docente universitário

O também coordenador de conteúdos da TV Zimbo, que escreveu o prefácio da obra, relevou ainda que “Networking” traz também conceitos de educação emocional, conceitos como a responsabilização da pessoa que indica alguém para um trabalho ou para um cargo, e analisa de igual modo as estratégias de Marketing Pessoal.

“Uma máxima que é focada aqui no livro é o facto de que nós devemos ter uma atitude mais proactiva, isto é, procurar de alguma forma saber como servir, ser útil para a empresa que me emprega ou empresa que eu quero que me empregue”, citou, tendo finalizado que a mensagem básica que se pode tirar do livro é mais no sentido de que “a mudança não acontece por si só, mas quando na nossa cabeça e na nossa forma de raciocinar há alguma mudança”.

O livro foi comercializado a 2000 AKZ e estará à venda nas livrarias Mulemba e nas lojas Kero, brevemente.

 

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