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Coding Dojo Angola realiza primeira maratona de programação

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Andrade Lino

Iniciou ontem, no LaunchPad, localizado no Condomínio Bengo, em Luanda, a maratona de programação “Hackathon”, uma iniciativa do Coding Dojo Angola.

O concurso, que durante dois dias reúne desenvolvedores da plataforma Android, visa permitir com que os participantes construam, sob a batuta de um mentor, um aplicativo open-source, que atenda a missão do CDA, que é reunir startups à procura de jovens talentos e desenvolvedores freelancers que precisam ter condições de iniciar e terminar a sua formação universitária, de acordo com o mentor do projecto, Lucius Curado.

Em relação a como funciona esse tipo de competição, são dados, aos participantes, alguns desafios, consoante a constituição de grupos de designs, analistas de negócios, a título de exemplo, que montam uma mini-empresa para desenvolverem um produto e disputarem o torneio.

“Aqui temos pessoas sem experiência em trabalhar em equipa, mas têm agora essa oportunidade e sob pressão, pois existe um prazo de entrega e um prémio em jogo. Outra coisa é que serão eles mesmos os beneficiários dos produtos que estão a criar, porque são estes que as startups, se se interessarem, vão instalar o aplicativo e pesquisar alguém para oferecer um trabalho freelancer”, explicou o responsável, tendo partilhado, entretanto, que as suas expectativas para esse Hackathon se baseiam em testar o ambiente e as pessoas a trabalhar em equipa.

“Acontece que muito se tem falado que esse conceito aqui em Angola não funciona por causa dos problemas de energia, as pessoas não têm conhecimento ou experiência. Mas eu decidi enfrentar esses desafios, para que, no caso de não conseguirmos superá-los, sentarmo-nos e avaliar para fazermos melhor da próxima vez, sendo que, por exemplo, à dada altura, a internet não funcionava e algumas pessoas tinham dificuldades em avançar com o trabalho, mas arranjámos soluções. E é essa a história: essas pessoas estão acostumadas a trabalhar sem internet e sem energia eléctrica”, afirmou.

Com três etapas, nomeadamente adaptação e preparo, construção de produtos e apresentação e avaliação, o torneio, na sua essência, sendo um conceito internacional, prevê que os participantes passem 48 horas a programar, mas foram autorizados a voltarem para casa e continuarem a trabalhar, tendo-se percebido que durante as semanas prévias ao evento muitas pessoas alegavam que não ter disponibilidade de participar do evento à noite, “até porque para isso seria preciso mais patrocínios”.

Lucius Curado, promotor do evento

Segundo o promotor, que falou ao ONgoma News, cada jurado avalia, primeiro, a funcionalidade que o produto agrega, a eficiência do programador em desenvolver ferramentas e trabalho em equipa e, por fim, o nível de comprometimento em ajudar os outros desenvolvedores.

Desde ontem, os participantes mantêm-se ocupados a desenvolver funcionalidades para o aplicativo cDa e, para Victor Kiffen, líder técnico dos concorrentes, é a primeira vez que faz algo “desse tipo” e não está a ser fácil para si, mas está a ganhar experiência e gosto de desafios novos, portanto abraçou este com muita motivação.

Victor Kiffen, líder técnico dos concorrentes

“A maioria dos participantes nunca programou em grupo, e é esse o maior foco, porque nas empresas as pessoas não vão trabalhar sozinhas”, entendeu.

Já Suraia Neto, concorrente, partilha estar a ser uma experiência boa, embora sendo a primeira vez que participa de um evento do género, “não por ser apenas Hackathon, mas por ser mesmo uma competição”, revela.

“Nunca estive antes no meio de programadores, sejam juniores ou seniores, por isso está a ser boa a interacção, e porque o meu grande interesse é a partilha de conhecimentos. Por outro lado, está a ser complicado, porque temos uma data limite para apresentar alguma coisa, alguns computadores começaram a falhar, como o meu, mas a vantagem disso é que nos está a ensinar a lidar com a pressão, com qual nos depararemos nas empresas”, partilhou a programadora.

‍Suraia Neto, concorrente

O primeiro classificado levará 100 mil kwanzas, mais um aparelho smartphone da Seven Mobile, sendo outros dois para o segundo e o terceiro qualificado, respectivamente, que serão conhecidos hoje, no final do dia, avançou Lucius Curado, que clareou ainda que desde o início do Coding Dojo Angola que é parte dos planos, depois de conseguir um espaço, realizar um competição onde pudesse levar startups, para mais uma vez estabelecerem contacto directo com os desenvolvedores, e numa terceira etapa, a organização pretende realizar uma formação de desenvolvedores android, num período de 12 semanas, e reunir, em seguida, num evento, “todos aqueles que acompanharam o princípio da jornada, onde, reforçando, as empresas vão apresentar-se”.

Patrocinado pela Red Bull, Seven Mobile e BantuMakers, às quais o responsável não deixou de estender o agradecimento, o primeiro Hackathon em Angola conta, para o corpo de jurados, o engenheiro informático Patrício dos Santos, Célio Garcia, pela Angodev, Augusto Bilabila e Kenneth Luzolo, representantes da comunidade ABC da  Programação, e Augusto Firmino (INOKRI). 

 

 

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Iniciou ontem, no LaunchPad, localizado no Condomínio Bengo, em Luanda, a maratona de programação “Hackathon”, uma iniciativa do Coding Dojo Angola.

O concurso, que durante dois dias reúne desenvolvedores da plataforma Android, visa permitir com que os participantes construam, sob a batuta de um mentor, um aplicativo open-source, que atenda a missão do CDA, que é reunir startups à procura de jovens talentos e desenvolvedores freelancers que precisam ter condições de iniciar e terminar a sua formação universitária, de acordo com o mentor do projecto, Lucius Curado.

Em relação a como funciona esse tipo de competição, são dados, aos participantes, alguns desafios, consoante a constituição de grupos de designs, analistas de negócios, a título de exemplo, que montam uma mini-empresa para desenvolverem um produto e disputarem o torneio.

“Aqui temos pessoas sem experiência em trabalhar em equipa, mas têm agora essa oportunidade e sob pressão, pois existe um prazo de entrega e um prémio em jogo. Outra coisa é que serão eles mesmos os beneficiários dos produtos que estão a criar, porque são estes que as startups, se se interessarem, vão instalar o aplicativo e pesquisar alguém para oferecer um trabalho freelancer”, explicou o responsável, tendo partilhado, entretanto, que as suas expectativas para esse Hackathon se baseiam em testar o ambiente e as pessoas a trabalhar em equipa.

“Acontece que muito se tem falado que esse conceito aqui em Angola não funciona por causa dos problemas de energia, as pessoas não têm conhecimento ou experiência. Mas eu decidi enfrentar esses desafios, para que, no caso de não conseguirmos superá-los, sentarmo-nos e avaliar para fazermos melhor da próxima vez, sendo que, por exemplo, à dada altura, a internet não funcionava e algumas pessoas tinham dificuldades em avançar com o trabalho, mas arranjámos soluções. E é essa a história: essas pessoas estão acostumadas a trabalhar sem internet e sem energia eléctrica”, afirmou.

Com três etapas, nomeadamente adaptação e preparo, construção de produtos e apresentação e avaliação, o torneio, na sua essência, sendo um conceito internacional, prevê que os participantes passem 48 horas a programar, mas foram autorizados a voltarem para casa e continuarem a trabalhar, tendo-se percebido que durante as semanas prévias ao evento muitas pessoas alegavam que não ter disponibilidade de participar do evento à noite, “até porque para isso seria preciso mais patrocínios”.

Lucius Curado, promotor do evento

Segundo o promotor, que falou ao ONgoma News, cada jurado avalia, primeiro, a funcionalidade que o produto agrega, a eficiência do programador em desenvolver ferramentas e trabalho em equipa e, por fim, o nível de comprometimento em ajudar os outros desenvolvedores.

Desde ontem, os participantes mantêm-se ocupados a desenvolver funcionalidades para o aplicativo cDa e, para Victor Kiffen, líder técnico dos concorrentes, é a primeira vez que faz algo “desse tipo” e não está a ser fácil para si, mas está a ganhar experiência e gosto de desafios novos, portanto abraçou este com muita motivação.

Victor Kiffen, líder técnico dos concorrentes

“A maioria dos participantes nunca programou em grupo, e é esse o maior foco, porque nas empresas as pessoas não vão trabalhar sozinhas”, entendeu.

Já Suraia Neto, concorrente, partilha estar a ser uma experiência boa, embora sendo a primeira vez que participa de um evento do género, “não por ser apenas Hackathon, mas por ser mesmo uma competição”, revela.

“Nunca estive antes no meio de programadores, sejam juniores ou seniores, por isso está a ser boa a interacção, e porque o meu grande interesse é a partilha de conhecimentos. Por outro lado, está a ser complicado, porque temos uma data limite para apresentar alguma coisa, alguns computadores começaram a falhar, como o meu, mas a vantagem disso é que nos está a ensinar a lidar com a pressão, com qual nos depararemos nas empresas”, partilhou a programadora.

‍Suraia Neto, concorrente

O primeiro classificado levará 100 mil kwanzas, mais um aparelho smartphone da Seven Mobile, sendo outros dois para o segundo e o terceiro qualificado, respectivamente, que serão conhecidos hoje, no final do dia, avançou Lucius Curado, que clareou ainda que desde o início do Coding Dojo Angola que é parte dos planos, depois de conseguir um espaço, realizar um competição onde pudesse levar startups, para mais uma vez estabelecerem contacto directo com os desenvolvedores, e numa terceira etapa, a organização pretende realizar uma formação de desenvolvedores android, num período de 12 semanas, e reunir, em seguida, num evento, “todos aqueles que acompanharam o princípio da jornada, onde, reforçando, as empresas vão apresentar-se”.

Patrocinado pela Red Bull, Seven Mobile e BantuMakers, às quais o responsável não deixou de estender o agradecimento, o primeiro Hackathon em Angola conta, para o corpo de jurados, o engenheiro informático Patrício dos Santos, Célio Garcia, pela Angodev, Augusto Bilabila e Kenneth Luzolo, representantes da comunidade ABC da  Programação, e Augusto Firmino (INOKRI). 

 

 

 

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