Arte e Cultura
Poesia

Camões acolhe recital de poesia “para salvar a terra”

Camões acolhe recital de poesia “para salvar a terra”
Foto por:
vídeo por:
Andrade Lino

A partir do próximo dia 17 deste mês, o Camões – Centro Cultural Português passará a acolher, mensalmente, no seu auditório Pepetela, o recital de poesia “Poeira de Marte”, numa promoção do escritor angolano José Luís Mendonça.

Nesta primeira edição, o evento terá como poetas residentes o próprio José Luís Mendonça, Amélia da Lomba, Lopito Feijóo, António Gonçalves, Cristóvão Neto e Conceição Cristóvão.

Como convidados, participarão os jovens Bona Ska, músico, compositor e poeta, e Elizângela Rita, artista de spoken word.

Segundo o promotor da actividade, trata-se de um “projecto literário humanista e interplanetário que visa alertar para os perigos do aquecimento global, numa viagem interplanetária de salvaguarda da espécie”, onde, em cada edição, “cada um dos poetas, para além de outra poesia, declamará um poema dedicado ao ambiente e ao lugar que ocupamos no Universo (ou Multiverso)”.

O também jornalista explica ainda que o certame presta homenagem a grandes figuras da história contemporânea que serviram a causa do ambiente. Entre elas, a queniana Wangari Maathai, conhecida como “a mãe das árvores” e “Mama Miti”, que recebeu o Prémio Nobel da Paz, em 2004, pela defesa do meio ambiente e da democracia.

Sob a égide da defesa do ambiente, foi responsável pelo reflorestamento do Quénia e de mais 13 países africanos, no quadro do qual foram plantados cerca de 35 milhões de árvores. Falecida em 2011.

Homenagem também a Stephen Hawking, um dos mais prestigiados astrofísicos britânicos, falecido em 2018, cujo foco central de investigação foi a preocupação com o futuro da humanidade face às alterações climáticas. “Uma subida da temperatura do oceano derreteria as calotas polares e libertaria grandes quantidades de dióxido de carbono, cujos efeitos poderiam deixar o nosso clima idêntico ao de Vénus, mas com temperatura de 250ºC”. Cem anos é o prazo dado por Stephen Hawking para o ser humano encontrar outro lugar para morar”, lê-se no comunicado da organização.

Segundo um relatório publicado em 2018 pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, cita ainda o documento, as mudanças são urgentes e devem operar-se pelos responsáveis políticos de todo o mundo, em múltiplos sectores, designadamente, energia, indústria, habitação e transportes.

O derretimento do Árctico e a subida do nível do mar são impactos negativos, já visíveis, das alterações climáticas. “Os próximos anos são os mais importantes da história da Humanidade. Cabe a cada um de nós proteger o meio ambiente”, conclui.

Destaque

No items found.

6galeria

Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A partir do próximo dia 17 deste mês, o Camões – Centro Cultural Português passará a acolher, mensalmente, no seu auditório Pepetela, o recital de poesia “Poeira de Marte”, numa promoção do escritor angolano José Luís Mendonça.

Nesta primeira edição, o evento terá como poetas residentes o próprio José Luís Mendonça, Amélia da Lomba, Lopito Feijóo, António Gonçalves, Cristóvão Neto e Conceição Cristóvão.

Como convidados, participarão os jovens Bona Ska, músico, compositor e poeta, e Elizângela Rita, artista de spoken word.

Segundo o promotor da actividade, trata-se de um “projecto literário humanista e interplanetário que visa alertar para os perigos do aquecimento global, numa viagem interplanetária de salvaguarda da espécie”, onde, em cada edição, “cada um dos poetas, para além de outra poesia, declamará um poema dedicado ao ambiente e ao lugar que ocupamos no Universo (ou Multiverso)”.

O também jornalista explica ainda que o certame presta homenagem a grandes figuras da história contemporânea que serviram a causa do ambiente. Entre elas, a queniana Wangari Maathai, conhecida como “a mãe das árvores” e “Mama Miti”, que recebeu o Prémio Nobel da Paz, em 2004, pela defesa do meio ambiente e da democracia.

Sob a égide da defesa do ambiente, foi responsável pelo reflorestamento do Quénia e de mais 13 países africanos, no quadro do qual foram plantados cerca de 35 milhões de árvores. Falecida em 2011.

Homenagem também a Stephen Hawking, um dos mais prestigiados astrofísicos britânicos, falecido em 2018, cujo foco central de investigação foi a preocupação com o futuro da humanidade face às alterações climáticas. “Uma subida da temperatura do oceano derreteria as calotas polares e libertaria grandes quantidades de dióxido de carbono, cujos efeitos poderiam deixar o nosso clima idêntico ao de Vénus, mas com temperatura de 250ºC”. Cem anos é o prazo dado por Stephen Hawking para o ser humano encontrar outro lugar para morar”, lê-se no comunicado da organização.

Segundo um relatório publicado em 2018 pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, cita ainda o documento, as mudanças são urgentes e devem operar-se pelos responsáveis políticos de todo o mundo, em múltiplos sectores, designadamente, energia, indústria, habitação e transportes.

O derretimento do Árctico e a subida do nível do mar são impactos negativos, já visíveis, das alterações climáticas. “Os próximos anos são os mais importantes da história da Humanidade. Cabe a cada um de nós proteger o meio ambiente”, conclui.

6galeria

Artigos relacionados

Thank you! Your submission has been received!
Oops! Something went wrong while submitting the form