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Cabinda quer acabar com fluxo de ensino nocturno

Cabinda quer acabar com fluxo de ensino nocturno
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O Secretário Provincial da Educação em Cabinda, Casimiro Congo, manifestou a necessidade de se acabar com o fluxo de ensino nocturno na província, que considera ser um problema que não está a trazer boa estadia para o país.

“Nós já passamos o momento de guerra, agora é preciso pensar seriamente Angola. Mas é importante começar a diminuir paulatinamente o ensino nocturno a nível da província, o que é indiscutível. Angola é o único país em África onde há ensino nocturno. Os alunos nocturnos são mal preparados, porque às vezes não aparecem nas aulas e com máfias da direita à esquerda vão tendo diplomas”, disse.

O responsável, que falava à imprensa, no mês passado, por ocasião da inauguração da Cidadela Jovens de Sucesso, acrescentou que a corrupção nas escolas da província é outro problema que desafia o sector da Educação.

“O outro problema foi transformar a escola pública em local de ganhar dinheiro, em nome deste país, e eu não posso suportar isso. A questão não é impor as pessoas a estudar, mas em fazer com que as pessoas vão à escola e sejam capazes de aprender e dar ao país aquilo que precisamos, que é a mais-valia do saber”, esclareceu.

Naquela região do país, está actualmente prevista a construção de 32 escolas e melhoramento do magistério, de modo a cobrir o número de pessoas fora do sistema de ensino e controlar a qualidade do aluno e a do professor.

“Em Cabinda, fala-se em cerca de 5 mil pessoas fora do sistema de ensino. Tentou-se sempre resolver o problema das crianças, primeiro o rácio de alunos, que é um grande erro. O rácio vai de 1 a 50 alunos e é muito”, apontou, referindo ainda já ter encontrado salas de 1 a 90 alunos e teve que tomar medidas muito sérias.

Há um elemento que não depende da educação, a questão é que nós temos toda a população abocanhada nas grandes cidades, e o que acontece é que as periferias ficam esvaziadas e empobrecidas, não só a nível económico, mas também a nível antropológico. Se não resolvermos esta questão, teremos sempre pessoas fora do sistema de ensino, porque, construamos as escolas que quisermos, teremos sempre pessoas fora do sistema de ensino”, concluiu.

 

 

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Pedro Kididi

Jornalista

O Secretário Provincial da Educação em Cabinda, Casimiro Congo, manifestou a necessidade de se acabar com o fluxo de ensino nocturno na província, que considera ser um problema que não está a trazer boa estadia para o país.

“Nós já passamos o momento de guerra, agora é preciso pensar seriamente Angola. Mas é importante começar a diminuir paulatinamente o ensino nocturno a nível da província, o que é indiscutível. Angola é o único país em África onde há ensino nocturno. Os alunos nocturnos são mal preparados, porque às vezes não aparecem nas aulas e com máfias da direita à esquerda vão tendo diplomas”, disse.

O responsável, que falava à imprensa, no mês passado, por ocasião da inauguração da Cidadela Jovens de Sucesso, acrescentou que a corrupção nas escolas da província é outro problema que desafia o sector da Educação.

“O outro problema foi transformar a escola pública em local de ganhar dinheiro, em nome deste país, e eu não posso suportar isso. A questão não é impor as pessoas a estudar, mas em fazer com que as pessoas vão à escola e sejam capazes de aprender e dar ao país aquilo que precisamos, que é a mais-valia do saber”, esclareceu.

Naquela região do país, está actualmente prevista a construção de 32 escolas e melhoramento do magistério, de modo a cobrir o número de pessoas fora do sistema de ensino e controlar a qualidade do aluno e a do professor.

“Em Cabinda, fala-se em cerca de 5 mil pessoas fora do sistema de ensino. Tentou-se sempre resolver o problema das crianças, primeiro o rácio de alunos, que é um grande erro. O rácio vai de 1 a 50 alunos e é muito”, apontou, referindo ainda já ter encontrado salas de 1 a 90 alunos e teve que tomar medidas muito sérias.

Há um elemento que não depende da educação, a questão é que nós temos toda a população abocanhada nas grandes cidades, e o que acontece é que as periferias ficam esvaziadas e empobrecidas, não só a nível económico, mas também a nível antropológico. Se não resolvermos esta questão, teremos sempre pessoas fora do sistema de ensino, porque, construamos as escolas que quisermos, teremos sempre pessoas fora do sistema de ensino”, concluiu.

 

 

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