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BNI recuou no financiamento ao sector real da economia por “insuficiência de projectos”

BNI recuou no financiamento ao sector real da economia por “insuficiência de projectos”
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O BNI (Banco de Negócios Internacional), recentemente notificado pelo Banco Nacional de Angola, por não ter financiado projectos no exercício de 2019, ao abrigo do Aviso n.º04/2019 referente à Concessão de Crédito ao Sector Real da Economia, justificou que “os projectos que foram remetidos ao banco apresentavam insuficiências, desde a existência de promotores com incidentes de crédito, junto da Central de Informação de Crédito do Banco Nacional de Angola, à ausência de contabilidade organizada das empresas”, dentre outros factores.

A instituição, que foi “devidamente notificada da decisão proferida pelo Banco Nacional de Angola, do Processo de Contravenção n.º NBAIBNIPC/0018/20”, que resultou numa multa de Akz 45 milhões, explica que o Executivo Angolano lançou iniciativas com vista a promover a diversificação da economia real angolana, concretamente o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), e continuou que se trata de um instrumento de coordenação e de parceria entre o Executivo e o sector empresarial que visa acelerar as iniciativas privadas susceptíveis de permitirem no curto, médio e longo prazos, para aumentar a produção nacional e aumentar e diversificar as exportações, em detrimento das importações, que continuam a assumir números demasiado elevados em Angola.

Assim, o Banco Nacional de Angola, através do Aviso 04/2019, de 03 de Abril, vem estabelecer a obrigatoriedade de os Bancos desenvolverem soluções de crédito dirigidas e ajustadas ao financiamento de bens essenciais, que apresentam défice de oferta de produção nacional.

Para o caso em concreto do Banco BNI, o crédito a conceder durante o exercício de 2019 devia corresponder a, pelo menos, 2% do valor total do activo registado no Balanço a 31 de Dezembro de 2018, ou seja, cerca de Akz 6 mil milhões, diz o comunicado que recebemos, que cita que, o Banco BNI, devidamente alinhado com a estratégia de substituição das importações pela produção nacional e em contribuir para a sustentabilidade das contas externas do país, “desenvolveu, durante o exercício de 2019, um conjunto de acções que passou pela criação de um produto de crédito específico devidamente aprovado pelo Banco Nacional de Angola, bem como por iniciativas junto dos seus clientes no sentido de apresentarem projectos elegíveis para o devido enquadramento no âmbito do Aviso 4/2019”.

Porém, esclarece, sucedeu que os projectos que foram remetidos ao Banco apresentavam insuficiências, desde a existência de promotores com incidentes de crédito, junto da Central de Informação de Crédito do Banco Nacional de Angola, à ausência de contabilidade organizada das empresas, ao registo de incidentes fiscais, a projectos sem viabilidade e falta de orientação e experiência dos promotores para a implementação dos projectos que se propunham desenvolver.

“Perante tais dificuldades, o Banco BNI não financiou qualquer projecto ao abrigo do Aviso 4/2019 durante o exercício de 2019, facto reportado nos termos do citado Aviso ao Banco Nacional de Angola, assim como as razões que o levaram a não financiar, mas ainda assim desenvolveu em 2019 uma campanha através da qual promoveu o financiamento de 19 projectos de crédito a um grupo de pequenos agricultores na Província do Huambo para o cultivo de milho”, lê-se na nota da instituição, enviada ao ONgoma News.

Ademais, refere, importa acentuar que o banco, no exercício de 2020, já financiou projectos ao abrigo do Aviso 10/2020 de 03 de Abril e espera continuar a apoiar o financiamento ao sector real da economia, dando continuidade ao trabalho da sua equipa comercial que actua a nível nacional, através dos Centros de Negócio BNI.

Nesses centros é efectivada a detecção, preparação e análise dos projectos para aprovação, desde que sejam apresentadas as premissas necessárias para o respectivo financiamento.

O BNI reitera, por fim, o seu total compromisso e empenho na implementação dos programas em curso, criando modalidades de crédito que permitam o fortalecimento do sector real, para que a produção nacional satisfaça a procura interna.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O BNI (Banco de Negócios Internacional), recentemente notificado pelo Banco Nacional de Angola, por não ter financiado projectos no exercício de 2019, ao abrigo do Aviso n.º04/2019 referente à Concessão de Crédito ao Sector Real da Economia, justificou que “os projectos que foram remetidos ao banco apresentavam insuficiências, desde a existência de promotores com incidentes de crédito, junto da Central de Informação de Crédito do Banco Nacional de Angola, à ausência de contabilidade organizada das empresas”, dentre outros factores.

A instituição, que foi “devidamente notificada da decisão proferida pelo Banco Nacional de Angola, do Processo de Contravenção n.º NBAIBNIPC/0018/20”, que resultou numa multa de Akz 45 milhões, explica que o Executivo Angolano lançou iniciativas com vista a promover a diversificação da economia real angolana, concretamente o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), e continuou que se trata de um instrumento de coordenação e de parceria entre o Executivo e o sector empresarial que visa acelerar as iniciativas privadas susceptíveis de permitirem no curto, médio e longo prazos, para aumentar a produção nacional e aumentar e diversificar as exportações, em detrimento das importações, que continuam a assumir números demasiado elevados em Angola.

Assim, o Banco Nacional de Angola, através do Aviso 04/2019, de 03 de Abril, vem estabelecer a obrigatoriedade de os Bancos desenvolverem soluções de crédito dirigidas e ajustadas ao financiamento de bens essenciais, que apresentam défice de oferta de produção nacional.

Para o caso em concreto do Banco BNI, o crédito a conceder durante o exercício de 2019 devia corresponder a, pelo menos, 2% do valor total do activo registado no Balanço a 31 de Dezembro de 2018, ou seja, cerca de Akz 6 mil milhões, diz o comunicado que recebemos, que cita que, o Banco BNI, devidamente alinhado com a estratégia de substituição das importações pela produção nacional e em contribuir para a sustentabilidade das contas externas do país, “desenvolveu, durante o exercício de 2019, um conjunto de acções que passou pela criação de um produto de crédito específico devidamente aprovado pelo Banco Nacional de Angola, bem como por iniciativas junto dos seus clientes no sentido de apresentarem projectos elegíveis para o devido enquadramento no âmbito do Aviso 4/2019”.

Porém, esclarece, sucedeu que os projectos que foram remetidos ao Banco apresentavam insuficiências, desde a existência de promotores com incidentes de crédito, junto da Central de Informação de Crédito do Banco Nacional de Angola, à ausência de contabilidade organizada das empresas, ao registo de incidentes fiscais, a projectos sem viabilidade e falta de orientação e experiência dos promotores para a implementação dos projectos que se propunham desenvolver.

“Perante tais dificuldades, o Banco BNI não financiou qualquer projecto ao abrigo do Aviso 4/2019 durante o exercício de 2019, facto reportado nos termos do citado Aviso ao Banco Nacional de Angola, assim como as razões que o levaram a não financiar, mas ainda assim desenvolveu em 2019 uma campanha através da qual promoveu o financiamento de 19 projectos de crédito a um grupo de pequenos agricultores na Província do Huambo para o cultivo de milho”, lê-se na nota da instituição, enviada ao ONgoma News.

Ademais, refere, importa acentuar que o banco, no exercício de 2020, já financiou projectos ao abrigo do Aviso 10/2020 de 03 de Abril e espera continuar a apoiar o financiamento ao sector real da economia, dando continuidade ao trabalho da sua equipa comercial que actua a nível nacional, através dos Centros de Negócio BNI.

Nesses centros é efectivada a detecção, preparação e análise dos projectos para aprovação, desde que sejam apresentadas as premissas necessárias para o respectivo financiamento.

O BNI reitera, por fim, o seu total compromisso e empenho na implementação dos programas em curso, criando modalidades de crédito que permitam o fortalecimento do sector real, para que a produção nacional satisfaça a procura interna.

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