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As eleições “estão (ainda) muito longe de serem justas e transparentes”, segundo Carlos Rosado de Carvalho

As eleições “estão (ainda) muito longe de serem justas e transparentes”, segundo Carlos Rosado de Carvalho
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As eleições gerais de 23 de Agosto último, vencidas pelo MPLA e o seu candidato, João Lourenço, “estão (ainda) muito longe de serem justas e transparentes”, escreveu o jornalista Carlos Rosado de Carvalho, director do jornal Espansão, no editorial da última edição deste semanário.

No entanto, segundo o também economista, “é verdade que as eleições em Angola são livres no sentido de que na hora do voto toda a gente pode escolher livremente em quem votar”, mas ainda não são justas e transparentes, “em (grande) parte por culpa do MPLA que continua a comportar-se como se vivêssemos no tempo do partido único. A começar pelo uso e abuso dos meios de públicos antes, durante e depois das eleições”, criticou.

Para Carlos Rosado de Carvalho, o caso mais evidente de abuso dos meios públicos foi a utilização “dos meios de comunicação social do Estado, os únicos que chegam a todo o País, e por isso mesmo são decisivos na formação da opinião dos eleitores, em especial no interior”.

Mas, para o director do Expansão, que lamenta que tenham sido cometidas irregularidades “nas barbas do TC [Tribunal Constitucional] e da Comissão Nacional Eleitoral (CNE)”, a oposição não está isenta de responsabilidades, em particular ao insistir no discurso da fraude e não apresentar provas.

“Pessoalmente, não acredito na alteração da vontade expressa pelos angolanas nas urnas. Mas admito mudar a minha opinião se forem exibidas as provas. Não se pode continuar a dizer que houve fraude e depois não apresentar uma contagem paralela”, escreveu Carlos Rosado de Carvalho, para quem, “as energias da UNITA e da CASA-CE devem ser dirigidas para a denúncia dos atropelos à lei antes, durante e depois das eleições. Mas de uma forma mais organizada e profissional, aproveitando o cansaço da sociedade angolana, incluindo dentro dos meios mais moderados do próprio MPLA, relativamente a certas práticas”, defendeu.

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Redacção

As eleições gerais de 23 de Agosto último, vencidas pelo MPLA e o seu candidato, João Lourenço, “estão (ainda) muito longe de serem justas e transparentes”, escreveu o jornalista Carlos Rosado de Carvalho, director do jornal Espansão, no editorial da última edição deste semanário.

No entanto, segundo o também economista, “é verdade que as eleições em Angola são livres no sentido de que na hora do voto toda a gente pode escolher livremente em quem votar”, mas ainda não são justas e transparentes, “em (grande) parte por culpa do MPLA que continua a comportar-se como se vivêssemos no tempo do partido único. A começar pelo uso e abuso dos meios de públicos antes, durante e depois das eleições”, criticou.

Para Carlos Rosado de Carvalho, o caso mais evidente de abuso dos meios públicos foi a utilização “dos meios de comunicação social do Estado, os únicos que chegam a todo o País, e por isso mesmo são decisivos na formação da opinião dos eleitores, em especial no interior”.

Mas, para o director do Expansão, que lamenta que tenham sido cometidas irregularidades “nas barbas do TC [Tribunal Constitucional] e da Comissão Nacional Eleitoral (CNE)”, a oposição não está isenta de responsabilidades, em particular ao insistir no discurso da fraude e não apresentar provas.

“Pessoalmente, não acredito na alteração da vontade expressa pelos angolanas nas urnas. Mas admito mudar a minha opinião se forem exibidas as provas. Não se pode continuar a dizer que houve fraude e depois não apresentar uma contagem paralela”, escreveu Carlos Rosado de Carvalho, para quem, “as energias da UNITA e da CASA-CE devem ser dirigidas para a denúncia dos atropelos à lei antes, durante e depois das eleições. Mas de uma forma mais organizada e profissional, aproveitando o cansaço da sociedade angolana, incluindo dentro dos meios mais moderados do próprio MPLA, relativamente a certas práticas”, defendeu.

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