Arte e Cultura
Exposição

Artista Cândido Pascoal expressa a sua “Impressão do Tempo” na Galeria Tamar Golan

Artista Cândido Pascoal expressa a sua “Impressão do Tempo” na Galeria Tamar Golan
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Com retratos a expressarem as memórias melancólicas, amorosas, e a ficção pura a comprazer-se com o real, o artista angolano Cândido Pascoal inaugurou, nesta última sexta-feira, a sua exposição individual, denominada “Impressão do Tempo”, na Galeria Tamar Golan, da Fundação Arte e Cultura.

Nesta exposição, aberta ao público de segunda a sábado, das 12h00 as 19h:30, o foco está exactamente nas impressões que marcaram e inspiraram o autor, desde tragédias, manifestações e até mesmo sentimentos íntimos fracassados, ou ainda a visão perturbada do ser.

A exaltação do emotivo é, em “Impressões do Tempo”, consequência das pegadas que indelevelmente se encontram tatuadas na memória de Cândido como vida exercitada, testemunhada e sonhada, fazendo-se sobretudo advogado dos que choram por dentro, dos homens sem voz e sem quadro para descrever e pintar as suas dores, num projecto de 23 obras.

Para o autor, para começar é preciso que o apreciador entenda com que género está lidar, porque, reforça, a percepção ou análise da obra depende da distinção do género da mesma, da técnica usada e do nome da obra.

“Se for um género realista que não é realista, tu podes criticar facilmente. Se for um género abstracto que não é abstracto, igualmente. A obra expressa aquilo que o autor quer falar, seu ponto de vista. Se nós olharmos para um obstáculo, o ponto de vista não será o mesmo, ainda que estivermos na mesma linha. As artes plásticas dão-te a possibilidade de você olhar do meu ângulo, você olha com os meus olhos”, explica Cândido Pascoal.

Entretanto, como conta o comunicado que recebemos, vários foram os artistas que se deslocaram à Galeria Tamar Golan para testemunhar a inauguração da exposição. Papino Simão Mbongo, ou simplesmente Bolondo, é disso um exemplo. “Gostei de ver o estilo. Se vires bem, as obras têm uma característica das obras antigas, o que expressa a força de uma nova técnica”, rendeu-se.

O artista reconheceu que a missão de se interpretar a mensagem, que normalmente o artista esconde nas suas obras, não é tarefa fácil.

“Na arte existe uma força de atracção. Nela a pessoa descobre muitas coisas. Quando o artista se senta para pegar numa obra, ele viaja para um mundo espiritual, o que torna difícil para as pessoas entender com facilidade aquilo que o artista traz para a forma concreta. Para isso, a pessoa tem de gostar de arte. A medida em que ele vai desenvolver esse gosto, vai automaticamente ganhar excelentes capacidades para desmistificar as mensagens contidas nas obras”, assegura Bolondo.

A exposição estará patente até o dia 17 de Maio próximo.

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Redacção

Com retratos a expressarem as memórias melancólicas, amorosas, e a ficção pura a comprazer-se com o real, o artista angolano Cândido Pascoal inaugurou, nesta última sexta-feira, a sua exposição individual, denominada “Impressão do Tempo”, na Galeria Tamar Golan, da Fundação Arte e Cultura.

Nesta exposição, aberta ao público de segunda a sábado, das 12h00 as 19h:30, o foco está exactamente nas impressões que marcaram e inspiraram o autor, desde tragédias, manifestações e até mesmo sentimentos íntimos fracassados, ou ainda a visão perturbada do ser.

A exaltação do emotivo é, em “Impressões do Tempo”, consequência das pegadas que indelevelmente se encontram tatuadas na memória de Cândido como vida exercitada, testemunhada e sonhada, fazendo-se sobretudo advogado dos que choram por dentro, dos homens sem voz e sem quadro para descrever e pintar as suas dores, num projecto de 23 obras.

Para o autor, para começar é preciso que o apreciador entenda com que género está lidar, porque, reforça, a percepção ou análise da obra depende da distinção do género da mesma, da técnica usada e do nome da obra.

“Se for um género realista que não é realista, tu podes criticar facilmente. Se for um género abstracto que não é abstracto, igualmente. A obra expressa aquilo que o autor quer falar, seu ponto de vista. Se nós olharmos para um obstáculo, o ponto de vista não será o mesmo, ainda que estivermos na mesma linha. As artes plásticas dão-te a possibilidade de você olhar do meu ângulo, você olha com os meus olhos”, explica Cândido Pascoal.

Entretanto, como conta o comunicado que recebemos, vários foram os artistas que se deslocaram à Galeria Tamar Golan para testemunhar a inauguração da exposição. Papino Simão Mbongo, ou simplesmente Bolondo, é disso um exemplo. “Gostei de ver o estilo. Se vires bem, as obras têm uma característica das obras antigas, o que expressa a força de uma nova técnica”, rendeu-se.

O artista reconheceu que a missão de se interpretar a mensagem, que normalmente o artista esconde nas suas obras, não é tarefa fácil.

“Na arte existe uma força de atracção. Nela a pessoa descobre muitas coisas. Quando o artista se senta para pegar numa obra, ele viaja para um mundo espiritual, o que torna difícil para as pessoas entender com facilidade aquilo que o artista traz para a forma concreta. Para isso, a pessoa tem de gostar de arte. A medida em que ele vai desenvolver esse gosto, vai automaticamente ganhar excelentes capacidades para desmistificar as mensagens contidas nas obras”, assegura Bolondo.

A exposição estará patente até o dia 17 de Maio próximo.

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