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Angola ultrapassa barreira dos 9 mil milhões de dívida colocada em 2017

Angola ultrapassa barreira dos 9 mil milhões de dívida colocada em 2017
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A dívida pública colocada por Angola aumentou 18% na última semana de outubro, para quase 70 mil milhões de kwanzas (362 milhões de euros), ultrapassando, desde o início do ano, 9.100 milhões de euros em emissões de títulos do Tesouro. 

De acordo com dados do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), compilados hoje pela Lusa, o banco central colocou no mercado primário, entre 23 e 27 de outubro, um total de 37,2 mil milhões de kwanzas (192,6 milhões de euros) em Bilhetes do Tesouro (BT).

Somam-se 24,4 mil milhões de kwanzas (126,3 milhões de euros) em Obrigações do Tesouro (OT) indexadas à taxa de câmbio.

As taxas de juro médias a pagar pela emissão de BT pelo BNA, em representação do Estado angolano, oscilaram entre os 16,15% na maturidade a 91 dias e os 23,90% no prazo de 364 dias, praticamente inalteradas desde março, enquanto as OT indexadas à taxa de câmbio vão pagar taxas de juro nominais entre os 7,0%, pela maturidade de três anos, e os 8,75%, para a maturidade de 10 anos, também sem alterações face à semana anterior.

Esta foi a 36.ª emissão semanal de dívida pública de 2017 e no segmento de venda direta de Títulos do Tesouro ao público em geral foram ainda colocados 8,3 mil milhões de kwanzas (43 milhões de euros).

Desde o início da emissão de dívida em 2017, que só arrancou na segunda quinzena de fevereiro, Angola já colocou cerca de 1,770 biliões de kwanzas (9.160 milhões de euros) em bilhetes e obrigações do Tesouro.

Angola vive desde finais de 2014 uma crise financeira e económica e no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 as receitas fiscais só deverão cobrir 49,6% das necessidades totais, acrescido das receitas patrimoniais, com 6,7%, de acordo com o mesmo documento.

De acordo com Mundo ao Minuto, as receitas provenientes do endividamento público deverão atingir um peso de 43,6% do valor global inscrito no Orçamento, chegando a 3,224 biliões de kwanzas (16,7 mil milhões de euros).

Além de contrair nova despesa pública, no mercado interno e externo, o OGE de 2017 prevê 2,338 biliões de kwanzas (12,1 mil milhões de euros) para o serviço da dívida este ano.

Nas contas do Governo, está inscrito um défice orçamental de 5,8% do Produto Interno Bruto em 2017, no valor de 1,139 biliões de kwanzas (5,9 mil milhões de euros).

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Redacção

A dívida pública colocada por Angola aumentou 18% na última semana de outubro, para quase 70 mil milhões de kwanzas (362 milhões de euros), ultrapassando, desde o início do ano, 9.100 milhões de euros em emissões de títulos do Tesouro. 

De acordo com dados do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), compilados hoje pela Lusa, o banco central colocou no mercado primário, entre 23 e 27 de outubro, um total de 37,2 mil milhões de kwanzas (192,6 milhões de euros) em Bilhetes do Tesouro (BT).

Somam-se 24,4 mil milhões de kwanzas (126,3 milhões de euros) em Obrigações do Tesouro (OT) indexadas à taxa de câmbio.

As taxas de juro médias a pagar pela emissão de BT pelo BNA, em representação do Estado angolano, oscilaram entre os 16,15% na maturidade a 91 dias e os 23,90% no prazo de 364 dias, praticamente inalteradas desde março, enquanto as OT indexadas à taxa de câmbio vão pagar taxas de juro nominais entre os 7,0%, pela maturidade de três anos, e os 8,75%, para a maturidade de 10 anos, também sem alterações face à semana anterior.

Esta foi a 36.ª emissão semanal de dívida pública de 2017 e no segmento de venda direta de Títulos do Tesouro ao público em geral foram ainda colocados 8,3 mil milhões de kwanzas (43 milhões de euros).

Desde o início da emissão de dívida em 2017, que só arrancou na segunda quinzena de fevereiro, Angola já colocou cerca de 1,770 biliões de kwanzas (9.160 milhões de euros) em bilhetes e obrigações do Tesouro.

Angola vive desde finais de 2014 uma crise financeira e económica e no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 as receitas fiscais só deverão cobrir 49,6% das necessidades totais, acrescido das receitas patrimoniais, com 6,7%, de acordo com o mesmo documento.

De acordo com Mundo ao Minuto, as receitas provenientes do endividamento público deverão atingir um peso de 43,6% do valor global inscrito no Orçamento, chegando a 3,224 biliões de kwanzas (16,7 mil milhões de euros).

Além de contrair nova despesa pública, no mercado interno e externo, o OGE de 2017 prevê 2,338 biliões de kwanzas (12,1 mil milhões de euros) para o serviço da dívida este ano.

Nas contas do Governo, está inscrito um défice orçamental de 5,8% do Produto Interno Bruto em 2017, no valor de 1,139 biliões de kwanzas (5,9 mil milhões de euros).

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