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Angola Rescue pretende criar creche comunitária para formar filhos de zungueiras

Angola Rescue pretende criar creche comunitária para formar filhos de zungueiras
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A Angola Rescue, associação sem fins lucrativos, tem em carteira a construção de uma creche comunitária para formar filhos de zungueiras e de pessoas que desempregadas, avançou, em entrevista ao ONgoma News, a directora do projecto, Filipa Augusto.

A creche vai ministrar, entre várias formações, cursos de cabeleireiro, sapataria e pastelaria, de acordo com Filipa Augusto, que informou ainda que a organização quer com este projecto ter um espaço onde as pessoas de baixa renda possam deixar as crianças.

“Queremos ter uma área onde as pessoas as zungueiras, por exemplo, e aquelas que não têm trabalho possam deixar as crianças de manhã”, explicou, acrescentando que o projecto vai contemplar, inclusive, “uma escola para adultos aprenderem a ler e escrever, de modo que se forme estas pessoas para uma inserção na sociedade e no mercado de emprego para o sustento das suas famílias”, continuou.

Angola Rescue surgiu há cerca de 2 anos, como associação, e desenvolve, entre outras iniciativas, o MUSA, acrónimo de Mães Unidas e Solidárias de Angola, projecto este que teve iniciativa no hospital pediátrico David Bernadino, em Luanda, com a promoção da sopa diária para mais de 200 crianças que se encontram internadas naquela unidade hospitalar, e conta com cerca de 70 membros e aproximadamente 90 voluntários.

Ainda segundo a fonte, além de o grupo defender o bem estar do próximo, independentemente da idade e sexo, tem a vertente de defesa animal para sensibilizar as pessoas sobre os cuidados a ter com este seres vivos, bem como resgatá-los em caso de agressão ou perigo iminente.

“Na parte animal fazemos trabalho de rua, sensibilização, criamos casotas comunitárias para abrigar cães, explicamos às pessoas que muitos destes animais que estão nas ruas têm donos e estes de manhã abrem as portas para irem passear. O que as pessoas não percebem é que estão a correr grandes riscos porque os animais quando vão para rua, muitos deles não são vacinados, podem morder as pessoas”, realçou.

Por outro lado, Filipa Augusto adverte, entretanto, que as pessoas que têm este comportamento estão a comprometer a própria saúde. “Nós sensibilizamos as pessoas sobre o perigo que correm ao deixarem os animais irem à rua. Quando um animal doente leva para casa muitos doenças, inevitavelmente as crianças também ficam doentes”, alertou.

Para denúncias de animais abandonados, o grupo dispõe de uma página nas redes sociais com o mesmo Angola Rescue. “Para todos nós vivermos em harmonia”, aconselha a jovem solidária, “devemos cuidar dos animais e das crianças e ajudar a criar uma Angola melhor”.

Por último, a entrevistada esclareceu ainda que, entre as suas acções, depararem-se com casos de infelicidade, em que as famílias não têm condições para realizar o funeral. “Já chegamos  a ter situações de crianças que morrem mas os pais não têm dinheiro para fazer o funeral. Porém, conseguimos angariar valores monetários para realizá-lo”.

 

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Pedro Kididi

Jornalista

A Angola Rescue, associação sem fins lucrativos, tem em carteira a construção de uma creche comunitária para formar filhos de zungueiras e de pessoas que desempregadas, avançou, em entrevista ao ONgoma News, a directora do projecto, Filipa Augusto.

A creche vai ministrar, entre várias formações, cursos de cabeleireiro, sapataria e pastelaria, de acordo com Filipa Augusto, que informou ainda que a organização quer com este projecto ter um espaço onde as pessoas de baixa renda possam deixar as crianças.

“Queremos ter uma área onde as pessoas as zungueiras, por exemplo, e aquelas que não têm trabalho possam deixar as crianças de manhã”, explicou, acrescentando que o projecto vai contemplar, inclusive, “uma escola para adultos aprenderem a ler e escrever, de modo que se forme estas pessoas para uma inserção na sociedade e no mercado de emprego para o sustento das suas famílias”, continuou.

Angola Rescue surgiu há cerca de 2 anos, como associação, e desenvolve, entre outras iniciativas, o MUSA, acrónimo de Mães Unidas e Solidárias de Angola, projecto este que teve iniciativa no hospital pediátrico David Bernadino, em Luanda, com a promoção da sopa diária para mais de 200 crianças que se encontram internadas naquela unidade hospitalar, e conta com cerca de 70 membros e aproximadamente 90 voluntários.

Ainda segundo a fonte, além de o grupo defender o bem estar do próximo, independentemente da idade e sexo, tem a vertente de defesa animal para sensibilizar as pessoas sobre os cuidados a ter com este seres vivos, bem como resgatá-los em caso de agressão ou perigo iminente.

“Na parte animal fazemos trabalho de rua, sensibilização, criamos casotas comunitárias para abrigar cães, explicamos às pessoas que muitos destes animais que estão nas ruas têm donos e estes de manhã abrem as portas para irem passear. O que as pessoas não percebem é que estão a correr grandes riscos porque os animais quando vão para rua, muitos deles não são vacinados, podem morder as pessoas”, realçou.

Por outro lado, Filipa Augusto adverte, entretanto, que as pessoas que têm este comportamento estão a comprometer a própria saúde. “Nós sensibilizamos as pessoas sobre o perigo que correm ao deixarem os animais irem à rua. Quando um animal doente leva para casa muitos doenças, inevitavelmente as crianças também ficam doentes”, alertou.

Para denúncias de animais abandonados, o grupo dispõe de uma página nas redes sociais com o mesmo Angola Rescue. “Para todos nós vivermos em harmonia”, aconselha a jovem solidária, “devemos cuidar dos animais e das crianças e ajudar a criar uma Angola melhor”.

Por último, a entrevistada esclareceu ainda que, entre as suas acções, depararem-se com casos de infelicidade, em que as famílias não têm condições para realizar o funeral. “Já chegamos  a ter situações de crianças que morrem mas os pais não têm dinheiro para fazer o funeral. Porém, conseguimos angariar valores monetários para realizá-lo”.

 

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