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Angola empenhada na resolução da instabilidade político-social na RDC

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O Presidente da República, João Lourenço, manifestou ontem, em Luanda, a convicção de que a situação na vizinha República Democrática do Congo, envolvida há vários anos num clima de instabilidade político-social, caminha “para um desfecho satisfatório”. 

O chefe de Estado angolano discursava na sessão de abertura da reunião ordinária anual do comité ministerial do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da SADC (Southern African Development Community), que actualmente é presidido por Angola e que tem a situação da RDC como principal prioridade.

“Este órgão desempenha um papel fundamental na manutenção da paz e no fortalecimento da democracia e da boa governação na nossa região e é em reuniões como esta que podemos, através de um debate positivo, coerente e aberto, buscar as melhores vias para dar solução aos vários problemas que podem pôr em causa a estabilidade política e a segurança na nossa região”, começou por sublinhar o Presidente, perante vários ministros de governos da SADC.

João Lourenço destacou, além do Congo, as situações de conflito no reino do Lesoto e na República de Madagáscar, que “obrigam a uma análise cuidada, responsável e realista”, mas também “a cooperar cada vez mais em todas as actividades, planos e programas definidos por este órgão, com vista ao desenvolvimento económico da região”, segundo noticiou Notícias ao Minuto.

“Continuamos a defender a ideia de que, para responder de forma positiva à situação política e de segurança prevalecente nesse país, devemos agir em conjunto em respeito às posições da SADC, da União Africana e das Nações Unidas que convergem na necessidade do respeito dos acordos de São Silvestre, livremente assumidos pelos principais actores políticos congoleses, governo, oposição e sociedade civil”, realçou João Lourenço, que acredita que a situação naquele país da África Central se encaminha para um desfecho satisfatório, pois tanto quanto foi dado a conhecer, pelas autoridades competentes congolesas, “foram dados importantes passos no sentido da implementação dos aspectos fundamentais dos já referidos acordos de 31 de Dezembro de 2016, sinais que podem contribuir para o necessário e urgente desanuviamento das tensões internas nesse país e para o reforço da confiança mútua entre todas as partes”.

Em causa está, sobretudo, o “compromisso assumido pelas autoridades de manter e confirmar a data das eleições para 23 de Dezembro do corrente ano”, até pelo “facto de terem o registo dos eleitores concluído e de estarem assegurados os recursos para financiar o orçamento das eleições", disse.

Contudo, continuou por esclarecer que Joseph Kabila, actual chefe de Estado e que deveria ter cessado funções em 2016, tentará ou não concorrer a um terceiro mandato, perante as críticas da oposição e da sociedade congolesa, que recorda que a Constituição apenas permite dois mandatos.

“Em função disto, e apesar do optimismo que devemos manter até à realização efectiva das eleições, apelamos a todos os intervenientes no processo de regularização do conflito na República Democrática do Congo, para que continuem empenhados em garantir um ambiente propício para a realização de eleições pacíficas e credíveis, superando as diferenças e construindo pontos de convergência que privilegiem a paz, a segurança, a estabilidade e a reconciliação nacional", enfatizou o Presidente angolano.

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Pedro Kididi

Jornalista

O Presidente da República, João Lourenço, manifestou ontem, em Luanda, a convicção de que a situação na vizinha República Democrática do Congo, envolvida há vários anos num clima de instabilidade político-social, caminha “para um desfecho satisfatório”. 

O chefe de Estado angolano discursava na sessão de abertura da reunião ordinária anual do comité ministerial do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da SADC (Southern African Development Community), que actualmente é presidido por Angola e que tem a situação da RDC como principal prioridade.

“Este órgão desempenha um papel fundamental na manutenção da paz e no fortalecimento da democracia e da boa governação na nossa região e é em reuniões como esta que podemos, através de um debate positivo, coerente e aberto, buscar as melhores vias para dar solução aos vários problemas que podem pôr em causa a estabilidade política e a segurança na nossa região”, começou por sublinhar o Presidente, perante vários ministros de governos da SADC.

João Lourenço destacou, além do Congo, as situações de conflito no reino do Lesoto e na República de Madagáscar, que “obrigam a uma análise cuidada, responsável e realista”, mas também “a cooperar cada vez mais em todas as actividades, planos e programas definidos por este órgão, com vista ao desenvolvimento económico da região”, segundo noticiou Notícias ao Minuto.

“Continuamos a defender a ideia de que, para responder de forma positiva à situação política e de segurança prevalecente nesse país, devemos agir em conjunto em respeito às posições da SADC, da União Africana e das Nações Unidas que convergem na necessidade do respeito dos acordos de São Silvestre, livremente assumidos pelos principais actores políticos congoleses, governo, oposição e sociedade civil”, realçou João Lourenço, que acredita que a situação naquele país da África Central se encaminha para um desfecho satisfatório, pois tanto quanto foi dado a conhecer, pelas autoridades competentes congolesas, “foram dados importantes passos no sentido da implementação dos aspectos fundamentais dos já referidos acordos de 31 de Dezembro de 2016, sinais que podem contribuir para o necessário e urgente desanuviamento das tensões internas nesse país e para o reforço da confiança mútua entre todas as partes”.

Em causa está, sobretudo, o “compromisso assumido pelas autoridades de manter e confirmar a data das eleições para 23 de Dezembro do corrente ano”, até pelo “facto de terem o registo dos eleitores concluído e de estarem assegurados os recursos para financiar o orçamento das eleições", disse.

Contudo, continuou por esclarecer que Joseph Kabila, actual chefe de Estado e que deveria ter cessado funções em 2016, tentará ou não concorrer a um terceiro mandato, perante as críticas da oposição e da sociedade congolesa, que recorda que a Constituição apenas permite dois mandatos.

“Em função disto, e apesar do optimismo que devemos manter até à realização efectiva das eleições, apelamos a todos os intervenientes no processo de regularização do conflito na República Democrática do Congo, para que continuem empenhados em garantir um ambiente propício para a realização de eleições pacíficas e credíveis, superando as diferenças e construindo pontos de convergência que privilegiem a paz, a segurança, a estabilidade e a reconciliação nacional", enfatizou o Presidente angolano.

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