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Angola deverá iniciar 2018 com uma desvalorização do kwanza

Angola deverá iniciar 2018 com uma desvalorização do kwanza
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Angola deverá iniciar 2018 com uma desvalorização do kwanza, numa proporção ainda desconhecida, no âmbito do Programa de Estabilização Macroeconómica, aprovado pelo Governo, nesta quarta-feira última.

Desde o primeiro trimestre de 2016 que a taxa de câmbio oficial, definida pelo Banco Nacional de Angola (BNA), está fixa nos 166 kwanzas por cada dólar norte-americano e nos 186 kwanzas por cada euro.

Contudo, face à falta de divisas aos balcões dos bancos comerciais, o mercado de rua, que para muitos constitui a única alternativa para aceder a moeda estrangeira, desde as eleições gerais de Agosto que antecipa uma desvalorização oficial da moeda, transacionando, actualmente, cada dólar a 430 kwanzas e cada euro a 510 kwanzas.

Na reunião do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, foi aprovado um Programa de Estabilização Macroeconómica para o ano de 2018, um documento que, segundo informou à Lusa a Presidência, "visa, de forma efectiva, dar início a um processo de ajuste macroeconómico, do ponto de vista fiscal e cambial, que permita o alinhamento da nossa economia a um ambiente referenciado como novo normal".

Não é avançada a proporção da desvalorização da moeda angolana, mas alguns economistas têm defendido como inevitável um corte superior a 20%, o que poderá ter efeitos nos preços, numa altura em que Angola deverá fechar 2017 com uma taxa de inflação superior a 25% (a um ano).

"O Programa de Estabilização Macroeconómica tem como elementos fundamentais a consolidação fiscal e a estabilização do mercado cambial, em torno dos quais se irão mover os demais domínios. As políticas dos sectores monetário, financeiro e real deverão ser conduzidas para o ajustamento fiscal e cambial, bem como para mitigar os efeitos adversos", informou, por seu turno, a Presidência da República, mas sem concretizar medidas.

Ainda segundo o documento, o Governo garante apenas que o programa foi desenvolvido utilizando uma "metodologia robusta que viabiliza a sua implementação efectiva e programática", ao mesmo tempo "que permite um acompanhamento eficiente, considerando os objectivos previstos para cada um dos domínios".

 

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Pedro Kididi

Jornalista

Angola deverá iniciar 2018 com uma desvalorização do kwanza, numa proporção ainda desconhecida, no âmbito do Programa de Estabilização Macroeconómica, aprovado pelo Governo, nesta quarta-feira última.

Desde o primeiro trimestre de 2016 que a taxa de câmbio oficial, definida pelo Banco Nacional de Angola (BNA), está fixa nos 166 kwanzas por cada dólar norte-americano e nos 186 kwanzas por cada euro.

Contudo, face à falta de divisas aos balcões dos bancos comerciais, o mercado de rua, que para muitos constitui a única alternativa para aceder a moeda estrangeira, desde as eleições gerais de Agosto que antecipa uma desvalorização oficial da moeda, transacionando, actualmente, cada dólar a 430 kwanzas e cada euro a 510 kwanzas.

Na reunião do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, foi aprovado um Programa de Estabilização Macroeconómica para o ano de 2018, um documento que, segundo informou à Lusa a Presidência, "visa, de forma efectiva, dar início a um processo de ajuste macroeconómico, do ponto de vista fiscal e cambial, que permita o alinhamento da nossa economia a um ambiente referenciado como novo normal".

Não é avançada a proporção da desvalorização da moeda angolana, mas alguns economistas têm defendido como inevitável um corte superior a 20%, o que poderá ter efeitos nos preços, numa altura em que Angola deverá fechar 2017 com uma taxa de inflação superior a 25% (a um ano).

"O Programa de Estabilização Macroeconómica tem como elementos fundamentais a consolidação fiscal e a estabilização do mercado cambial, em torno dos quais se irão mover os demais domínios. As políticas dos sectores monetário, financeiro e real deverão ser conduzidas para o ajustamento fiscal e cambial, bem como para mitigar os efeitos adversos", informou, por seu turno, a Presidência da República, mas sem concretizar medidas.

Ainda segundo o documento, o Governo garante apenas que o programa foi desenvolvido utilizando uma "metodologia robusta que viabiliza a sua implementação efectiva e programática", ao mesmo tempo "que permite um acompanhamento eficiente, considerando os objectivos previstos para cada um dos domínios".

 

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