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Angola “ainda cresce a um ritmo lento”, afirmou economista Fáusio Mussá

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O economista chefe do Standard Bank para Angola e Moçambique afirmou que Angola “ainda cresce a um ritmo lento”, mas que é esperada uma taxa de crescimento do PIB de 3.3% este ano.

Fáusio Mussá falava nessa quarta-feira durante o Briefing Económico, um evento periódico assinado pelo banco que dirige, quando continuou que “o cenário base de crescimento para Angola reflecte um ritmo de crescimento não materialmente superior ao crescimento populacional, o que mantém a pobreza e o desemprego elevados”.

Apresentando uma preocupação sobre o futuro de Angola, o responsável disse ainda que, “ao olharmos para as perspectivas de médio e longo prazo para o país, destacam-se várias vulnerabilidades, desde a dependência do petróleo à incerteza quanto às perspectivas de investimento”.

Relativamente aos aspectos positivos, realçou que “se Angola não tivesse implementado com sucesso, desde 2018, um conjunto de reformas para estabilizar a economia, apoiadas por um programa com o FMI bem sucedido, muito provavelmente seria necessário um preço de petróleo mais elevado do que o actual para alcançar a estabilidade da moeda, uma redução da inflação, um equilíbrio das contas públicas e a redução da dívida pública”.

Pela primeira vez, desde 2015, espera-se no sector petrolífero um aumento anual da produção de petróleo de 2.7% para 1.155 milhões de barris por dia (m bpd). Apesar da pandemia e do impacto das medidas globais para redução das emissões de carbono, Angola conseguiu mobilizar investimentos no sector petrolífero para estabilizar a produção que decresce desde 2016.

“A manutenção do subsídio aos combustíveis, uma medida que deve ser temporária, uma vez que distorce os preços relativos na economia, e muito provavelmente acaba beneficiando quem não precisa, pois não beneficia de forma eficiente e eficaz os grupos de rendimento baixo e mais desfavorecidos, tem contribuído para a redução da inflação”, explica ainda Fáusio Mussá, acrescentando que “a nossa expectativa é de que a inflação anual desça para níveis em torno dos 16.1% no final do ano, após um pico de 27.7% em Janeiro, e um nível de 24.4% em Maio”, de acordo com a nota enviada ao ONgoma News.

Segundo o economista chefe do Standard Bank para Angola e Moçambique, tem contribuído para a descida da inflação o fortalecimento do Kwanza, que se apreciou 28.2% face ao dólar norte americano, desde o início do ano, e 49.2% nos últimos 12 meses. Continuando, a fonte afirmou que a redução de impostos sobre os produtos de primeira necessidade e a implementação de uma reserva estratégica alimentar desde o início do ano têm também contribuído para a redução da inflação.

Rfira-se então que o Briefing Económico  é um evento que apresenta uma visão geral sobre a conjuntura macro-económica e perspectivas, dando conta, por um lado, de um conjunto de evoluções positivas e favoráveis para a economia nacional, mas também de desafios.

O objectivo desta iniciativa de partilha de conhecimento especializado, produzida pela equipa de Research do Standard Bank, é, uma vez mais, acrescentar valor no que diz respeito aos temas ligados à economia angolana e ao continente africano em geral, remata a nota.

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Redacção

O economista chefe do Standard Bank para Angola e Moçambique afirmou que Angola “ainda cresce a um ritmo lento”, mas que é esperada uma taxa de crescimento do PIB de 3.3% este ano.

Fáusio Mussá falava nessa quarta-feira durante o Briefing Económico, um evento periódico assinado pelo banco que dirige, quando continuou que “o cenário base de crescimento para Angola reflecte um ritmo de crescimento não materialmente superior ao crescimento populacional, o que mantém a pobreza e o desemprego elevados”.

Apresentando uma preocupação sobre o futuro de Angola, o responsável disse ainda que, “ao olharmos para as perspectivas de médio e longo prazo para o país, destacam-se várias vulnerabilidades, desde a dependência do petróleo à incerteza quanto às perspectivas de investimento”.

Relativamente aos aspectos positivos, realçou que “se Angola não tivesse implementado com sucesso, desde 2018, um conjunto de reformas para estabilizar a economia, apoiadas por um programa com o FMI bem sucedido, muito provavelmente seria necessário um preço de petróleo mais elevado do que o actual para alcançar a estabilidade da moeda, uma redução da inflação, um equilíbrio das contas públicas e a redução da dívida pública”.

Pela primeira vez, desde 2015, espera-se no sector petrolífero um aumento anual da produção de petróleo de 2.7% para 1.155 milhões de barris por dia (m bpd). Apesar da pandemia e do impacto das medidas globais para redução das emissões de carbono, Angola conseguiu mobilizar investimentos no sector petrolífero para estabilizar a produção que decresce desde 2016.

“A manutenção do subsídio aos combustíveis, uma medida que deve ser temporária, uma vez que distorce os preços relativos na economia, e muito provavelmente acaba beneficiando quem não precisa, pois não beneficia de forma eficiente e eficaz os grupos de rendimento baixo e mais desfavorecidos, tem contribuído para a redução da inflação”, explica ainda Fáusio Mussá, acrescentando que “a nossa expectativa é de que a inflação anual desça para níveis em torno dos 16.1% no final do ano, após um pico de 27.7% em Janeiro, e um nível de 24.4% em Maio”, de acordo com a nota enviada ao ONgoma News.

Segundo o economista chefe do Standard Bank para Angola e Moçambique, tem contribuído para a descida da inflação o fortalecimento do Kwanza, que se apreciou 28.2% face ao dólar norte americano, desde o início do ano, e 49.2% nos últimos 12 meses. Continuando, a fonte afirmou que a redução de impostos sobre os produtos de primeira necessidade e a implementação de uma reserva estratégica alimentar desde o início do ano têm também contribuído para a redução da inflação.

Rfira-se então que o Briefing Económico  é um evento que apresenta uma visão geral sobre a conjuntura macro-económica e perspectivas, dando conta, por um lado, de um conjunto de evoluções positivas e favoráveis para a economia nacional, mas também de desafios.

O objectivo desta iniciativa de partilha de conhecimento especializado, produzida pela equipa de Research do Standard Bank, é, uma vez mais, acrescentar valor no que diz respeito aos temas ligados à economia angolana e ao continente africano em geral, remata a nota.

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