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AJPD consternada com morte à pancada do cidadão detido pela Polícia

AJPD consternada com morte à pancada do cidadão detido pela Polícia
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A Associação Justiça Paz e Democracia (AJPD) e o Mosaiko - Instituto para a Cidadania manifestaram-se chocados com a morte do cidadão que respondia pelo nome de Zacarias Falso Mussumbo, que em vida trabalhou como segurança nas instalações da União dos Escritores Angolanos, depois de ter sido detido ilegalmente pela Polícia.

De acordo com uma nota de esclarecimento disponibilizada pela AJPD, a triste ocorrência teve lugar no sábado passado, quando um viatura Toyota Fortuner estacionada a escassos metros da União dos Escritores Angolanos, propriedade dela ONG, foi vandalizada, enquanto decorria uma conferência nessa instituição. 

A nota informa que, tendo constatado o vandalismo, os membros da AJPD comunicaram o sucedido à Polícia Nacional, de acordo com as leis nestes casos. “No local, os agentes da Polícia da Esquadra do Cassequel, Distrito Urbano da Maianga, decidiram deter o cidadão que em vida respondia pelo nome de Zacarias Falso Mussumbo, que na data do acontecimento esteve em missão de serviço. De imediato, a AJPD procurou obter informações junto da Esquadra policial depois de decorridas 48 horas, mas sem sucesso, resultando tal facto numa detenção ilegal nos termos do artigo 4 n 1 al-b) e c) da lei 25/15 de 18 de Setembro (Lei das Medidas cautelares em Processo Penal)”, lê-se no documento.

Entretanto, de acordo com uma notícia publicada pelo Jornal de Angola, a autópsia realizada pelos médicos legistas, segundo o porta-voz da Delegação Provincial do Ministério do Interior, Mateus Rodrigues permitiu determinar que as causas da morte do segurança deve-se à agressão física por elementos supostamente, também, detidos na mesma prisão, que provocou traumatismo craniano.

Mateus Rodrigues disse ainda que tão logo se aperceberam da situação, os efectivos do Serviço de Investigação Criminal abriram um processo de averiguações que permitiu apurar, junto dos detidos da mesma cela, que o segurança havia sido brutalmente agredido até à morte, e explicou que os agressores, ao aperceberem-se que a vítima apresentava sérias debilidades de locomoção, clamaram por socorro junto do pessoal da guarnição que transportou a vítima até uma unidade hospitalar, onde acabou por morrer no mesmo dia.

Os três agressores, que cumprem uma pena de longos anos, foram ainda indiciados pelo Ministério Público no crime de homicídio voluntário por espancamento, num processo-crime que  corre os trâmites legais. 

A AJPD  e o Mosaiko, no seu comunicado, repudiaram igualmente “a tentativa de se assacar a responsabilidade ao presidente da associação, com a tentativa de linchamento público por via das redes sociais pelo facto de a organização ter procedido à apresentação da queixa crime pelo roubo à viatura”.

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Pedro Kididi

Jornalista

A Associação Justiça Paz e Democracia (AJPD) e o Mosaiko - Instituto para a Cidadania manifestaram-se chocados com a morte do cidadão que respondia pelo nome de Zacarias Falso Mussumbo, que em vida trabalhou como segurança nas instalações da União dos Escritores Angolanos, depois de ter sido detido ilegalmente pela Polícia.

De acordo com uma nota de esclarecimento disponibilizada pela AJPD, a triste ocorrência teve lugar no sábado passado, quando um viatura Toyota Fortuner estacionada a escassos metros da União dos Escritores Angolanos, propriedade dela ONG, foi vandalizada, enquanto decorria uma conferência nessa instituição. 

A nota informa que, tendo constatado o vandalismo, os membros da AJPD comunicaram o sucedido à Polícia Nacional, de acordo com as leis nestes casos. “No local, os agentes da Polícia da Esquadra do Cassequel, Distrito Urbano da Maianga, decidiram deter o cidadão que em vida respondia pelo nome de Zacarias Falso Mussumbo, que na data do acontecimento esteve em missão de serviço. De imediato, a AJPD procurou obter informações junto da Esquadra policial depois de decorridas 48 horas, mas sem sucesso, resultando tal facto numa detenção ilegal nos termos do artigo 4 n 1 al-b) e c) da lei 25/15 de 18 de Setembro (Lei das Medidas cautelares em Processo Penal)”, lê-se no documento.

Entretanto, de acordo com uma notícia publicada pelo Jornal de Angola, a autópsia realizada pelos médicos legistas, segundo o porta-voz da Delegação Provincial do Ministério do Interior, Mateus Rodrigues permitiu determinar que as causas da morte do segurança deve-se à agressão física por elementos supostamente, também, detidos na mesma prisão, que provocou traumatismo craniano.

Mateus Rodrigues disse ainda que tão logo se aperceberam da situação, os efectivos do Serviço de Investigação Criminal abriram um processo de averiguações que permitiu apurar, junto dos detidos da mesma cela, que o segurança havia sido brutalmente agredido até à morte, e explicou que os agressores, ao aperceberem-se que a vítima apresentava sérias debilidades de locomoção, clamaram por socorro junto do pessoal da guarnição que transportou a vítima até uma unidade hospitalar, onde acabou por morrer no mesmo dia.

Os três agressores, que cumprem uma pena de longos anos, foram ainda indiciados pelo Ministério Público no crime de homicídio voluntário por espancamento, num processo-crime que  corre os trâmites legais. 

A AJPD  e o Mosaiko, no seu comunicado, repudiaram igualmente “a tentativa de se assacar a responsabilidade ao presidente da associação, com a tentativa de linchamento público por via das redes sociais pelo facto de a organização ter procedido à apresentação da queixa crime pelo roubo à viatura”.

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