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Empreendedorismo

“Acho que nós, mulheres, precisamos de criar espaços que tornem maior o nosso espaço de acção”, afirma empresária Andreia Martins

“Acho que nós, mulheres, precisamos de criar espaços que tornem maior o nosso espaço de acção”, afirma empresária Andreia Martins
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Andrade Lino

A administradora financeira da Fábrica de Cimento do Kwanza Sul, Andreia Martins, afirmou que as mulheres precisam de criar espaços que tornem maior o seu espaço de acção, pois devem sentir-se responsáveis, sabendo que há muita coisa para se fazer.

“Infelizmente, ainda estamos numa sociedade muito masculina e contamos o número de mulheres que têm uma voz activa. Então, acho importante que nós tomemos como valor o nosso potencial e criemos espaços para nós mesmas e comecemos  a apoiar-nos umas às outras, e mais do que apenas competirmos,  sermos companheiras de facto e vermos também que sinergias montar”, acrescentou a responsável, que falou por ocasião do lançamento do WED (Women´s Entrepreneurship Day) em Angola, uma plataforma mundial que pretende empoderar as mulheres a nível do empreendedorismo.

A propósito do evento, que aconteceu nesse último sábado, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, manifestou ter-se sentido “mesmo” tocada, “por ser notável ainda que as mulheres estejam no anonimato”.

“Mas o facto é que nós estamos em todos os fóruns. Nós começamos dentro de casa e somos nós que damos vida aos homens que vão para a rua, somos nós que os criamos e educamos, e então acho que a mulher joga um papel muito importante na formação. Eu valorizo muito o capital humano, e acho que aquilo que fazemos, mesmo que seja igual ao que outra pessoa faz, acredito que vai ser diferente, porque eu possuo uma valência e aquela pessoa possui outra. Assim sendo, tudo o que nós fazemos parte muito do indivíduo, daí eu valorizar muito o empoderamento, o senso de responsabilidade, o sacrifício, e nós temos que contribuir mais do que já o fazemos”, argumentou Andreia Martins, que, mostrando-se impactada com o acontecimento, afirmou ser de opinião que as mulheres fazem a diferença onde quer que estejam: “dentro da nossa casa, no local de trabalho, na igreja, ciclo de amigas, enfim, porque não é necessário ir-se distante dessa realidade para ser-se empreendedora”.

A convidada disse ainda que, às vezes, o emprendedorismo não está ligado com um ganho financeiro directo. É, porém, “o potenciarmos uma pessoa, de modo que ela consiga gerar emprego ou adicionar valor a alguma coisa”, argumentando, acrescentando que os empreendedores devem escolher.

“Devemos escolher um foco, alguma coisa que nós consideremos inspiração e  motivação, e dentro disso clarificar e identificar tudo aquilo que é necessário para atingirmos o nosso objectivo. É preciso muita disciplina e nós sabermos que não sabemos tudo e precisamos de pessoas para ajudar-nos nessa caminhada, que sejam competentes naquilo que é necessário fazer para a implementação do nosso projecto”, aconselhou, tendo esclarecido que é preciso ter espírito de sacrifício, porque, na caminhada do empreendedorismo, são muitos os obstáculos que “nos” fazem parar ou pelo menos atrasar o “nosso” percurso.

“Temos, entretanto, que manter os olhos no nosso foco e saber que se cairmos temos que nos levantar, tantas quantas forem as vezes, principalmente se ele for grande o suficiente”, recomendou. 

Por sua vez, a estilista angolana Nadir Tati, também oradora convidada, além de Lourdes Caposso Fernandes, advogada e presidente do Grupo CFL, relevou a importância de se realizarem mais eventos cujo foco seja o papel da mulher e como ela pode ser inserida na sociedade.

“Este tipo de eventos e esta união só vêm ajudar a abrir as nossas mentes, porque essencialmente aprendemos umas com as outras. Para mim, foi uma honra participar desse evento e ser uma daquelas pessoas que chega no coração da mulher angolana”, declarou.

Realizado a propósito do Dia Global da Mulher Empreendedora, assinalado a 19 de Novembro, consagrado pela Organização das Nações Unidas, o  WED (Women´s Entrepreneurship Day), afirmou, Lúcia Fernandes Stanilas, embaixadora do projecto em Angola, é uma iniciativa tem sucesso garantido cá no país, “pois as mulheres ficaram bastante satisfeitas” e a organização pretende, dessa forma, continuar a lançar estratégias e organizar eventos para que as pessoas possam participar e realmente beberem da experiência dessa plataforma.

“Queremos ainda lançar iniciativas económicas, startups, todas que se direccionem à causa da redução da pobreza, através do empreendedorismo”, avançou, em entrevista ao ONgoma.

O objectivo para os embaixadores do WED, em 2017, é dimensionar e aprofundar estratégias de impacto global.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A administradora financeira da Fábrica de Cimento do Kwanza Sul, Andreia Martins, afirmou que as mulheres precisam de criar espaços que tornem maior o seu espaço de acção, pois devem sentir-se responsáveis, sabendo que há muita coisa para se fazer.

“Infelizmente, ainda estamos numa sociedade muito masculina e contamos o número de mulheres que têm uma voz activa. Então, acho importante que nós tomemos como valor o nosso potencial e criemos espaços para nós mesmas e comecemos  a apoiar-nos umas às outras, e mais do que apenas competirmos,  sermos companheiras de facto e vermos também que sinergias montar”, acrescentou a responsável, que falou por ocasião do lançamento do WED (Women´s Entrepreneurship Day) em Angola, uma plataforma mundial que pretende empoderar as mulheres a nível do empreendedorismo.

A propósito do evento, que aconteceu nesse último sábado, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, manifestou ter-se sentido “mesmo” tocada, “por ser notável ainda que as mulheres estejam no anonimato”.

“Mas o facto é que nós estamos em todos os fóruns. Nós começamos dentro de casa e somos nós que damos vida aos homens que vão para a rua, somos nós que os criamos e educamos, e então acho que a mulher joga um papel muito importante na formação. Eu valorizo muito o capital humano, e acho que aquilo que fazemos, mesmo que seja igual ao que outra pessoa faz, acredito que vai ser diferente, porque eu possuo uma valência e aquela pessoa possui outra. Assim sendo, tudo o que nós fazemos parte muito do indivíduo, daí eu valorizar muito o empoderamento, o senso de responsabilidade, o sacrifício, e nós temos que contribuir mais do que já o fazemos”, argumentou Andreia Martins, que, mostrando-se impactada com o acontecimento, afirmou ser de opinião que as mulheres fazem a diferença onde quer que estejam: “dentro da nossa casa, no local de trabalho, na igreja, ciclo de amigas, enfim, porque não é necessário ir-se distante dessa realidade para ser-se empreendedora”.

A convidada disse ainda que, às vezes, o emprendedorismo não está ligado com um ganho financeiro directo. É, porém, “o potenciarmos uma pessoa, de modo que ela consiga gerar emprego ou adicionar valor a alguma coisa”, argumentando, acrescentando que os empreendedores devem escolher.

“Devemos escolher um foco, alguma coisa que nós consideremos inspiração e  motivação, e dentro disso clarificar e identificar tudo aquilo que é necessário para atingirmos o nosso objectivo. É preciso muita disciplina e nós sabermos que não sabemos tudo e precisamos de pessoas para ajudar-nos nessa caminhada, que sejam competentes naquilo que é necessário fazer para a implementação do nosso projecto”, aconselhou, tendo esclarecido que é preciso ter espírito de sacrifício, porque, na caminhada do empreendedorismo, são muitos os obstáculos que “nos” fazem parar ou pelo menos atrasar o “nosso” percurso.

“Temos, entretanto, que manter os olhos no nosso foco e saber que se cairmos temos que nos levantar, tantas quantas forem as vezes, principalmente se ele for grande o suficiente”, recomendou. 

Por sua vez, a estilista angolana Nadir Tati, também oradora convidada, além de Lourdes Caposso Fernandes, advogada e presidente do Grupo CFL, relevou a importância de se realizarem mais eventos cujo foco seja o papel da mulher e como ela pode ser inserida na sociedade.

“Este tipo de eventos e esta união só vêm ajudar a abrir as nossas mentes, porque essencialmente aprendemos umas com as outras. Para mim, foi uma honra participar desse evento e ser uma daquelas pessoas que chega no coração da mulher angolana”, declarou.

Realizado a propósito do Dia Global da Mulher Empreendedora, assinalado a 19 de Novembro, consagrado pela Organização das Nações Unidas, o  WED (Women´s Entrepreneurship Day), afirmou, Lúcia Fernandes Stanilas, embaixadora do projecto em Angola, é uma iniciativa tem sucesso garantido cá no país, “pois as mulheres ficaram bastante satisfeitas” e a organização pretende, dessa forma, continuar a lançar estratégias e organizar eventos para que as pessoas possam participar e realmente beberem da experiência dessa plataforma.

“Queremos ainda lançar iniciativas económicas, startups, todas que se direccionem à causa da redução da pobreza, através do empreendedorismo”, avançou, em entrevista ao ONgoma.

O objectivo para os embaixadores do WED, em 2017, é dimensionar e aprofundar estratégias de impacto global.

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