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“A tecnologia alavanca os negócios em qualquer segmento”, afirma empreendedora Emília Dias

“A tecnologia alavanca os negócios em qualquer segmento”, afirma empreendedora Emília Dias
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Andrade Lino

Embora as mulheres ainda sejam minoria na área de marketing digital, a empreendedora angolana Emília Dias entende que “a tecnologia alavanca os negócios em qualquer segmento, porque as mulheres podem até estar a empreender noutras áreas, mas são auxiliadas pela tecnologia para poderem fazer essa expansão”.

Falando por ocasião do primeiro workshop Women Techmakers Luanda, decorrido neste último sábado na Universidade Metodista de Angola, iniciativa focada numa maior participação da ala feminina no mundo da tecnologia, a oradora reparou que não se trata de um bicho-de-sete-cabeças, que as mulheres podem aprender sobre marketing digital, trabalhar e explorar as valências que a área as confere, de forma positiva.

“Precisamos de olhar para nós como um ser capaz de operar na área, claro, desde que haja interesse e dedicação que são exigidos em qualquer uma das esferas sociais”, observou a convidada, tendo exemplificado que, “hoje, a maior parte dos negócios, digamos, catalogados como femininos, têm uma forte presença nas redes sociais, têm um processo de entrega ou e-commerce, em que está alicerçada a parte de venda dos canais”.

Emília Dias acredita ainda que o tem que ser feito é dar mais oportunidade e criar eventos ou cursos para as mulheres, mas que acima de tudo elas percebam que é uma mais-valia, para elas, enquanto empreendedoras, terem domínio dessas ferramentas, porque por mais que se criem condições, se as pessoas não tiverem a atitude certa ou perceberem a importância da ferramenta que lhes forem disponibilizadas, nunca vão explorá-las como deve ser.

“Então, o que tentamos fazer hoje é exortar ou elucidar as mulheres (e todo mundo) sobre as vantagens de trabalhar com tecnologia, seja em que domínio for”, disse a palestrante, que apresentou o tema “A mulher e o marketing digital”.

Para maior esclarecimento, a também co-fundadora do portal ABC do Empreendedor, que ajuda pessoas a planear ideias e iniciar um negócio, fez referência ao impacto da tecnologia na lide doméstica: “Hoje temos máquina de lavar roupa, temos micro-ondas, tudo isso reduz o tempo que a mulher dedica aos trabalhos domésticos e ganha mais facilidade de conciliar a carreira e a família, tendo a tecnologia do seu lado”.

Por outro lado, em relação às várias discussões existentes sobre igualdade de género, explicou que a ideia nunca foi aniquilar os homens, pois não existe uma sociedade em que os homens e as mulheres vão estar de costas viradas, tendo sido feitos para serem um ser único.

Assim sendo, defende que a base social é a família e só existe uma família quando há essa junção entre os dois lados, daí ser importante que cada um perceba o seu papel para se conseguir fazer a fotografia completa.

“Não somos melhores nem piores que os homens. A única coisa que tem que estar clara é que tanto homens quanto mulheres têm que ter as mesmas oportunidades, embora sejam seres distintos, porque intelectualmente não há diferença entre um e o outro”, afirmou.

Ademais, a marketeer lembrou que várias criações tecnologias estiveram a cargo de mulheres, como o Wi-Fi, destacou a estadunidense Katherine Johnson pelo primeiro cálculo de voo da maior operação espacial humana, e ainda como exemplo, disse, está o facto de que a primeira seringa foi inventada por uma mulher.

Portanto, para a gestora, as mulheres não têm como achar que não são capazes, porque a história mostra que sim. “O foco agora é mostrar que conseguimos ter impacto na sociedade e melhorar a vida das pessoas”, precisou.

Como empreendedora, Emília Dias aconselha as pessoas perceberem que devem explorar o seu talento ao máximo e estar preparadas para as falhas e fracassos.

“Quando começamos a empreender, estamos com aquela adrenalina do princípio e estamos sempre a idealizar um futuro brilhante e positivo. A nossa maior dificuldade está em aceitar o fracasso. Mas quando estamos preparados psicologicamente, sabemos que pode ou não acontecer, porque em tudo na vida, perseverança é o mais importante, sendo que nenhuma falha é permanente”, expressou.

Finalmente, avaliou de forma positiva o evento, relevando a necessidade de se aconselhar mais mulheres a fazerem parte porque há potencial.

“O melhor destes eventos é a possibilidade de se aprender uns com os outros”, sublinhou.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Embora as mulheres ainda sejam minoria na área de marketing digital, a empreendedora angolana Emília Dias entende que “a tecnologia alavanca os negócios em qualquer segmento, porque as mulheres podem até estar a empreender noutras áreas, mas são auxiliadas pela tecnologia para poderem fazer essa expansão”.

Falando por ocasião do primeiro workshop Women Techmakers Luanda, decorrido neste último sábado na Universidade Metodista de Angola, iniciativa focada numa maior participação da ala feminina no mundo da tecnologia, a oradora reparou que não se trata de um bicho-de-sete-cabeças, que as mulheres podem aprender sobre marketing digital, trabalhar e explorar as valências que a área as confere, de forma positiva.

“Precisamos de olhar para nós como um ser capaz de operar na área, claro, desde que haja interesse e dedicação que são exigidos em qualquer uma das esferas sociais”, observou a convidada, tendo exemplificado que, “hoje, a maior parte dos negócios, digamos, catalogados como femininos, têm uma forte presença nas redes sociais, têm um processo de entrega ou e-commerce, em que está alicerçada a parte de venda dos canais”.

Emília Dias acredita ainda que o tem que ser feito é dar mais oportunidade e criar eventos ou cursos para as mulheres, mas que acima de tudo elas percebam que é uma mais-valia, para elas, enquanto empreendedoras, terem domínio dessas ferramentas, porque por mais que se criem condições, se as pessoas não tiverem a atitude certa ou perceberem a importância da ferramenta que lhes forem disponibilizadas, nunca vão explorá-las como deve ser.

“Então, o que tentamos fazer hoje é exortar ou elucidar as mulheres (e todo mundo) sobre as vantagens de trabalhar com tecnologia, seja em que domínio for”, disse a palestrante, que apresentou o tema “A mulher e o marketing digital”.

Para maior esclarecimento, a também co-fundadora do portal ABC do Empreendedor, que ajuda pessoas a planear ideias e iniciar um negócio, fez referência ao impacto da tecnologia na lide doméstica: “Hoje temos máquina de lavar roupa, temos micro-ondas, tudo isso reduz o tempo que a mulher dedica aos trabalhos domésticos e ganha mais facilidade de conciliar a carreira e a família, tendo a tecnologia do seu lado”.

Por outro lado, em relação às várias discussões existentes sobre igualdade de género, explicou que a ideia nunca foi aniquilar os homens, pois não existe uma sociedade em que os homens e as mulheres vão estar de costas viradas, tendo sido feitos para serem um ser único.

Assim sendo, defende que a base social é a família e só existe uma família quando há essa junção entre os dois lados, daí ser importante que cada um perceba o seu papel para se conseguir fazer a fotografia completa.

“Não somos melhores nem piores que os homens. A única coisa que tem que estar clara é que tanto homens quanto mulheres têm que ter as mesmas oportunidades, embora sejam seres distintos, porque intelectualmente não há diferença entre um e o outro”, afirmou.

Ademais, a marketeer lembrou que várias criações tecnologias estiveram a cargo de mulheres, como o Wi-Fi, destacou a estadunidense Katherine Johnson pelo primeiro cálculo de voo da maior operação espacial humana, e ainda como exemplo, disse, está o facto de que a primeira seringa foi inventada por uma mulher.

Portanto, para a gestora, as mulheres não têm como achar que não são capazes, porque a história mostra que sim. “O foco agora é mostrar que conseguimos ter impacto na sociedade e melhorar a vida das pessoas”, precisou.

Como empreendedora, Emília Dias aconselha as pessoas perceberem que devem explorar o seu talento ao máximo e estar preparadas para as falhas e fracassos.

“Quando começamos a empreender, estamos com aquela adrenalina do princípio e estamos sempre a idealizar um futuro brilhante e positivo. A nossa maior dificuldade está em aceitar o fracasso. Mas quando estamos preparados psicologicamente, sabemos que pode ou não acontecer, porque em tudo na vida, perseverança é o mais importante, sendo que nenhuma falha é permanente”, expressou.

Finalmente, avaliou de forma positiva o evento, relevando a necessidade de se aconselhar mais mulheres a fazerem parte porque há potencial.

“O melhor destes eventos é a possibilidade de se aprender uns com os outros”, sublinhou.

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