O Presidente da Comissão Executiva da Angola Cables, António Nunes, afirmou que a internet em Angola é cara porque não é uma coisa isolada do país, “onde tudo é caro. Ela está inserida num processo, e a conjuntura faz com que os valores sejam de tal envergadura.”
O responsável, que falou por ocasião do First Friday, um encontro dirigido à comunidade empresarial, realizado todas as primeiras sextas-feiras de cada mês pela Câmara de Comércio Angola – EUA (USACC, sigla em inglês), no Hotel Trópico, e que desta vez centrou-se sobre “O Impacto das Telecomunicações no ecossistema nacional e internacional”, realçou a necessidade de se mudar este paradigma.
“Os operadores nacionais têm que se interligar internacionalmente. Esse valor reduziu significativamente desde que os cabos submarinos WACS entraram em serviço. O preço da internet tem vindo a crescer constantemente, mesmo com o problema da desvalorização do kwanza que enfrentamos”, continuou, e por outro lado, garantiu que os investimentos que estão a ser feitos pela Angola Cables vão influenciar positivamente as operações das empresas, o transporte de produtos, a geração de receitas e uma melhoria significativa da internet a nível do seu custo de qualidade no mercado nacional.
António Nunes esclareceu que a empresa não faz cobertura nacional, mas desenvolve os cabos submarinos internacionais, que estão a ser instalados, e neste momento encontra-se nos testes finais do cabo SACS, que liga África à América do Sul, com previsão de operação em Setembro.
“A Angola Cables, devido à crise, não manteve os mesmos custos, porque os custos aumentaram para todos, todos os salários desvalorizam-se e os custos a nível nacional aumentaram também. O que não variou foi o valor de venda da internet. E embora a demanda tenha decrescido, conseguimos arranjar sinergias. Isso não trouxe prejuízos à empresa porque nos tornamos mais eficientes, ou seja, conseguimos produzir mais pelo mesmo valor”, revelou o empresário, que partilhou ainda que espera pelo melhoramento das comunicações internacionais, “que se estão a tornar cada vez mais uma realidade”.
“Hoje passamos a ser uma empresa internacional e isto é um ganho para o país. A totalidade da internet que oferecemos é aquilo que o mercado necessita”, avaliou, clareando que não é a Angola Cables que injecta internet no país, é o país é que consome a internet, e neste momento tem capacidade suficiente para fornecer ao país toda a internet que é precisa.
Em entrevista à imprensa, fez saber também que a demanda actual de internet, a nível nacional, ronda os 12 gigas de capacidade, com uma oferta acima dos 80%, estando a oferta anual entre os 40 milhões de dólares.
Questionado sobre o paralelismo que poder haver entre os cabos submarinos e o satélite, o gestor explicou que a sua instituição faz a conectividade internacional e traz a internet ao ponto angolano de distribuição, e o satélite, por sua vez, tem a função de distribuir esta mesma internet e a conectividade pelo resto do país, visto que os cabos submarinos internacionais só chegam a Luanda.
Assim sendo, explicou, uma das funções do satélite é efectivamente ter uma abrangência nacional de cobertura, como uma continuidade da rede.
“Com a entrada do satélite, o país terá uma cobertura de 100%. No entanto, a capacidade do satélite é significativamente mais pequena do que a dos cabos submarinos. Se tivermos uma demanda muito grande, se consumirmos muitos vídeos, muita música, esta internet por satélite já não é eficiente e continua a ser muito cara. Daí que precisamos de conectividade terrestre para que a demanda e a qualidade seja boa e o preço seja baixo. Para isso, é necessário haver infra-estruturas nacionais, fibra óptica para as determinadas províncias nacionais”, observou.
De acordo com a Presidente da USACC, Maria da Cruz, este First Friday foi especial pelo facto que a Angola Cables, “cujo trabalho raramente se ouve falar, apresentou ao sector privado como é que está a levar Angola ao mundo”.
“A Angola Cables demonstra que há empresas angolanas de nível internacional que se estão a conseguir manter no ambiente de negócios e capazes de cativar os investidores estrangeiros”, acredita.
O Presidente da Comissão Executiva da Angola Cables, António Nunes, afirmou que a internet em Angola é cara porque não é uma coisa isolada do país, “onde tudo é caro. Ela está inserida num processo, e a conjuntura faz com que os valores sejam de tal envergadura.”
O responsável, que falou por ocasião do First Friday, um encontro dirigido à comunidade empresarial, realizado todas as primeiras sextas-feiras de cada mês pela Câmara de Comércio Angola – EUA (USACC, sigla em inglês), no Hotel Trópico, e que desta vez centrou-se sobre “O Impacto das Telecomunicações no ecossistema nacional e internacional”, realçou a necessidade de se mudar este paradigma.
“Os operadores nacionais têm que se interligar internacionalmente. Esse valor reduziu significativamente desde que os cabos submarinos WACS entraram em serviço. O preço da internet tem vindo a crescer constantemente, mesmo com o problema da desvalorização do kwanza que enfrentamos”, continuou, e por outro lado, garantiu que os investimentos que estão a ser feitos pela Angola Cables vão influenciar positivamente as operações das empresas, o transporte de produtos, a geração de receitas e uma melhoria significativa da internet a nível do seu custo de qualidade no mercado nacional.
António Nunes esclareceu que a empresa não faz cobertura nacional, mas desenvolve os cabos submarinos internacionais, que estão a ser instalados, e neste momento encontra-se nos testes finais do cabo SACS, que liga África à América do Sul, com previsão de operação em Setembro.
“A Angola Cables, devido à crise, não manteve os mesmos custos, porque os custos aumentaram para todos, todos os salários desvalorizam-se e os custos a nível nacional aumentaram também. O que não variou foi o valor de venda da internet. E embora a demanda tenha decrescido, conseguimos arranjar sinergias. Isso não trouxe prejuízos à empresa porque nos tornamos mais eficientes, ou seja, conseguimos produzir mais pelo mesmo valor”, revelou o empresário, que partilhou ainda que espera pelo melhoramento das comunicações internacionais, “que se estão a tornar cada vez mais uma realidade”.
“Hoje passamos a ser uma empresa internacional e isto é um ganho para o país. A totalidade da internet que oferecemos é aquilo que o mercado necessita”, avaliou, clareando que não é a Angola Cables que injecta internet no país, é o país é que consome a internet, e neste momento tem capacidade suficiente para fornecer ao país toda a internet que é precisa.
Em entrevista à imprensa, fez saber também que a demanda actual de internet, a nível nacional, ronda os 12 gigas de capacidade, com uma oferta acima dos 80%, estando a oferta anual entre os 40 milhões de dólares.
Questionado sobre o paralelismo que poder haver entre os cabos submarinos e o satélite, o gestor explicou que a sua instituição faz a conectividade internacional e traz a internet ao ponto angolano de distribuição, e o satélite, por sua vez, tem a função de distribuir esta mesma internet e a conectividade pelo resto do país, visto que os cabos submarinos internacionais só chegam a Luanda.
Assim sendo, explicou, uma das funções do satélite é efectivamente ter uma abrangência nacional de cobertura, como uma continuidade da rede.
“Com a entrada do satélite, o país terá uma cobertura de 100%. No entanto, a capacidade do satélite é significativamente mais pequena do que a dos cabos submarinos. Se tivermos uma demanda muito grande, se consumirmos muitos vídeos, muita música, esta internet por satélite já não é eficiente e continua a ser muito cara. Daí que precisamos de conectividade terrestre para que a demanda e a qualidade seja boa e o preço seja baixo. Para isso, é necessário haver infra-estruturas nacionais, fibra óptica para as determinadas províncias nacionais”, observou.
De acordo com a Presidente da USACC, Maria da Cruz, este First Friday foi especial pelo facto que a Angola Cables, “cujo trabalho raramente se ouve falar, apresentou ao sector privado como é que está a levar Angola ao mundo”.
“A Angola Cables demonstra que há empresas angolanas de nível internacional que se estão a conseguir manter no ambiente de negócios e capazes de cativar os investidores estrangeiros”, acredita.