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“A inclusão social das pessoas com deficiência é um imperativo e não uma alternativa”, aclara Inoque Bernardo

“A inclusão social das pessoas com deficiência é um imperativo e não uma alternativa”, aclara Inoque Bernardo
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“A inclusão social das pessoas com deficiência é um imperativo e não uma alternativa”, aclarou o secretário de Cooperação, Informação e Advocacia da ANDA (Associação Nacional dos Deficientes de Angola), Inoque Bernardo, em entrevista ao ONgoma News, aquando de uma palestra sobre “Pessoas com deficiência em Situação de risco ou de Exclusão Social”, realizada recentemente na Mediateca de Luanda.

Inoque Bernardo adverte que “os vários estratos sociais devem intervir no assunto, para que de um modo geral encontremos meios para a reintegração social das pessoas com deficiência e tirar as políticas das gavetas para serem postas em prática”.

Quanto ao processo de ensino, o entrevistado sensibiliza que as famílias, as instituições públicas e  privadas e os professores devem dar prioridade de aprender devem desenvolver acções de se sensibilização. “A pessoa com deficiência nasceu com alguma redução das suas capacidades motoras, mas têm todos os direitos, precisa de estudar e as famílias, quando tiverem uma pessoa nestas condições, não devem esconder nem fazer com que ela se retraia”, aconselhou.

Enoque Bernardo secretário de Cooperação, Informação e Advocacia da ANDA/ Foto: Angop

Inoque Bernardo fez menção, por exemplo, às dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam em encontrar o primeiro emprego. “Os empregadores quando olham para a pessoa com deficiência, a primeira coisa que pensam é que é inválida, ao invés de dar a oportunidade para que ela possa mostrar o que sabe fazer”, disse, frisando, por outro lado, a questão arquitectónica da cidade e das empresas que não contemplam condições de mobilidade para os trabalhadores nestas condições. “Quando se faz uma construção, é preciso pensar que pessoas com deficiência também serão utentes, para que haja inclusão”, defendeu.

Por sua vez, Alberto Viagem, assistente de projecto da Mbakita, uma organização com a missão de inclusão social, entende que se deve criar mecanismos de integração e depois olhar para as necessidades das pessoas com deficiência.

A exclusão, explica Alberto Viagem, “não acontece simplesmente com pessoas inactivas, mas também com as activas”, afirmou, exemplificando que o povo Khoisan, tendo em conta a fraca participação na vida sociedade e pública, e a inexistência de projectos que visem garantir a protecção deste clã e serviços sociais básicos, pode-se considerar que esteja em situação de exclusão social.

Por último, Bruno Cambundo, professor do ICRA, acredita que as dificuldades das pessoas com deficiência em encontrar emprego são problemas estruturais. “Apesar de existir um artigo que abre espaço de empregabilidade destas pessoas, não há uma fiscalização da sua prática”, afirmou, assegurando então que “é preciso que a sociedade civil, em prol da cidadania, possa actuar, no sentido de fazer com que estas leis criadas se materializem”, finalizou.

 

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Pedro Kididi

Jornalista

“A inclusão social das pessoas com deficiência é um imperativo e não uma alternativa”, aclarou o secretário de Cooperação, Informação e Advocacia da ANDA (Associação Nacional dos Deficientes de Angola), Inoque Bernardo, em entrevista ao ONgoma News, aquando de uma palestra sobre “Pessoas com deficiência em Situação de risco ou de Exclusão Social”, realizada recentemente na Mediateca de Luanda.

Inoque Bernardo adverte que “os vários estratos sociais devem intervir no assunto, para que de um modo geral encontremos meios para a reintegração social das pessoas com deficiência e tirar as políticas das gavetas para serem postas em prática”.

Quanto ao processo de ensino, o entrevistado sensibiliza que as famílias, as instituições públicas e  privadas e os professores devem dar prioridade de aprender devem desenvolver acções de se sensibilização. “A pessoa com deficiência nasceu com alguma redução das suas capacidades motoras, mas têm todos os direitos, precisa de estudar e as famílias, quando tiverem uma pessoa nestas condições, não devem esconder nem fazer com que ela se retraia”, aconselhou.

Enoque Bernardo secretário de Cooperação, Informação e Advocacia da ANDA/ Foto: Angop

Inoque Bernardo fez menção, por exemplo, às dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam em encontrar o primeiro emprego. “Os empregadores quando olham para a pessoa com deficiência, a primeira coisa que pensam é que é inválida, ao invés de dar a oportunidade para que ela possa mostrar o que sabe fazer”, disse, frisando, por outro lado, a questão arquitectónica da cidade e das empresas que não contemplam condições de mobilidade para os trabalhadores nestas condições. “Quando se faz uma construção, é preciso pensar que pessoas com deficiência também serão utentes, para que haja inclusão”, defendeu.

Por sua vez, Alberto Viagem, assistente de projecto da Mbakita, uma organização com a missão de inclusão social, entende que se deve criar mecanismos de integração e depois olhar para as necessidades das pessoas com deficiência.

A exclusão, explica Alberto Viagem, “não acontece simplesmente com pessoas inactivas, mas também com as activas”, afirmou, exemplificando que o povo Khoisan, tendo em conta a fraca participação na vida sociedade e pública, e a inexistência de projectos que visem garantir a protecção deste clã e serviços sociais básicos, pode-se considerar que esteja em situação de exclusão social.

Por último, Bruno Cambundo, professor do ICRA, acredita que as dificuldades das pessoas com deficiência em encontrar emprego são problemas estruturais. “Apesar de existir um artigo que abre espaço de empregabilidade destas pessoas, não há uma fiscalização da sua prática”, afirmou, assegurando então que “é preciso que a sociedade civil, em prol da cidadania, possa actuar, no sentido de fazer com que estas leis criadas se materializem”, finalizou.

 

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