Entrevista
Elsa Mussengue

“A beleza tem a ver com a pessoa sentir-se bem na sua própria pele”

“A beleza tem a ver com a pessoa sentir-se bem na sua própria pele”
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DR

O que a levou a entrar no  mundo da moda?

A minha entrada para o mundo da moda foi planeada, sendo que sempre foi um sonho estar nos holofotes das passerelles. Comecei por intermédio de alguns amigos que me levaram para uma Agência de moda onde aprendi as primeiras técnicas das passerelles, mas foi mesmo depois de ter participado no concurso de moda STEP Look  que o bichinho começou a falar mais alto graças aos bons olhos de Karina Barbosa e Kayaya Júnior e ao meu bom empenho e dedicação que se ascendeu a grande modelo que hoje me tornei.

Enquanto manequim profissional vejo que a "ditadura da beleza" é uma lei que impera, e se não houver uma adaptação não conseguimos os trabalhos...

Como era a Elsa Mussengue oito anos atrás?

Era uma menina muito simples, de relacionamentos cuidadosos  e cheia de sonhos.

Já podemos considera-la uma profissional da moda? Se sim, o que fez para atingir este patamar?

Sim!!!. Sinto-me muito surpreendida com o nível de profissionalismo atingido, fruto do meu empenho de corpo e alma atrás desse sonho de muitos anos…

A maternidade ajuda ou atrapalha o seu trabalho de modelo?

Tem de existir uma boa gestão pessoal e ter pessoas ao nosso redor que nos ajudam a contornar certas  situações. Na verdade, a maternidade amadureceu-me. Posso considerar que  em termos psicológicos e espirituais a maternidade só veio ajudar. Mesmo até a nível fisiológico, penso que nunca estive tão bem comigo mesma e com o meu corpo como agora.

"Como modelo, é imperativo que haja alguns cuidados!"

Tem hábitos específicos ou algum ritual para manter o corpo?

Como modelo, é imperativo que haja alguns cuidados! Procuro sempre ter uma alimentação equilibrada,  sou muito exigente no que diz respeito aos horários das refeições principais e como várias vezes ao dia, tal como aconselham os nutricionistas, de modo a evitar a perca da boa forma física e eventuais problemas de saúde. E vou ao ginásio pelo menos cinco vezes na semana, sem falhar ainda os cuidados estéticos.

Qual é a sua opinião sobre a questão da "Ditadura da Beleza"?

Enquanto manequim profissional vejo que a "ditadura da beleza" é uma lei que impera, e se não houver uma adaptação não conseguimos os trabalhos... Mas quando nos referimos à beleza no geral, em termos do bem-estar das pessoas comuns, se houver esta ditadura ela será nociva, pois pode mexer com o bem-estar e a auto-estima das pessoas. É importante que se perceba que uma manequim tem o seu trabalho que a obriga a ter uma certa imagem mas que as pessoas que não exercem esta profissão não se devem deixar dominar pelas imagens das revistas, desfiles e anúncios de TV. Nós vendemos um sonho, mas para mim a beleza tem a ver com a pessoa sentir-se bem na sua própria pele e ser essencialmente saudável e feliz.

Tenho planos a curto prazo de começar a exercer uma profissão ligada à minha formação académica, mas sem abdicar da moda. Penso que a moda é intrínseca a mim.  

Em algum momento sentiu não ser a moda a sua praia, resultado de uma dificuldade que tenha vivido? Que momento foi?

Justamente no princípio da minha carreira como modelo quando fui desafiada com a tal “ditadura da beleza”, isto é, com a falta de certos requisitos físicos para a moda e senti que talvez não fosse a  minha onda e que não valia a pena continua. Mas o sonho e a vontade falaram mais alto pois “onde há vontade há caminho”.

O mundo da moda é, em muitos casos, associado a casos de assédios. Como lidaria com uma situação destas? Já passou por ela?

A forma como nos impomos perante esta situação e a nossa atitude é que desfazem toda corrente assediadora que possa surgir. Se formos firmes em demonstrar o nosso lado profissional deitamos logo abaixo tais pretensões.  E esta foi sempre a minha postura em relação ao que já passei e continuará a ser, daí que nunca tive problemas.

… “estou a caminho da auto-realização profissional”

Enquanto estiver na moda a Psicóloga Organizacional estará sempre no Diploma?

Não. Não será sempre assim. Tenho planos a curto prazo de começar a exercer uma profissão ligada à minha formação académica, mas sem abdicar da moda. Penso que a moda é intrínseca a mim.

O que representam os títulos, eleições e nomeações para si?

Representam um reconhecimento importante como profissional, motivação para continuar a fazer mais e melhor e cada momento premiado é sempre uma grande satisfação para mim. Sinto que tudo isso são indicadores de que estou no caminho para a auto-realização profissional.

Aos 25 anos de idade sente-se no melhor momento da sua carreira?

Sinto-me muito feliz e quase que realizada. Porque este momento traz-me a recompensa por todos momentos menos bons que passei. Estou de facto a viver aquilo que sempre almejei enquanto manequim, pelo que tenho saboreado cada “fruto” com muito prazer, e ainda assim busco fazer melhor.

Planos, sonhos e desejos?

São tantos sonhos, planos e desejos... Em primeiro lugar pretendo enquadrar-me numa área de trabalho da minha formação como Psicóloga Organizacional.  Começo a pensar seriamente em investir na representação, e já comecei a fazer alguns levantamentos junto de companhias de teatro e produtoras de ficção para novelas, séries ou filmes. Tenho também pretensões de ingressar no mundo empresarial, nada muito concreto ainda, mas é algo que começa a mexer comigo.

Destaque

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Joaquim Dala

O que a levou a entrar no  mundo da moda?

A minha entrada para o mundo da moda foi planeada, sendo que sempre foi um sonho estar nos holofotes das passerelles. Comecei por intermédio de alguns amigos que me levaram para uma Agência de moda onde aprendi as primeiras técnicas das passerelles, mas foi mesmo depois de ter participado no concurso de moda STEP Look  que o bichinho começou a falar mais alto graças aos bons olhos de Karina Barbosa e Kayaya Júnior e ao meu bom empenho e dedicação que se ascendeu a grande modelo que hoje me tornei.

Enquanto manequim profissional vejo que a "ditadura da beleza" é uma lei que impera, e se não houver uma adaptação não conseguimos os trabalhos...

Como era a Elsa Mussengue oito anos atrás?

Era uma menina muito simples, de relacionamentos cuidadosos  e cheia de sonhos.

Já podemos considera-la uma profissional da moda? Se sim, o que fez para atingir este patamar?

Sim!!!. Sinto-me muito surpreendida com o nível de profissionalismo atingido, fruto do meu empenho de corpo e alma atrás desse sonho de muitos anos…

A maternidade ajuda ou atrapalha o seu trabalho de modelo?

Tem de existir uma boa gestão pessoal e ter pessoas ao nosso redor que nos ajudam a contornar certas  situações. Na verdade, a maternidade amadureceu-me. Posso considerar que  em termos psicológicos e espirituais a maternidade só veio ajudar. Mesmo até a nível fisiológico, penso que nunca estive tão bem comigo mesma e com o meu corpo como agora.

"Como modelo, é imperativo que haja alguns cuidados!"

Tem hábitos específicos ou algum ritual para manter o corpo?

Como modelo, é imperativo que haja alguns cuidados! Procuro sempre ter uma alimentação equilibrada,  sou muito exigente no que diz respeito aos horários das refeições principais e como várias vezes ao dia, tal como aconselham os nutricionistas, de modo a evitar a perca da boa forma física e eventuais problemas de saúde. E vou ao ginásio pelo menos cinco vezes na semana, sem falhar ainda os cuidados estéticos.

Qual é a sua opinião sobre a questão da "Ditadura da Beleza"?

Enquanto manequim profissional vejo que a "ditadura da beleza" é uma lei que impera, e se não houver uma adaptação não conseguimos os trabalhos... Mas quando nos referimos à beleza no geral, em termos do bem-estar das pessoas comuns, se houver esta ditadura ela será nociva, pois pode mexer com o bem-estar e a auto-estima das pessoas. É importante que se perceba que uma manequim tem o seu trabalho que a obriga a ter uma certa imagem mas que as pessoas que não exercem esta profissão não se devem deixar dominar pelas imagens das revistas, desfiles e anúncios de TV. Nós vendemos um sonho, mas para mim a beleza tem a ver com a pessoa sentir-se bem na sua própria pele e ser essencialmente saudável e feliz.

Tenho planos a curto prazo de começar a exercer uma profissão ligada à minha formação académica, mas sem abdicar da moda. Penso que a moda é intrínseca a mim.  

Em algum momento sentiu não ser a moda a sua praia, resultado de uma dificuldade que tenha vivido? Que momento foi?

Justamente no princípio da minha carreira como modelo quando fui desafiada com a tal “ditadura da beleza”, isto é, com a falta de certos requisitos físicos para a moda e senti que talvez não fosse a  minha onda e que não valia a pena continua. Mas o sonho e a vontade falaram mais alto pois “onde há vontade há caminho”.

O mundo da moda é, em muitos casos, associado a casos de assédios. Como lidaria com uma situação destas? Já passou por ela?

A forma como nos impomos perante esta situação e a nossa atitude é que desfazem toda corrente assediadora que possa surgir. Se formos firmes em demonstrar o nosso lado profissional deitamos logo abaixo tais pretensões.  E esta foi sempre a minha postura em relação ao que já passei e continuará a ser, daí que nunca tive problemas.

… “estou a caminho da auto-realização profissional”

Enquanto estiver na moda a Psicóloga Organizacional estará sempre no Diploma?

Não. Não será sempre assim. Tenho planos a curto prazo de começar a exercer uma profissão ligada à minha formação académica, mas sem abdicar da moda. Penso que a moda é intrínseca a mim.

O que representam os títulos, eleições e nomeações para si?

Representam um reconhecimento importante como profissional, motivação para continuar a fazer mais e melhor e cada momento premiado é sempre uma grande satisfação para mim. Sinto que tudo isso são indicadores de que estou no caminho para a auto-realização profissional.

Aos 25 anos de idade sente-se no melhor momento da sua carreira?

Sinto-me muito feliz e quase que realizada. Porque este momento traz-me a recompensa por todos momentos menos bons que passei. Estou de facto a viver aquilo que sempre almejei enquanto manequim, pelo que tenho saboreado cada “fruto” com muito prazer, e ainda assim busco fazer melhor.

Planos, sonhos e desejos?

São tantos sonhos, planos e desejos... Em primeiro lugar pretendo enquadrar-me numa área de trabalho da minha formação como Psicóloga Organizacional.  Começo a pensar seriamente em investir na representação, e já comecei a fazer alguns levantamentos junto de companhias de teatro e produtoras de ficção para novelas, séries ou filmes. Tenho também pretensões de ingressar no mundo empresarial, nada muito concreto ainda, mas é algo que começa a mexer comigo.

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