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A agricultura é o sector que maior quantidade de emprego gera, afirma Domingos Veloso

A agricultura é o sector que maior quantidade de emprego gera, afirma Domingos Veloso
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Andrade Lino

Na sequência do 1º Primeiro Fórum Empresarial entre Angola e Israel, decorrido no Hotel Trópico, há uma semana, o Director Nacional de Florestas, Domingos veloso, afirmou, em entrevista ao ONgoma, que “ a agricultura é o sector, no nosso país, que mais empregos gera.”

Angola, continuou, “é eminentemente agrícola e a agricultura é um sector prioritário, tendo em conta as grandes potencialidades naturais do país e que favorecem o desenvolvimento desta actividade”.

De acordo com o responsável, se se olhar para o número de famílias que o sector emprega, considerar-se em média uma família no campo, com cerca de 5 a 6 elementos, está-se a falar de mais de dez milhões de empregos directos que a agricultura proporciona só no sector familiar. “E se estendermos esses cálculos para o sector empresarial, podemos ver um número de empregos muito grande”, exemplificou.

Consequentemente, disse, porém, que é importante garantir que esses empregos sejam fornecidos a pessoas com formação e instou a necessidade de haver jovens formados para o exercício da actividade agrícola. “É preciso que os jovens abracem as oportunidades que também existem no sector da agricultura, pois de nada vale empregar apenas por empregar”, observou, tendo feito menção a institutos vocacionados à agricultura para a formação de jovens que futuramente possam abraçar a actividade empresarial no domínio da agricultura e da pecuária. “O Estado criou mecanismos de incentivo financeiro para apoiar os jovens que queiram exercer essa actividade. Nesse sentido, existem programas como o Projovem e Angola Investe, ligados, especificamente, ao apoio não só para os jovens, mas, também, para os cidadãos duma forma em geral, que pretendam desenvolver a actividade agrícola”, referiu. 

Entretanto, o responsável destacou as prioridades existentes tanto na produção agrícola directa como também de investimento da produção de fertilizantes e adubos. “Um dos factores que limita o desenvolvimento da agricultura é a fraca disponibilidade de adubos e fertilizantes e o baixo nível de mecanização. Existe uma prioridade nessa área que passa pela montagem de fábricas de tractores, fábricas de construção de alfaias agrícolas, mas também estamos a falar de áreas como processamento de fruta, conservação de alimentos, florestas, processamento e exploração de madeiras”,  argumentou.

Segundo afirmou, Angola precisa de quase tudo na agricultura e, então, esta é uma cadeia que tem que ser explorada. “Neste momento estamos mais focados na produção, mas temos uma cadeia vasta. Hoje, a comercialização é uma questão bastante extensiva. Temos problemas de escoamento, de armazenamento da produção e de comercialização. Portanto, estamos a falar de um leque de oportunidades muito grande”, reforçou.

Domingos Veloso acrescentou ainda que, “comparativamente ao passado, período anterior ao ano 2002, há uma produção visível. Por exemplo, para quem viaja pelo país, é possível constatar a existência da mesma”.

Actualmente, declarou, há uma fatia muito grande que é garantida pela produção familiar, da qual provem quase 90% da produção que se consome no nosso país. “Estamos a falar de mais de dois milhões e meio de famílias que asseguram uma grande parte da produção, e aqui estou a referir-me concretamente aos cereais, no caso do milho, massango, massambala, mandioca e batata-doce, mas temos também um sector empresarial que assegura uma parte, apesar de pequena, desta mesma produção. O sector empresarial está virado para a produção do milho, para a produção de soja, batata rena, frutas e, também, para a produção pecuária e florestal, no caso, produção de madeira”, citou.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Na sequência do 1º Primeiro Fórum Empresarial entre Angola e Israel, decorrido no Hotel Trópico, há uma semana, o Director Nacional de Florestas, Domingos veloso, afirmou, em entrevista ao ONgoma, que “ a agricultura é o sector, no nosso país, que mais empregos gera.”

Angola, continuou, “é eminentemente agrícola e a agricultura é um sector prioritário, tendo em conta as grandes potencialidades naturais do país e que favorecem o desenvolvimento desta actividade”.

De acordo com o responsável, se se olhar para o número de famílias que o sector emprega, considerar-se em média uma família no campo, com cerca de 5 a 6 elementos, está-se a falar de mais de dez milhões de empregos directos que a agricultura proporciona só no sector familiar. “E se estendermos esses cálculos para o sector empresarial, podemos ver um número de empregos muito grande”, exemplificou.

Consequentemente, disse, porém, que é importante garantir que esses empregos sejam fornecidos a pessoas com formação e instou a necessidade de haver jovens formados para o exercício da actividade agrícola. “É preciso que os jovens abracem as oportunidades que também existem no sector da agricultura, pois de nada vale empregar apenas por empregar”, observou, tendo feito menção a institutos vocacionados à agricultura para a formação de jovens que futuramente possam abraçar a actividade empresarial no domínio da agricultura e da pecuária. “O Estado criou mecanismos de incentivo financeiro para apoiar os jovens que queiram exercer essa actividade. Nesse sentido, existem programas como o Projovem e Angola Investe, ligados, especificamente, ao apoio não só para os jovens, mas, também, para os cidadãos duma forma em geral, que pretendam desenvolver a actividade agrícola”, referiu. 

Entretanto, o responsável destacou as prioridades existentes tanto na produção agrícola directa como também de investimento da produção de fertilizantes e adubos. “Um dos factores que limita o desenvolvimento da agricultura é a fraca disponibilidade de adubos e fertilizantes e o baixo nível de mecanização. Existe uma prioridade nessa área que passa pela montagem de fábricas de tractores, fábricas de construção de alfaias agrícolas, mas também estamos a falar de áreas como processamento de fruta, conservação de alimentos, florestas, processamento e exploração de madeiras”,  argumentou.

Segundo afirmou, Angola precisa de quase tudo na agricultura e, então, esta é uma cadeia que tem que ser explorada. “Neste momento estamos mais focados na produção, mas temos uma cadeia vasta. Hoje, a comercialização é uma questão bastante extensiva. Temos problemas de escoamento, de armazenamento da produção e de comercialização. Portanto, estamos a falar de um leque de oportunidades muito grande”, reforçou.

Domingos Veloso acrescentou ainda que, “comparativamente ao passado, período anterior ao ano 2002, há uma produção visível. Por exemplo, para quem viaja pelo país, é possível constatar a existência da mesma”.

Actualmente, declarou, há uma fatia muito grande que é garantida pela produção familiar, da qual provem quase 90% da produção que se consome no nosso país. “Estamos a falar de mais de dois milhões e meio de famílias que asseguram uma grande parte da produção, e aqui estou a referir-me concretamente aos cereais, no caso do milho, massango, massambala, mandioca e batata-doce, mas temos também um sector empresarial que assegura uma parte, apesar de pequena, desta mesma produção. O sector empresarial está virado para a produção do milho, para a produção de soja, batata rena, frutas e, também, para a produção pecuária e florestal, no caso, produção de madeira”, citou.

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