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1º de Agosto contradiz declarações de Adão Costa

1º de Agosto contradiz declarações de Adão Costa
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Na senda da polémica sobre a ausência dos atletas do 1º de Agosto na selecção nacional, considerada irreflectida pelo vice-presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Adão Costa, a direcção do clube militar encarou as declarações desse dirigente federativo como sendo “falsas e injuriosas” à dignidade do clube.

De acordo com a formação afecta às Forças Armadas Angolana, através de uma nota publicada no seu site, "as duas instituições, em reunião, analisaram em conjunto os convocados do 1º de Agosto e constatou-se que havia dois jogadores por posição: Natael e Paizo, dois laterais esquerdos, Show e Macaia, dois trincos, Nelson e Geraldo, dois extremos direitos".

Em função dos objectivos do 1º de Agosto nas Afro-taças, onde pretende atingir a fase de grupos na liga dos clubes campeões africanos e por coincidência de datas, lê-se na nota citada pela Angop, acordou-se assim deixar de fora da convocatória um jogador de cada posição e dos nove futebolistas iriam quatro integrar os treinos da selecção, nomeadamente Massunguna, Macaia, Bua a Paizo.

Ainda segunda a fonte, à data marcada para apresentação dos atletas todos os convocados fizeram-se presentes para os exames médicos, excepto os jogadores que não estavam em Luanda, nomedamente Massunguna, de férias em França, e Paizo, em Benguela, por ter a mãe doente. Mas, apesar disso, Paizo contactou telefonicamente a FAF, que o dispensou após expor a sua preocupação. 

Apresentou-se ainda o atleta Show que constava da convocatória, mas desconhecia o acordo entre a FAF e o Clube, tendo sido de imediato dispensado por este facto. O atleta Neblu, convocado ainda enquanto atleta do Interclube, foi dispensado por ter um braço partido. 

No entanto, dos atletas integrantes do acordo, estavam presentes Bua, que no primeiro treino sentiu dores na perna direita e após três dias entregue ao Departamento médico da Selecção foi dispensado, e Macaia, que pediu dispensa ao vice-presidente da FAF, pelo facto de ainda antes da convocatória ter já realizado todos os procedimentos para se deslocar ao exterior do país por motivos de doença, no que foi atendido.

Constatando que dessa forma não haveria ninguém do clube na selecção, tomou-se a decisão de fazer apresentar outros jogadores, Natael e Show, embora não fizessem parte dos escolhidos pelo acordo das partes.

Entretanto, Show, acompanhado pelo vice-presidente para o futebol, Paulo Magueijo, apresentou-se no estádio da Cidadela, mas o médico da selecção, Pedro Miguel, constatando que o atleta não estava em condições, dispensou-o.

Assim, no que respeita ao 1º de Agosto, foram feitos todos os esforços para conciliar os interesses da Selecção e da sua equipa, e os contratempos que se verificaram são normais e decorrem da própria actividade desportiva.

A nota adianta que o Clube Desportivo 1º de Agosto, pessoa colectiva de direito privado (não pública ou estatal, como se pretendeu dizer), está ciente das suas obrigações desportivas devidamente enquadradas na regulamentação dos organismos internacionais (FIFA e CAF) e na regulamentação da FAF.

Por último, a nota refere que a direcção do 1º de Agosto não entende as declarações do vice-presidente da FAF, Adão Costa, tendo violado os princípios da ética desportiva.

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Pedro Kididi

Jornalista

Na senda da polémica sobre a ausência dos atletas do 1º de Agosto na selecção nacional, considerada irreflectida pelo vice-presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Adão Costa, a direcção do clube militar encarou as declarações desse dirigente federativo como sendo “falsas e injuriosas” à dignidade do clube.

De acordo com a formação afecta às Forças Armadas Angolana, através de uma nota publicada no seu site, "as duas instituições, em reunião, analisaram em conjunto os convocados do 1º de Agosto e constatou-se que havia dois jogadores por posição: Natael e Paizo, dois laterais esquerdos, Show e Macaia, dois trincos, Nelson e Geraldo, dois extremos direitos".

Em função dos objectivos do 1º de Agosto nas Afro-taças, onde pretende atingir a fase de grupos na liga dos clubes campeões africanos e por coincidência de datas, lê-se na nota citada pela Angop, acordou-se assim deixar de fora da convocatória um jogador de cada posição e dos nove futebolistas iriam quatro integrar os treinos da selecção, nomeadamente Massunguna, Macaia, Bua a Paizo.

Ainda segunda a fonte, à data marcada para apresentação dos atletas todos os convocados fizeram-se presentes para os exames médicos, excepto os jogadores que não estavam em Luanda, nomedamente Massunguna, de férias em França, e Paizo, em Benguela, por ter a mãe doente. Mas, apesar disso, Paizo contactou telefonicamente a FAF, que o dispensou após expor a sua preocupação. 

Apresentou-se ainda o atleta Show que constava da convocatória, mas desconhecia o acordo entre a FAF e o Clube, tendo sido de imediato dispensado por este facto. O atleta Neblu, convocado ainda enquanto atleta do Interclube, foi dispensado por ter um braço partido. 

No entanto, dos atletas integrantes do acordo, estavam presentes Bua, que no primeiro treino sentiu dores na perna direita e após três dias entregue ao Departamento médico da Selecção foi dispensado, e Macaia, que pediu dispensa ao vice-presidente da FAF, pelo facto de ainda antes da convocatória ter já realizado todos os procedimentos para se deslocar ao exterior do país por motivos de doença, no que foi atendido.

Constatando que dessa forma não haveria ninguém do clube na selecção, tomou-se a decisão de fazer apresentar outros jogadores, Natael e Show, embora não fizessem parte dos escolhidos pelo acordo das partes.

Entretanto, Show, acompanhado pelo vice-presidente para o futebol, Paulo Magueijo, apresentou-se no estádio da Cidadela, mas o médico da selecção, Pedro Miguel, constatando que o atleta não estava em condições, dispensou-o.

Assim, no que respeita ao 1º de Agosto, foram feitos todos os esforços para conciliar os interesses da Selecção e da sua equipa, e os contratempos que se verificaram são normais e decorrem da própria actividade desportiva.

A nota adianta que o Clube Desportivo 1º de Agosto, pessoa colectiva de direito privado (não pública ou estatal, como se pretendeu dizer), está ciente das suas obrigações desportivas devidamente enquadradas na regulamentação dos organismos internacionais (FIFA e CAF) e na regulamentação da FAF.

Por último, a nota refere que a direcção do 1º de Agosto não entende as declarações do vice-presidente da FAF, Adão Costa, tendo violado os princípios da ética desportiva.

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