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17 milhões de pessoas devem precisar de ajuda alimentar de emergência na África Ocidental

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A Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e Agricultura neste domingo  que a pandemia Covid-19 atingiu a África Ocidental na pior altura, adiantando que 17 milhões de pessoas poderão vir a necessitar de ajuda alimentar de emergência.

“Desde Abril, mais de 11 milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar na África Ocidental, principalmente devido a conflitos, mas o seu número poderá aumentar para 17 milhões durante a época de escassez de alimentos (Junho/Agosto) se não for dada uma resposta rápida”, considerou Coumba Sow, coordenadora para a África Ocidental da equipa de resiliência da organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), tendo se mostrado ainda  “particularmente preocupada” com a crise humanitária no Sahel Central, uma região que inclui o Burkina Faso, o Mali e o Níger.

“Cerca de quatro milhões de pessoas já estão a sofrer de fome severa e esse número poderá atingir 5,5 milhões em Agosto. No Burkina Faso, mais de dois milhões de pessoas poderão estar numa situação de fome severa nessa altura, valor que triplicou, em comparação com o ano passado”, disse.

A FAO assinalou também que 1,2 milhões de pessoas estão deslocadas nestas regiões, onde aldeias e populações civis são atacadas, casas e campos destruídos e animais mortos. “Muita gente não tem apenas fome. Também está desenraizada e perdeu os seus bens”, afirmou, e de acordo com o relatório sobre a Crise Alimentar Mundial, a que o Guardião teve acesso, o aumento da violência, as deslocações maciças, as perturbações no comércio e na agricultura e as condições meteorológicas adversas na África Ocidental e no Sahel irão contribuir para o agravamento da grave insegurança alimentar este ano.

“A Covid-19 não poderia ter vindo em pior altura para as comunidades vulneráveis da África Ocidental”, sustentou Coumba Sow e, por isso, realçou que entre as populações mais afetadas estarão as mulheres e crianças, onde cerca de 2,5 milhões de crianças , mais de um quarto no Burkina Faso, Mali e Níger, sofrem de subnutrição grave e aguda.

Por outro lado, a responsável assinalou que a pandemia está a alastrar durante os “meses cruciais” de plantação dos campos e de movimentação dos animais, o que está a impossibilitar ou a limitar muito essas actividades, e sublinhou então a necessidade de os governos e os agentes humanitários “prestarem assistência às populações que necessitam de alimentos e de ajuda alimentar de emergência durante a estação de escassez”.

Apontou ainda que as medidas de distanciamento social e o encerramento dos mercados “irá criar perturbações do mercado, tanto para os comerciantes como para os consumidores”.

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Redacção

A Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e Agricultura neste domingo  que a pandemia Covid-19 atingiu a África Ocidental na pior altura, adiantando que 17 milhões de pessoas poderão vir a necessitar de ajuda alimentar de emergência.

“Desde Abril, mais de 11 milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar na África Ocidental, principalmente devido a conflitos, mas o seu número poderá aumentar para 17 milhões durante a época de escassez de alimentos (Junho/Agosto) se não for dada uma resposta rápida”, considerou Coumba Sow, coordenadora para a África Ocidental da equipa de resiliência da organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), tendo se mostrado ainda  “particularmente preocupada” com a crise humanitária no Sahel Central, uma região que inclui o Burkina Faso, o Mali e o Níger.

“Cerca de quatro milhões de pessoas já estão a sofrer de fome severa e esse número poderá atingir 5,5 milhões em Agosto. No Burkina Faso, mais de dois milhões de pessoas poderão estar numa situação de fome severa nessa altura, valor que triplicou, em comparação com o ano passado”, disse.

A FAO assinalou também que 1,2 milhões de pessoas estão deslocadas nestas regiões, onde aldeias e populações civis são atacadas, casas e campos destruídos e animais mortos. “Muita gente não tem apenas fome. Também está desenraizada e perdeu os seus bens”, afirmou, e de acordo com o relatório sobre a Crise Alimentar Mundial, a que o Guardião teve acesso, o aumento da violência, as deslocações maciças, as perturbações no comércio e na agricultura e as condições meteorológicas adversas na África Ocidental e no Sahel irão contribuir para o agravamento da grave insegurança alimentar este ano.

“A Covid-19 não poderia ter vindo em pior altura para as comunidades vulneráveis da África Ocidental”, sustentou Coumba Sow e, por isso, realçou que entre as populações mais afetadas estarão as mulheres e crianças, onde cerca de 2,5 milhões de crianças , mais de um quarto no Burkina Faso, Mali e Níger, sofrem de subnutrição grave e aguda.

Por outro lado, a responsável assinalou que a pandemia está a alastrar durante os “meses cruciais” de plantação dos campos e de movimentação dos animais, o que está a impossibilitar ou a limitar muito essas actividades, e sublinhou então a necessidade de os governos e os agentes humanitários “prestarem assistência às populações que necessitam de alimentos e de ajuda alimentar de emergência durante a estação de escassez”.

Apontou ainda que as medidas de distanciamento social e o encerramento dos mercados “irá criar perturbações do mercado, tanto para os comerciantes como para os consumidores”.

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